Os dias passavam velozmente,os enjôos logo deram as caras,me forçando contar a novidade que eu mesma não aceitava,neste tempo comecei a ajudar Fernando e Lucero no projeto magnífico que tinham,construir uma escolinha pública,já que as da cidade a maioria são particulares e as duas públicas que existem são horríveis, comprometendo o estudo dos pequenos,o centro começou a receber mais mulheres,algumas até denunciaram,como Rosa,uma mulher incrível,mãe de três,que eu todas as tardes após meus afazeres me encontro com ela..
Silvia: Eu trouxe isso para cada um,como prometido..- entreguei os brinquedos que passei horas escolhendo,indecisa sou..
Rosa: Não era preciso ter se incomodado senhora,eles entenderiam senão pudesse trazer,não é crianças?!..- os pequenos sorriem em confirmação aos dizeres da mãe,mas eu faço um gesto e eles correm para abrir os presentes..
Silvia: Como está,falei com Karla,já estão em busca do maldito que lhe machucou..- nos afastamos para que as crianças não ouvisse o assunto..
Rosa: Eu sei,ela esteve aqui cedo e me contou,acha que vão acha-ló?
Silvia: Eu espero muito que sim Rosa,você merece que ele pague..
Rosa: Obrigada dona Silvia,eu não sabia que seria tão fácil falar sobre esse assunto,e estou contando os minutos para que esse pesadelo acabe,que eu finalmente seja a mulher livre que meus filhos merecem..
Fico mais um pouco,até ter que sair,Ernesto acabará de chegar na fazenda,quanto tempo não o vejo,será que temos problemas?!...
Silvia: O que o traz o senhor aqui doutor Ernesto?!..- ele que conversava com minha tia,logo caminha em minha direção para me abraçar
Ernesto: Tem quase um ano que não nos vemos,tinha saudades,parabéns pela linda novidade..- me entrega uma sacola com uma linda pulseirinha..
Silvia: Obrigada,também tinha saudades do senhor,mas pressinto que esse não seja o motivo de sua repentina visita,verdade?
Ernesto: Infelizmente não,podemos falar no seu escritório,tenho que lhe mostrar algumas coisas..
Silvia: Claro..- o encaminho até o local adequado para nossa aparente difícil conversa..
Ernesto: Desde que veio para cá,reduzi as minha checagem nas contas,só que ontem resolvi fazer,e me deparei com isso,és que surgiu minha dúvida,como tens mantido esse lugar?!..- me entregou uma ficha com vários papéis,confirmando seus dizeres,meu deus!..
Silvia: Estranho,na última vez que olhei,tudo parecia perfeito,gastei sim além do limite com a construção do centro,mas acreditava recuperar com a produção,não perder.
Ernesto: E como está o faturamento da fazenda,elevado?
Apressada logo abri as pastas que demonstravam a alta dos faturamentos da fazenda,o que nos assustou mais,já devia estar entrando dinheiro,não saindo,me desesperei,teria que interromper os excelentes planos que tinha,droga!..
Jorge: Oi bonita!..- ele me abraçou,minha reação a esse carinho foi choro..
Silvia: Pensei que já tinha ido a cidade,sabe seu bebê..
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VALIENTE (CONCLUÍDA)
FanfictionTomara que, apesar dos pesares, a gente continue tendo valentia suficiente para não abrir mão de se sentir feliz..