❞Sete Minutos No Paraíso - [Fillie]❝

19

[POV Millie]

A cada parte da história que eu contava para Sadie, ela fazia uma nova expressão me olhando por cima de seu celular, foi engraçado ver os surtos dela. Gaten e Marie ainda jogavam videogame, e Finn permanecia ao lado da garota sorrindo para a mesma por cada vez que a morena acertava um golpe. Caleb estava prestando atenção na partida, enquanto Jack e Noah comiam pizza.

Teve uma hora que eu cheguei a pensar que pela proximidade dos dois, Marie e Finn se beijariam na frente de todos mesmo. É inacreditável a forma como ele está me fazendo ciúmes e o quanto eu estou me importando com algo que não deveria. Às vezes o menino olha para mim, e eu torço para que o mesmo não tenha percebido o meu desconforto ainda.

Já deviam ser 6 horas da tarde quando Eric, pai de Finn, o ligou pedindo para que voltássemos para nossas devidas casas. Nos despedimos de nossos amigos e fomos para o carro.

- Finnie, hum? - falei enquanto abria a porta do veículo. Finn sorriu.

- Coitada, provavelmente não sabe da fúria de Millie Bobby Brown. - faz piada.

- Ah mas foi totalmente sem censo da parte dela né? principalmente porquê vocês nem são próximos...

- Eu notei que você ficou com ciúmes Millie. - meu peito gela, ele tinha percebido. Imagino o quão corada devo estar agora, pois Finn me olha e ri da minha expressão.

- Tá se iludindo demais hein. - disfarço. O cacheado ergue uma das sobrancelhas direcionando o olhar para mim.

Chy Baby, The Neighbourhood sintoniza no rádio. Sei o quanto o menino gosta desta música, e eu, também. Nos olhamos de imediato escutando apenas o início da canção e sorrimos um para o outro.

I think I talk too much
I need to listen, baby
I need to listen, baby
I need to listen good

Eu acho que eu falo demais
Eu preciso ouvir, amor
Eu preciso ouvir, amor
Eu preciso ouvir bem

cabelos ao vento graças a capota aberta, algumas pessoas na rua nos encaram parados graças ao semáforo vermelho. Será que quando nos vêem pensam que somos um casal?tal pensamento surge repentinamente. Rio de mim mesma, boba ao pensar nessa hipótese tão ingênua.

- Eu juro de dedinho que o próximo show do The Neighbourhood em Vancouver, nós vamos juntos! - o menino diz, estendendo o mindinho para mim. Estralaço nossos dedos selando a promessa.

Mais versos da música se passam até chegar na minha parte favorita, onde a melodia se torna mais abafada e a voz do vocalista prevalece. Me ajeito no banco sentando de frente para o motorista, cantando para ele bem zoada.

The sun's coming out but
I'm feeling colder
I can't wait 'til the drought is over
I know I'll fall in love with you, baby
And that's just what I'll do

O sol está nascendo, mas eu estou sentindo mais frio
Eu não posso esperar até que a seca acabe
Eu sei que vou me apaixonar por você, amor
E é isso que vou fazer

- Quando eu virar cantora vocês terão que abrir espaço para eu entrar na Calpurnia. - mexo com a filha de Finn, sua mais que amada banda.

- Poxa, sinto lhe informar mas para você, nenhuma vaga está aberta. - o garoto zomba.

- Idiota. - desfiro um soquinho em seu peito, que ri da minha atitude.

Foi o tempo de mais três músicas tocarem até chegarmos em nosso destino, onde Finn estacionou o carro em frente à minha porta.

- Obrigada pela carona Finnie. - agradeço.

- Você sabe que esse carro é tanto seu quanto meu... - sorriu. Um certo clima se instaurou sobre o carro, levanto nós dois a ficar em silêncio e nos olhando. - Sabe Mills, você não precisa ter ciúmes de nenhuma outra garota, afinal, eu sou o seu Finnie. - ele retira uma mecha caída sobre meu rosto e eu encaro seus lábios vermelhos. Já havíamos passado por essa mesna situação semana passada em seu quarto.

- Acho melhor você se afastar. - mentira. Eu só quero que ele se aproxime cada vez mais. Encosto a ponta do meu nariz no dele, enquanto suas mãos seguram meu rosto.

- Sério? Pois eu não acho... - e de repente, eu tinha seus lábios colocados nos meus. A ligação é absurda, estando conectada a ele, eu percebo o quanto queria isso. Uma de minhas mãos vai para seus cachos, fazendo carinho ali, enquanto ele desce para a minha cintura. O beijo é calmo e suave, lento e perfeito para ser apreciado. Dou um último selinho nele, antes de afastar nossos lábios e colar nossas testas.

Peço em meus pensamentos para que nenhum de nossos familiares tenha visto a cena, é surpreendente demais até para nos dois.