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[POV FINN]

Sinto alguém me puxar, era Caleb. Sadie estava sentada com Millie em um sofá, e a mesma me pediu para que ficasse com a morena para que ela e Caleb pudessem buscar água e comida para a menina, obviamente assenti.

- Finnie, por que eu tô sentada aqui ao invés de estar dançando? - ela me pergunta, claramente está bêbada.

- Você precisa comer alguma coisa Mills. - explico para a menor, ela tinha a cabeça apoiada sobre os meus ombros.

- Hey, Finn e Millie, nos vamos para o porão jogar "sete minutos no paraíso", querem ir? - Wyatt Oleff, nos convida. Queria matá-lo naquele instante, pois Millie não sossegaria se não fôssemos.

- SIM! - como já previa, a garota pulou do lugar em que estávamos sentados e tomou minha mão, para que seguíssemos o que nos chamou.

O porão era bem decorado, parecia mais uma sala de jogos, contendo uma mesa de sinuca, dardos, e como pré requisito pra "sete minutos no paraíso", um armário vazio. Todos se sentaram de pernas cruzadas, ou "posição de índio", formando uma grande roda.

- Todos sabem como joga? - a anfitriã, Lilia, perguntou e a maioria assentiu que sim. - Pra quem não sabe, é o seguinte: algum de nós vai girar a garrafa, e quando parar, os dois que apontarem, irão para o armário. O nome mesmo já fiz, são sete minutos trancados. Pode fazer de tudo lá dentro, até mesmo ficar só conversando. Então vamos começar.

Quem girou a garrafa, foi a própria loira, caindo em direção a Lauren Gray, e George Hayne. Os dois pareciam estar felizes diante ao resultado, coisa que ficou confirmada quando após passarem 7 minutos, Gray voltou para a roda com o batom vermelho todo borrado. A garrafa foi rodada mais duas vezes, e agora, era a vez de Cristopher Stuart girar a garrafa.

Eu estava olhando para o teto e observando as paredes do lugar quando ouço Millie dizer "wow" e sentir todas as encaradas sobre mim. O som da risada de Lilia ecoou no ambiente, e consegui escutar alguém pronunciando "cacete". Aquilo de fato não poderia estar acontecendo. Imediatamente redirecionei meu olhar para a garrafa e a coisa que eu mais torci que não acontecesse tinha acabado de se profetizar. Apontava para mim e Millie.

- Vocês vão ou não?na verdade nem tem a opção de não ir. - Wyatt nos apressa, estávamos a algum tempo nos encarando e nos comunicando telepaticamente.

Eu e Millie ficamos de pé e seguimos até o armário. Deixo a garota entrar na frente, e atrás de nós, vem Lilia, pronta para fechar o armário. Estamos de frente um para o outro, e pelo pequeno espaço, a centímetros de distância.

- O que você quer fazer? - Millie pergunta, quebrando o desconfortável silêncio.

- E o que nós poderíamos fazer? 7 minutos são pouca coisa. - falo tentando esconder o meu nervosismo, e me contradizendo todo, pois naquele instante, 7 minutos pareciam demorar uma eternidade.

- Dá pra fazer muita coisa em sete minutos. - Millie se aproximava de mim, chegou tão perto que fui capaz de sentir sua respiração a milímetros de mim, e seu hábito que era uma mistura de vodka com menta. Não sei onde, mas borboletas surgiram no meu estômago, senti como se fosse vomitar de tanto nervosismo.

Ter minha melhor amiga tão próxima de mim estava me acusando de coisas que nunca imaginei sentir com ela, eu estava arrepiado. Ela colocou a mão na minha nuca, acariciando meu pescoço, e naquela hora, eu senti como se estivesse prestes a despencar de um abismo. Eu só conseguia pensar no quão linda e quão preciosa ela é. - Finn, me beija.

Inconsequentemente, uma de minhas mãos foi parar em seu rosto, enquanto a outra, repousava em sua cintura. Nossa aproximação final, a morte da distância que nos separava, o fim do espaço que havia entre nós. Tínhamos nossos lábios colados um no outro. Um selinho que durou mais tempo do que o esperado, e que logo, se transformou em um beijo. Era leve e delicado, ao mesmo tempo que havia urgência. Millie tinha gosto de morango, provavelmente por ser o sabor do seu lip balm, e bebida alcoólica.

A garota desceu suas mãos para minhas costas, que foi quando eu tive a oportunidade de segurar seu lindo rostinho com as duas mãos. Do lado de fora, o alarme tocou, indicando que o tempo havia acabado. Nos afastamos rapidamente um do outro, e antes que a porta do armário fosse escancarada, nos encaramos. Ela estava corada.

❞Sete Minutos No Paraíso - [Fillie]❝  Onde histórias criam vida. Descubra agora