Capítulo IX

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Patrick on

-Vejamos se você é digno de ser castigado no maior símbolo de sacrifício e humildade. Permaneça de cabeça baixa e como eu já disse, só fale se eu lhe fizer alguma pergunta ou lhe der permissão!

Ela fala e se afasta. De cabeça baixa ouço o barulho do salto ir diminuindo de intensidade conforme caminha. O barulho cessa e por alguns segundos um silêncio paira no ar.

-Siga minha voz.

Percebo que o som vem de algum lugar trás de mim, então me viro devagar e dou alguns passos.

-Você já ouviu falar na Cruz de Santo André?

Vou seguindo sua voz até que ela ordena que eu pare e me vire à esquerda.

-Não, senhora.

-Erga a cabeça.

Ao levantar o olhar me deparo com um grande objeto fixado no chão e na parede e tapado com um tecido preto de seda. Ela leva a mão direta até a ponta superior direta do tecido e antes de puxá-lo me olha de uma forma que fez com que todo meu corpo se arrepiasse instantaneamente. Seus olhos transbordavam uma espécie de poder e gana, nesse momento entendi que realmente minhas ações negativas seriam castigadas.

Então ela puxa o tecido e revela uma estrutura em formato de X. O revestimento é de couro e há presilhas também de couro ao longo de toda a estrutura.

Sem dizer nada, apenas com o olhar e um leve sinal com a cabeça, ela manda que me posicione no objeto.

-Abra as pernas e estique os braços, Patrick. Além de receber seu castigo por não ter sido obediente, agora seu principal teste irá começar.

Me acomodo e ela começa a apertar presilha por presilha, duas em cada perna e duas em casa braço. Além delas, estou preso também por duas grandes presilhas que circundam meu abdome. Todos os movimentos são lentos e muito sensuais.

-Essa cruz existe há mais de um milênio, Patrick, e foi construída em X para que dessa forma Santo André pudesse se achar digno de ser crucificado, pois não se achava digno da cruz tradicional.

-Você se acha digno de estar onde está, submisso?

Me sinto tão apertado que só sou capaz de mover meus punhos e os pés e está difícil racionar para respondê-la.

-Tentarei ser, senhora.

-Tentar não basta, Patrick! É digno ou não? Fala alto e aperta ainda mais as presilhas de meu peito.

-Sim, sim, sou digno, senhora! Falo mais alto do que gostaria e ela me olha querendo realmente me crucificar. Com a mão ainda nas presilhas ela aperta um pouco mais e sinto que estou no limite.

Estou começando a entender o conceito de castigo, permaneço com o olhar baixo, conforme ela havia mandado antes e não me arrisco a falar mais nada.

-Autorizo que me olhe. A partir de agora não quero que baixe a cabeça. Diz se afastando um pouco.

-Pensou em uma palavra de segurança, Patrick? Tem que ser algo que você lembre, somente ao ouvir a palavra é que minhas ações serão interrompidas.

Havia me esquecido disso, ela não tinha mais tocado no assunto. Rapidamente penso em algo.

-Cruz, senhora. Falo ao lembrar do objeto que envolve meu corpo e que me mantém excitado com todas as presilhas que me prendem, mesmo sem eu entender o motivo. Mas é claro que o maior motivo de excitação é a presença da mulher a minha frente.

-Muito bem. Use essa palavra se chegar a seu limite. Eu disse para você que pegaria leve e irei pegar, mesmo assim, use a palavra se necessitar. Não irei parar mesmo que você diga palavras como PARE, CHEGA ou NÃO QUERO MAIS. Entendido?

Submisso Proibido (em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora