Não sei- Respondi olhando pros sapatos de Harry
Não sabe ou não quer dizer?- Perguntou Harry irônico
Não.. é que as coisas sentimentais não fazem sentindo pra mim- Digo
Pra mim elas também não fazem, e nunca vão fazer, mais há coisas que eu estou começando a despertar dentro de mim- Disse Harry me observando
Acho que Harry ia falar mais alguma coisa, mais eu devia estar aparentando um olhar assustado, pois ele não falou mais nada. Pra me livrar de Harry teclei os números do papelzinho que a secretária maldita de meu pai me deu e apertei ‘’chamar’’. A angústia estava me tomando, eu não queria ouvir sobre a morte de minha mãe, mais eu também sabia que precisava saber mais sobre isso, porque meu sexto sentindo me pedia isso, então eu faria isso, como sempre fiz quando minha intuição me mandava ir em algum lugar. Depois de sete toques uma voz falou ‘’oi’’ era a voz de um homem, a sua voz era rouca não como a voz sedutora de Harry, mais sim uma voz bem tranquilizadora. Falei o nome de minha mãe e ele logo entendeu. Pedi que ele me contasse tudo sobre o caso, e ele contou. Eles descobriram que minha mãe não morreu simplesmente, e sim fora morta, e o principal suspeito era meu padrasto Rick, depois de ouvir isso não consegui falar mais nada, por alguns segundos eu fiquei desorientada e depois larguei o celular deixando ele se espatifar no chão. Harry arregalou os olhos e agarrou a minha mão.
O que foi? Perguntou ele me puxando pra perto
Foi um assassinato. – Digo com a voz falhando
Depois que eu disse isso Harry deu um suspiro e me alinhou em seu peito. Ficamos ali parados por horas, o celular jogado no chão, as pessoas nos olhando com curiosidade, e o frio soprando no nosso rosto. Por fim eu me levantei, olhei pra Harry tentando parecer sana e comecei a correr.
Aonde você vai?- Perguntou Harry me alcançando
Vou voltar pro Canadá, quero ajudar a prender aquele monstro- Disse eu com uma voz irreconhecível
Que monstro?- Perguntou Harry ainda correndo comigo
Meu padrasto, Harry ele matou ela.. ELE MATOU ELA- Digo puxando meus cabelos com as mãos
Você não pode ir assim, você não pode ajudar em nada, você precisa se acalmar- Diz Harry me parando
Mais eu preciso- Disse eu começando a chorar
Agora não , agora eu vou te tranquilizar- Diz Harry fazendo carinho em meu cabelo
Harry me abraçou me mantendo firme durante o caminho de volta para casa. Quando chegamos no hotel, não havia sinal de nenhuma Hay, ou dos meninos, pelo o menos nos lugares públicos do hotel, talvez eles estivessem ainda em minha vó ou talvez se separaram, mais com Hay perto dos ídolos e ainda pegando Niall, era impossível eles se separarem. Meu pai estava em uma reunião de amigos para se distrair segundo a secretária maldita. Imaginai que estaria sendo mesmo difícil pra meu pai também, afinal, era a ex esposa dele, aquela que deu sua única continuação até agora , espero eu que seja ‘’até sempre’’. Desde de que eu era pequena, papai odiava me ver triste, sempre que eu chorava perto dele, ele ligava pra minha mãe, e quando a voz dela ganhava vida no celular ele passava correndo pra mim. Harry me levou até meu quarto, pegou uma roupa para mim, e me conduziu ao banheiro. Lá ele parou, me olhou, e depois encostou na blusa que eu estava, não conseguia nem me mexer direito, ainda estava em choque , então ele continuou tirando minha blusa, e depois minha calça. Até que eu estava só de calcinha e sutiã na sua frente, ele olhou meu corpo, seus olhos eram de puro desejo e excitação, aquele olhar me acordou e eu me afastei entrando no box, Harry ficou um pouco envergonhado mais conseguiu passar pela porta tropeçando em seus próprios sapatos. Quando ele conseguiu se equilibrar fechou a porta. Tomei um banho demorado, como se quisesse tirar toda a impureza do mundo em uma só quantidade de água. Lembrei de Harry me olhando com olhos totalmente atentos e depois tropeçando e acabei dando uma risada. Assim que a risada ecoou no banheiro parei de sorrir, sabia o que teria que enfrentar, teria que achar aquele monstro, eu perderia minha própria pra fazer justiça por minha mãe, não a justiça desleal, mais há de acordo com a lei, lutaria pra que ele ficasse pro resto da vida em uma cadeia.
Esqueci que a roupa estava em cima de minha cama, então me enrolei na minha toalha e sai do banheiro. Harry estava sentando no chão aparentemente olhava pra parede sem saber, acho que estava pensando em algo maravilhosamente bom, porque exibia o sorriso de tirar o fôlego pra ela.
Harry!- Disse eu pulando na cama, agarrando a toalha com força
Ah, oi- Diz Harry se levantando rapidamente
Muito obrigada- Digo conseguindo abrir um sorriso
Pelo o que?- Perguntou ele abrindo um lindo sorriso torto
Ahhhhhhhhhhh, eu não vou listar nada- Disse eu pegando minha roupa na cama
Preguiçosa- Disse Harry que agora ria sem parar
Não sou nada! Olhe, vai se arrumar, pro jantar da vovó vai- Digo séria
Ok ,ok chata- Diz Harry piscando pra mim enquanto abria a porta
A roupa que Harry escolherá estava ótima, não dúvida mais do seu gosto. Por um momento desejei que Harry fosse gay, para que eu não tivesse que entrar em outra barca furada, só desejei mesmo, porque sabia que o jeito que ele me dirigiu quando eu estava só de calcinha e sutiã mostrava totalmente ao contrário. Harry sabia que só estava despachando ele, estava muito cedo pra arrumar o look pra um jantar, mais eu precisava ficar sozinha. Acabei dormindo, e acordei depois de um pesadelo. Nele eu via meu padrasto espancando minha mãe e via Harry sem sorriso, apenas olhando junto de mim minha mãe morrendo, eu tentava ajuda-la mais Harry me segurava, quando eu tentava fugir de si ele falava bem baixo a frase ‘’Eu tenho que protege-la, não vou deixa-la partir’’. Eu estava afobada na cama, quase sem respirar, não entendia como um fato estava tirando tão tudo de bom que eu tinha. Olhei o relógio e já era sete e meia da noite. Eu nunca fui boa em horários, agora com o celular espatifado e esquecido na praça seria menos ainda.
(Amores, comentem o que vocês acharam desse capítulo e dêm voto também, obrigada)
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Alasca Do amor
Teen FictionAnne é uma menina apaixonada por patinação, mais vê sua mãe contra essa paixão após ela declarar preferir fazer isso no Alasca, lugar aonde seu pai mora. Anne entra de férias e resolve buscar fazer o que te dar prazer, ela vai para o Alasca com o se...