Kira é uma adolescente cristã irlandesa de quinze anos, que mora em Dublin com a família.
Ela é filha de uma brasileira com um irlandês que se conheceram durante o intercâmbio, onde a mãe dela fez na Irlanda, quando era adolescente.
Sua vida e norma...
Todos dizem que o perdão é uma idéia maravilhosa até que elas possuam algo para perdoar.- C. S Lewis
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Quando chegamos na fim do corredor, levamos um susto.
Mas o surto extraordinariamente maravilhoso.
Tudo está decorado com enfeites natalinos, há verde, vermelho e amarelo ao longo de todo o saguão da praça de alimentação do hospital.
Há muitas pessoas também, as crianças vão em direção de seus familiares (deduzo que sejam), mas eu permaneço no mesmo lugar.
Aquela história de que meus pais haviam me esquecido, era uma mentira, eu cai nela como uma boba.
Olho para traz e vejo Tiffany rindo junto com outras enfermeiras, rindo do meu estado de reflexão, o momento que todas as peças do quebra-cabeça se encaixam perfeitamente.
Sorrio para ela analisando todas as pontas soltas que não prestei á devida atenção.
- Vai ficar parada no mesmo lugar feito uma estátua aniversariante?- Owen fala me abraçando, olho para o lado vejo os meus pais sorrindo. - Feliz aniversário maninha!
- Vocês me enganaram, eu cheguei a pensar que havia acontecido uma tragédia!- digo tentando ser durona mais a minha voz sai embargada e começo a chorar.
- Não fica assim princesa, hoje é Natal!- Meu pai diz como uma tentativa de fazer eu parar de chorar.- Além de ser véspera do seu aniversário.
- Nem me lembre, eu já estou ficando velha!- digo sorrindo e chorando ao mesmo tempo.
- Eu sei que deve ter sido péssimo passar o dia pensando que todos esqueceram de você, mas tinha que ser surpresa.- mamãe fala me abraçando.- Um natal e aniversário diferente.
- Nada como o Natal para unir mais a família!- Owen fala sorrindo.
- Eu só queria saber quem teve essa ideia de jirico? - digo limpando minhas lágrimas.
- Você!- Os três falam juntos me deixando com um enorme ponto de interrogação.
- Como?- indago confusa.
- No primeiro dia em que estavam pintando o corredor do hospital, você disse que o Natal estava chegando e a maioria das crianças pacientes do hospital não poderiam ir para casa comemorar, mas seria maravilhoso se tivesse uma forma disso acontecer.- Mamãe diz e me lembro rapidamente.- Então, se as crianças não poderiam ir para casa comemorar, nós trouxemos a comemoração até elas.
