Capítulo 44

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POV Nicolas
Essa menina está me dando um pouco mais trabalho do que imaginei, até preparei um estoque de coisas pra ela antes, comprei vários tipos de leite e de mamadeira mas ela recusava tudo, ofereci papinha, fruta, comida, suco, ela não aceitava nada. Que droga, eu preciso dela viva, ela não pode morrer de fome agora e estragar meus planos. Passei a noite em claro de olho em todos os computadores dessa sala, ao todo são quatro: uma tela deixei ligada na TV brasileira, uma estava funcionando a câmera que coloquei no quarto do hotel onde eles estavam (pensei que eles iriam encontrá-la mas pelo visto são mais burros que eu imaginei), a outra está o rastreamento da Martina e a última vou usar agora pra tentar rastrear o Luan, tentei ser legal com ele mas está fazendo muito show por pouca coisa, eu ainda nem fiz nada, estou cuidando tão bem da filha dele, é um favor que estou fazendo. Conectei todos os aparelhos e liguei pra o celular dele que atendeu de primeira.
_ Bom dia, papai -falei irônico e pude vê-lo nas imagens colocando no viva-voz para os policiais ouvirem-
_ Cadê a minha filha seu filho da puta -vi os policiais tentando rastrear a ligação, achei até engraçado o esforço, mas não vão me achar-
_ Calma, ela tá bem, fique tranquilo
_ Quanto você quer? Fala logo
_ Você realmente acha que eu faria isso por dinheiro? -ri sarcástico e ouvi os gritos da Martina ao fundo-
_ NICOLAAS ME DEVOLVE MINHA FILHA -ela falou bem alterada, olhei no vídeo e fiquei observando Luan tentar afastar ela-
_ Oi meu amor, que saudade de você, nunca vou me conformar que você me trocou por esse sonho da maternidade -ouvi seu choro ao fundo e de alguma forma cheguei até a sentir pena-
_ O que você quer com ela? Pelo amor de Deus Nico ela é um BEBÊ SEU DESGRAÇADOOO, seu problema é comigo então porque você não me levou no lugar dela Nicolaaaass
_ Eu pensei nisso, sinceramente, mas você me daria muito mais trabalho que ela, eu te conheço, ah, falando nisso, o que ela come hein? Ofereci um monte de leite e papinha e ela não quis, eu tô cuidando muito bem dela mas se ela morrer de fome a culpa não vai ser minha, eu juro
_ ELA MAMA NO PEITO NICOLAS, ELA É UM BEBÊ E VOCÊ É UM DOENTEEEEEE -olhei pela câmera e ela estava histerica, o papai do ano olhava na mesma tela do notebook onde os policiais me procuravam-
_ Bom, ela não é a única que gosta dos seus peitos né? Luanzinho sabe bem -ele se afastou como celular em mãos-
_ Porra fala logo a merda que você quer? É bom você não demorar muito porque eu vou até o inferno atrás de você e caso você faça QUALQUER coisa contra minha filha eu juro por tudo que é mais sagrado nesse mundo que eu pessoalmente te mato
_ Calma que não tem morte nenhuma no plano -suspirei e me recostei na cadeira- escuta bem, já vi que você comunicou seus amigos jornalistas e quanto a isso não se pode fazer mais nada, infelizmente você se precipitou, mas eu não quero NENHUM policial envolvido nisso ou vai ser muito pior pra sua princesinha aqui, eu tô disposto a negociar mas sem polícia, FBI, CIA ou os caralho a quatro que você tenha contato, vai ser só eu, você e Martina, e não tente me enrolar que eu tenho olhos em absolutamente TODOS os lugares, vocês estão sendo muito bem observados, então manda pra puta que pariu todos esses policiais que estão aí nesse hotel e mais tarde a gente volta a conversar -desliguei antes que ele pudesse responder-
Finalmente!!! Demorei mas consegui rastrear o telefone do papaizinho, agora tenho os dois aqui na palma da minha mão, tenho certeza absoluta que ele não vai se desligar da polícia, mas tudo bem, eu já esperava por isso, ele é completamente desesperado por essa criança e Martina mais ainda. Agora só esperar mais um pouco e deixar eles sofrerem pelo menos um terço do que eu sofri por causa deles.
_ E aí criança, cê não vai comer mesmo? Eu preciso de você viva, colabora comigo que eu colaboro com você -a peguei no colo e levei pra sala- Quer ver seu pai? Deixa eu colocar aqui, preciso te manter bem, fica tranquilinha que vou cuidar de você mesmo não tendo nenhuma experiencia ta?
Coloquei na TV um vídeo do pai dela e a coloquei no tapete pra assistir, no geral ela é uma criança tranquila, meu único receio era de que ela fosse chorona e chata igual a mãe, mas ainda bem que não, tirei uma foto dela, vou mandar pro e-mail da Martina sem um endereço de IP remetente, eles se acham espertos mas vou mostrar que não importa o que eles façam, eu sempre estarei um passo a frente.

POV Martina
Nicolas finalmente entrou em contato, o que aumentou ainda mais minha preocupação, ninguém consegue rastrear ele, parece que nada dá certo e além de tudo, como eu já esperava, ele falou que não era pra envolver polícia, eu dou minha vida pela minha filha mas o Luan insiste em querer deixar os policiais de alguma forma, discutimos muito e como o caso já estava em aberto não podia simplesmente "abandonar", então ele me disse que havia conversado com as autoridades da embaixada e arquivaram o caso. Eu não acredito em uma palavra, mas se o Nicolas encostar um dedo na minha filha por causa disso eu mato o Luan e ele junto.
As horas passaram e continuamos sem saber o que fazer, é desesperadora essa sensação, minha menina é tão pequena e indefesa, não tem como gritar por ajuda, ela não pode fazer nada, é assustador... Estava com meu celular em mãos tentando acompanhar a repercussão do caso e me chegou um e-mail mas não marcava quem tinha mandado, que estranho, nunca recebi isso, abri e meu coração disparou quando vi a foto da minha filha.

 Estava com meu celular em mãos tentando acompanhar a repercussão do caso e me chegou um e-mail mas não marcava quem tinha mandado, que estranho, nunca recebi isso, abri e meu coração disparou quando vi a foto da minha filha

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