Kira é uma adolescente cristã irlandesa de quinze anos, que mora em Dublin com a família.
Ela é filha de uma brasileira com um irlandês que se conheceram durante o intercâmbio, onde a mãe dela fez na Irlanda, quando era adolescente.
Sua vida e norma...
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Não sinta vergonha das suas feridas, se coloque de joelhos e às mostre uma por uma ao Papai, se você deixar, ele vai cuidar de cada uma, com o amor incondicional que só ele possui.
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Eu faltei os dois dias seguintes de aula para fazer mais exames que faltavam, confirmando totalmente é sem sombras de dúvidas que possuo cardiomiopatia.
Confesso que essas 48 horas não foram nada fáceis, mas com a minha família ao meu lado, tudo parece ficar mais suportável.
O coitado do Rafael se revelou um grande amigo, me dando espaço para ficar sozinha e pensar um pouco, mesmo querendo fazer o contrário.
Ele não conheceu nenhum ponto turístico de Dublin, o que é uma pena, porque foi eu que me comprometi a ser o guia turístico dele, mas com os últimos acontecimentos, eu não consegui sair de casa para outro lugar ao não ser o hospital.
- Posso entrar Kira? - Rafael pergunta do outro lado da porta.
- Pode entrar! - digo é ele entra no quarto sentando ao meu lado de frente para a minha janela.
- É uma bela vista!-ele fica admirando, a vista de Dublin no outono, tudo tão laranja e marrom, dando um toque especial e comovente na cidade.- O papai é um artista mesmo.
- Eu queria tanto está em paz com Deus e confiar no seus propósitos, mas no meio de toda essa bagunça que a minha vida está se tornando, parece que não tenho tempo.- digo deixando algumas lágrimas rolarem.- Será que por eu ser uma péssima filha o Senhor está me punindo?
- Coisas ruins acontecem com toda à pessoa sendo ela boa ou má, a diferença está em como elas lidam com a situação. - ele segura na minha mão e segura.- E normal questionário e ter dúvidas, mas o que não pode acontecer é você se afastar de Deus por medo de está sozinha. Porque se você tivesse o poder de vê o invisível, saberia que neste mesmo lugar, Jesus se faz presente.
- As vezes é muito difícil acreditar nele, principalmente nos momentos dolorosos onde mal consigo ar para respirar. - Ele escuta atentamente, começo a desabar no choro e continuo - E sé tudo isso for uma perda de tempo? E sé não for verdade? E se eu não conseguir ter fé? E sé eu não for para o céu e sim para o inferno? E Sé eu morrer? E se...
