A culpa é Sua

Capítulo 53

_ Pronto meu amor, agora é só eu e você aqui, ninguém mais vai atrapalhar a gente -ele tentou me beijar e eu esquivei- O que foi? Você disse que queria ficar comigo, você me prometeu Martina
_ Nicolas -tentei segurar o choro mas nada a essa altura estava sob meu controle- Por favor, deixa eu ir embora
_ Por que? Você tem que ficar comigo, você é minha, todinha minha, eu não vou te dividir com ninguém -ele passou a arma no meu rosto e eu o olhei no olho que estava completamente marejado também-
_ Se você me ama mesmo você quer me ver feliz, e eu não vou ser feliz aqui
_ Você não vai ficar comigo?
_ Você acha que vai ser feliz desse jeito? Se eu ficar com você contra minha vontade, isso vai te fazer bem? -tentei o encarar mas não conseguia, ele estava completamente trêmulo-
_ Então... Ta bom... -ele suspirou e me olhou- Eu deixo você ir meu amor, não era isso que eu queria, eu imaginei um futuro com você, eu achei que a gente ia dar certo sem ninguém atrapalhando a gente, mas se você não quer ficar comigo tudo bem, eu entendo, mas você também não vai ficar com ninguém -ouvi o barulho da arma provavelmente sendo engatilhada e não conseguia o encarar-
_ Nicolas, não faz isso, por favor -chorei e fechei os olhos-
_ Eu te amo Martina, eu te amei todo esse tempo, eu fiz tudo isso pra te proteger, tudo o que estava ao meu alcance eu fiz, eu acreditei em você, você é a mulher da minha vida e ninguém vai separar a gente, você entendeu? NINGUÉM VAI SEPARAR A GENTE -ele levantou gritando e só ouvi dois disparos, não me recordo de muita coisa depois disso, foi um barulho ensurdecedor, ouvi ele me chamando e parecia que estava tão longe, abri os olhos e ele estava ajoelhado ao meu lado chorando feito criança e gritando meu nome o tempo todo, a última coisa que me lembro foi dele dizendo baixinho- Martina me perdoa, eu te amo

POV Luan
Desci aquele prédio ainda sem acreditar no que tinha feito, eu deixei ela lá sozinha, estava com minha filha nos braços e completamente sem saber pra onde ir ou o que fazer, eu não vou saber cuidar dela sem a Martina do meu lado... Assim que coloquei os pés na calçada pra fora daquele prédio ouvi dois disparos e eu tinha certeza que era tiro, o único policial que estava ali  disse que não podia subir sozinho e precisava de reforços, deixei a Júlia deitada no banco de trás do carro e voltei correndo pra aquele apartamento, o policial correu atrás de mim até uma altura e voltou pra trás, eu segui em frente e entrei em completo estado de choque quando arrombei aquela porta e vi Martina deitada naquele chão totalmente ensangüentada, meu mundo desabou completamente, ela estava caída de um lado e o Nicolas do outro, ambos lavaram aquela sala de sangue, eu gritei, corri, liguei pra polícia, ambulância, bombeiro, tudo o que era possível mas foi tudo em vão, quando o socorro chegou ela já não respirava mais...