cap. 73

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Sina

Eu já estava agoniada, Marco havia sumido e até agora não sabíamos de nada do Noah.

Pego meu celular e olho as horas. Já havia se
passado muito tempo e nada até agora.

- Aonde você estava? - Ouço a voz do meu irmão e ergo minha cabeça para olhá-lo e vejo que ele estava se dirigindo a Marco que vinha em nossa direção com um médico.

Me levanto rapidamente e vou até eles.

- Como ele está? - Pergunto angustiada e o doutor logo responde minha pergunta.

- Ele acabou de sair de uma cirurgia, ele está fora de perigo mas seu estado não é um dos melhores.

- Eu posso ir vê-lo?

- No momento não, as únicas pessoas que podem ver ele agora é só a família.

Suspiro.

- Mas quando ele acordar você poderá ver ele. - Ele sorri me confortando - Bom, tenho que ir agora quando estiver mais notícias eu aviso vocês. - Assunto e ele sorri se retirando.

Silêncio.

- Pelo menos ele está fora de perigo... - Heyoon diz e Marco concorda.

Eu estava sentada em um banco em frente ao
hospital. Minha cabeça estava só no Noah, pensar em como fui idiota em ficar distante dele esse tempo todo.

Se eu não fosse tão idiota isso nunca teria
acontecido...

Meu celular começa a tocar e vejo no visor que era minha mãe.

Respiro fundo e logo atendo.

- Oi mãe.

- Filha, meu bem. - Diz com sua voz animada - Seu vôo já está pousando? Eu e seu pai podemos ir já te encontrar no aereoporto?

Meu deus... Eu não avisei minha mãe que eu não iria mais.

- Mãe... - Ela me interrompe.

- Se nós nos atrasarmos é culpa do seu pai. - Ela ri e meu pai resmunga do outro lado da linha.

Acabo rindo também e meu coração se aperta por não ter a avisado e ter enchido eles de esperança.

- Mãe eu ainda estou no Rio...

- Como assim? Você não disse de manhã que
faltava apenas alguns minutos para você embarcar no avião?

- Sim mãe mas... - Ela me interrompe novamente.

- Ah já entendi, seu vôo atrasou não foi?

- Não mãe. - Sussurro - Aconteceu algumas coisas e resolvi ficar... - Sou interrompida pela Heyoon aparecendo e me chamando.

- Noah acordou. - Ela diz sorrindo.

- Que?

- Sim. - Ela grita.

- Filha? - Minha mãe fala do outro lado da linha.

- Mãe tenho que desligar agora, beijos. - Desligo o telefone e o guardo no bolso.

- Vem, vamos! - Heyoon segura na minha mão
e me puxa para entrarmos dentro do hospital
novamente.

****

Eu estava a uns cinco minutos enfrente a porta do quarto que o Noah estava. Eu não conseguia abrir, a coragem não vinha e muito menos para olhá-lo todo machucado.

- Calma... Tudo bem.. Vamos lá Sina. - Falo para
mim mesma e respiro fundo.

Toco na maçaneta gelada e logo a giro, empurro a porta calmamente e lá estava ele... Todo machucado e uma vontade imensa de chorar aparece. Isso tudo foi culpa minha...

Calma Sina.

Ele estava distraído olhando para o teto branco
do quarto e ainda não havia percebido minha
presença ali no quarto.

Caminho calmamente até sua cama aonde ele
estava cheio de fios conectados ao corpo.

Depois de um tempo, seu olhar se desvia do teto e olha para mim.

Ele estava surpreso.

Mesmo depois de tanto tempo a sensação era
a mesma de quando ele me olhava, um frio na
barriga apareceu do nada e por um momento
esqueci como se respirava.

Eu senti tanta falta dele...

Q; quem ta madrugando cmg?

No Mesmo Quarto | Noart Onde histórias criam vida. Descubra agora