Delucca on
Esse elevador nunca demorou tanto para subir, cada andar parece levar uma vida. Quando finalmente chega no andar onde mais gosto de estar, respiro fundo e a saio em direção à porta de entrada do apto. Como de costume a porta está entreaberta, olho no relógio e são 20h em ponto. Abro a porta devagar e me ajoelho logo na entrada.
-Levante e sente no sofá maior. Ouço a voz de minha senhora, mas não a vejo, não sei de onde vem. Obedeço e caminho até o sofá, sentando na ponta esquerda.
-Abra o vinho que está em cima da mesa de centro e sirva as duas taças. Novamente ela fala, mas não aparece, não sei de onde está vindo sua voz.
Abro a garrafa de um vinho tinto seco francês que ela separou, um Chateau Petrus, safra 2013. Com isso entendi que hoje não teremos cena, ela gosta de beber um bom vinho enquanto conversa assuntos importantes.
Enquanto sirvo a segunda taça, ela aparece da área externa que estava pouco iluminada.
-Relaxe, Delucca. Tem permissão para agir como quiser. Ela fala assim que se aproxima e para ao meu lado. Levanto os olhos e vejo minha senhora pela primeira vez desde a noite que a desapontei. Está com um vestido azul marinho justo, decote em v e mangas curtas. Ela se senta ao meu lado, cruza as pernas e me olha.
-Vai me alcançar a taça? Pergunta depois de alguns segundos em que fiquei olhando cada detalhe de seu rosto, estava com saudades do olhar firme e intrigante que minha senhora tem.
-Claro! Entrego uma das taças e me acomodo melhor no sofá com a minha em mãos. Ela toma um gole e também se acomoda no sofá.
-A senhora está linda, como sempre.
-Obrigada! Você também está! Responde olhando para minha coleira que está à mostra entre a gola de minha camisa social preta.
Enquanto ela olha, o nervoso que esqueci por alguns segundos, começa a tomar conta novamente.
-Senhora, me desculpe pela forma como me comportei da última vez que nos vimos. Eu fiquei..
-Eu conheço você, Delucca. Sei o que aconteceu, por isso não deixei você falar aquele dia.
-Sabe?
-Sim, mas vou deixar que me diga. Agora quero que fale tudo que tem para me dizer. Ela fala e leva a taça à boca mais uma vez enquanto me olha por cima da borda do vidro.
-Eu sei que nosso contrato nunca foi de exclusividade da parte da senhora, mas eu ainda não tinha visto tanto interesse por outro submisso como vi o que a senhora demonstrou pelo homem da festa. A senhora até quis que ele me visse sendo punido para que entendesse nosso meio. Falo quase sem dar pausas e ela segue tomando seu vinho.
-Eu reagi mal ao vê-la querer outro submisso, e isso eu sei é inaceitável.
-Justamente, por isso foi castigado. Mas me diga, o que está sentindo agora?
-Sinto necessidade em servi-la da forma como quiser e de ganhar sua confiança novamente. Ela escuta e mais uma vez olha para minha coleira. Isso está me matando, ela mencionou a coleira no telefone e desde que sentei aqui já olhou duas vezes para ela com olhar fixo. Parece que a qualquer momento vai me mandar tira-la e devolve-la.
-Senhora, preciso perguntar. A minha..
-DeLucca, você lembra o que eu disse quando coloquei essa coleira pela primeira vez em seu pescoço?
-Sim, lembro.
-Acredite, se ela continua aí é porque eu quero. Se eu não quisesse, você nem estaria aqui.
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Submisso Proibido (em revisão)
De TodoBrianna Morris, CEO de 32 anos, vive entre o mundo executivo e o mundo BDSM. Quando seu lado dominatrix é instigado por um homem que nunca teve contato com submissão e que é seu subordinado na empresa, ela se vê dividida entre o tentador e o proibid...