cap. 26

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Sina

– Venha vamos entrar. - Disse Marco pegando
nas mãos de Beca e me guiando, Noah vinha logo atrás.

Passamos por um pequeno corredor indo direto
para a sala de estar, ela era simplesmente
maravilhosa tudo super elegante e sofisticado.

- Fique a vontade, Sina. - Apontou para o sofá.
— Vou pedir para Margarida preparar a mesa. -
Saiu junto com Beca.

Me sentei no sofá e Noah permaneceu em pé
olhando para um quadro que tinha ali pela sala,
era uma mulher, uma mulher muito bonita os
traços dela me lembrava um pouco os de Noah.

- Quem é? - Perguntei e sua atenção saiu do
quadro e veio para mim.

— Minha mãe.

-,Ela era linda.

— Eu sei...

O silêncio novamente voltou mas foi cortado por Marco aparecendo na sala sozinho.

- A mesa está pronta, vamos!

Noah foi na frente e eu fui o seguindo logo atrás, entramos na sala de jantar e ela era enorme com uma mesa de aproximadamente 12 lugares.

Marco se sentou ao lado da filha, e Noah e eu
nos sentamos na sua frente.

Uma moça serviu a entrada e presumi que fosse
Margarida.

– Então... - Bebeu um gole da sua água que estava em sua frente — Você estuda o que Sina?

Ótimo...

- Ahm... Ė... Jornalismo. - Bebi um gole do meu
suco de laranja que Margarida acabou de servir.

– Em qual ano?

- Último, ano que vem.

- Que bom. - Sorriu - E você filho, preparado
para voltar a faculdade?

- Não.

- Mas terá que estar, em breve você estará assu-
mindo nossa empresa e é uma responsabilidade e tanto!

Coloquei uma garfada de camarão na boca e aliás, essa entrada estava uma delícia.

- Pai podemos mudar de assunto, a Rebeca deve
estar entediada já. - Revirou os olhos.

— Tem razão. - Sorriu — E você Sina, namora?

Ótimo, o assunto novamente voltou para mim.

– Ahm... Não.

– Meu filho também não, olha que conhecidencia. - Cruzou os braços na mesa.

- Pai...

— Tudo bem. - Riu - Margarida, pode servir o
jantar agora.

- Sim senhor. - Os pratos foram retirados da
mesa e logo depois duas mulheres aparecem com dois pratos em cada bandeja nos servindo.

Logo elas se retiraram e só ficou eu, Beca, Noah e Marco na sala de jantar.

- Espero que goste Sina, o jantar de hoje foi
feito no capricho.

— Tenho certeza que vou, só pela cara está me
dando água na boca. - Falei e ele assentiu.

E assim comemos o resto do jantar a nossa frente em silêncio, a comida estava deliciosa, tenho certeza que se eu não estivesse cheia pediria para repetir.

– Precisam de mais alguma coisa? - Margarida
apareceu.

— Não, muito obrigada.

- Não. - Noah.

Margarida assentiu e saiu logo em seguida.

– Papai posso sair para brincar?

- Claro meu amor, vai lá. - Falou e Beca saiu
correndo - Bom... Eu precisava da opinião de
vocês para uma coisa.

- O que? - Perguntou Noah.

— Vocês sabem que o natal já está chegando e euqueria presentear as crianças que tem câncer em um hospital aqui no Rio de Janeiro, as familias tem baixa renda e é provável que as crianças nem ganhem presentes, o que vocês acham?

Que coisa mais maravilhosa isso meu deus, só de imaginar isso meu peito se enche de alegria.

– Uau, é uma atitude muito linda da sua parte Sr. Marco, parabéns. - Abri meu melhor sorriso.

– Realmente pai, parabéns, seria uma ótima ideia isso!

- Fico feliz que vocês tenham gostado e Sina,
me chame de Marco por favor. - Sorriu e eu
assenti sem graça - Bom mas eu preciso de uma
forcinha de vocês dois.

– De nós? - Perguntou e seu pai assentiu.

- Sim... Eu preciso que você vá levar os
brinquedos para o hospital filho.

— Eu? Por que não você?

- Porque você tem que levar o sobrenome da
nossa família!

– Exatamente, por que você não leva?

- Porq... - O cortei.

– Me desculpa mas o que eu tenho a ver com
isso?

– Já explico querida. - Sorriu — Eu não vou
Noah, porque é você que precisa passar uma boa imagem! Você sabe que nosso nome e sobrenome vive na mídia e é conhecido aqui quanto no exterior e você não colabora filho, vive em festas e é sempre fotografado com uma garota diferente.
E nada melhor que você ir fazer uma boa ação
em um hospital com crianças doentes, tanto para ajuda-las como para nós ajudarmos e é aí que você entra Sina.

— Eu... Ahm... - Ele me cortou.

– E melhor ainda ele ir acompanhado com sua
suposta namorada. - Sorriu.

- QUE? - Eu e Noah falamos juntos.

– Nós não temos nada haver, ninguém
acreditaria nisso e outra que eu não gosto de
aparecer. - Falei.

— Você nunca ouviu falar que os opostos se
atraem? - Marco - É claro que eles acreditariam.

- Pai eu não vou fazer isso!

— Você vai sim se você não quiser voltar a morar comigo e ter sua liberdade cortada novamente!

— Eu não sou mais criança.

– Mas você depende do meu dinheiro e já está
e já está falado! Só depende de você Sina...

- Porque você não escolhe outra pessoa? -
Perguntei baixo - Não quero me envolver nessa
história, seu filho nem vai com a minha cara...

— Que? Quem te disso isso Sina? - Perguntou
sério Noah.

— Ninguém, mas suas atitudes me fizeram
deduzir isso, que você não gosta de mim.

- É meu jeito, mas eu gosto de você... - Me
encarou.

— Bom e aí? - Chamou Marco fazendo nossa
atenção ir para ele — Você aceita?

– Ahm... - Olhei para Noah que já me encarava -
Tudo bem, eu aceito... - Suspirei já imaginando no caos que minha vida se tornaria.

No Mesmo Quarto | Noart Onde histórias criam vida. Descubra agora