❞Sete Minutos No Paraíso - [Fillie]❝

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Finn house
11:03 am
[POV Millie.]

Acordo na cana de Finn. Minha cabeça lateja de tanta dor, a ressaca está forte. Me viro para o lado e percebo que o mesmo já levantou. Estou usando as roupas dele, na gola da camiseta, sinto a fragrância do perfume masculino. Sim, eu me lembro da maior parte de ontem a noite. Desde o beijo até pegar no sono nos braços dele. Não sei como reagir, muito menos o que falar quando o ver.

- Bom dia minha linda! - Mary diz com um sorriso no rosto, após bater na porta e adentrar no quarto. - Finn me contou o que houve ontem à noite.

Eu vou matar Finn Wolfhard. Como ele conta pra mãe dele, uma mulher que me conhece antes mesmo de eu nascer que nos beijamos ontem e dormimos na mesma cama enquanto eu uso as roupas dele????

- Você iria dormir na casa da Sadie mas vocês tiveram uma pequena discussão, não é? - suspiro aliviada. A mulher se senta na cama ao meu lado e meche em meus cabelos. - Mas fica tranquila que já avisei aos seus pais que você passou a noite aqui. O café está na mesa minha princesa, por que não desce? Finn está lá.

Desço os degraus da casa em direção à cozinha, encontro o cacheado na sala de estar, ainda de pijama, assistindo Bob Esponja e comendo cereal com leite.

- Bom dia flor do dia. - ele diz quando me sento do sofá ao seu lado.

- Bom dia desgraça do dia. - respondo.

Nós sorrimos um para o outro. Desço meu olhar até sua mão e percebo que está machucada, não me lembro disso. - Finn, o que aconteceu com a sua mão? Você precisa colocar gelo...

- Eu soquei a cara do Jacob. Quebrei o nariz daquele otário. Mas em compensação, ganhei uma mão roxa.

- Por que você fez isso? - pergunto e ele me olha incrédulo. Eu realmente estava louca ontem! Como deixei uma coisa dessas passar?

- Millie... ele tentou abusar de você! Eu sai por 5 minutos para buscar o carro e ele já estava te tocando e te puxando para sabe sei lá onde. Eu deveria tê-lo matado ali mesmo! - consigo sentir a ira dele nas palavras. Apesar dos pesares, gostaria de me lembrar disso, a cena do rosto de Jacob sangrando deve ter sido incrível.

- Obrigada Finnie. Não sei o que eu seria sem você, obrigada por ser meu melhor amigo. - e nos abraçamos. Sinto nojo ao imaginar como tudo com Jacob aconteceu, aquele garoto é repugnante. Uma lágrima escorre do meu rosto, caindo no peitoral de Finn.

- Não chora canguru, tá tudo bem agora. - o abraço ainda mais forte. Canguru era como o pai dele me chamava quando éramos crianças, graças a minha fascinação pelo animal. - Você está segura.

- E você, como está? - pergunto o olhando nos olhos.

- Confuso. Temos que conversar Mills.