Não estava com vontade de falar com meu pai quando eu o avistei na porta de meu quarto. Eu só conseguia me prender a fala meio patética de Harry pra não responder a minha pergunta, ele me deu outras perguntas em vez de responde-lá. Eu queria ter coragem de perguntar as minhas conclusões há Harry.
Filha! -Exclamou papai abrindo a porta do quarto pra mim
Oi- Disse eu baixinho
Tenho uma surpresa maravilhosa- Falou papai animado
Lá vem bomba- Digo choramingando
Você vai amar, tenho certeza- Disse papai rodeando minha cama
Ok, fale logo e deixe sua primogênita dormir- Digo sorrindo
Bem, vou ser direto..- Papai começou a falar
Pai, você sempre é direto- Disse eu o interrompendo
Shiuuuu , me deixe falar. Você vai para França participar de um campeonato de patinação- Diz papai fazendo uma careta
NÃO! - Gritei
Porque? - Perguntou papai arregalando os olhos
Tenho que acompanhar a investigação no Canadá, "Canadá" entendeu! -Digo
Não senhora. Não quero que você fique deprimida. Quando você voltar a investigação vai ter acabado e você botará um ponto final nisso tudo -Disse papai calmamente
Pai, você não pode me impedir de ajudar nisso- Digo tentando manter a voz calma
Eu quero o seu bem, não vai adiantar nada a sua ajuda. Vá, por mim por favor, não vou aguentar saber do transtorno que você entrará querendo isso- Diz papai com lágrimas nos olhos
Tudo bem mais eu ficaria informada de tudo mesmo- Retruquei séria
Já cuidei disso. Qualquer informação que possa surgir ficará em sigilo com a polícia- Diz papai confiante
Não acredito nisso!- Exclamei me jogando na cama com raiva
Filha... é pro seu bem- Falou papai
Tchau pai- Disse eu exasperada
Amanhã as sete da manhã você tem de estar pronta- Disse papai indo pra porta
Aghhhhh! - Gemi de ódio
Desculpe- Diz papai fechando a porta
Passei alguns minutos olhando pro teto, e depois comecei a chorar, não sabia porque as lágrimas saíam em tal fluxo naquela hora, o motivo estava cavado no fundo de mim, e eu não queria liberta-ló, eu achava que conseguia dete-ló pelo o menos uma vez, mais não, estava errada e isso me assustou. Peguei o telefone fixo do quarto e liguei pro único número na lista telefônica dele, "Recursos" era o nome do contato. Uma voz masculino atendeu e eu fiz meu pedido sem saber se ele seria atendido, mais foi, pois a voz masculina da linha já sabia da minha proximidade com os meninos. Digitei o número e apertei "chamar" desejando que Harry atendesse e mais ninguém.
Oi? - Perguntou a voz rouca de Harry
Harry!- Exclamei aliviada
Anneeee! - Diz Harry sorrindo
Nem parece que nos falamos hoje- Disse eu sem humor
É , algum problema?- Falou Harry baixinho
Vou pra França, amanhã- Digo engasgada (O outro lado da linha ficou silencioso, só houve um breve suspiro de angústia)
Não... porque ? Não vá- Diz Harry
Não posso fazer nada, ordens do chefão. Ele não me quer envolvida com a investigação, vou para um campeonato de patinação- Digo bufando
Ele tá certo. Vou sentir tanto a sua falta. Preciso me despedir.. quer dizer, todos nós- Diz Harry
Não, odeio despedidas. Quando eu voltar prometo visitar vocês- Disse eu tentando deixar a voz confiante
Ah por favor, não faz isso com a gente- Diz Harry com a voz falhando
Não insista! - Exclamei
Eu.. tenho uma coisa importante pra dizer. Me prometa que vai direto pra seja lá onde eu estiver- Disse Harry implorando
Prometo, vou até na Holanda se precisar. Sobre essa coisa importante, tem a ver com o que você me falou sobre a coisa mais importante na vida de um homem? - Falei
Quando você chegar, vai saber- Diz Harry sussurrando
Vou dormir- Digo desligando o telefone antes que Harry se despedisse
Liguei pra Hay assim que lembrei que ela tinha surtos quando eu ia embora sem avisar. Hay estava estonteante, quando eu falei "Alô" ela reconheceu minha voz e começou a falar. Não havia percebido mais Niall e Hay não estavam em lugar nenhum quando passei pela porta dos meus avós, enquanto eles diziam "Adeus", sem entender porque eu estava tão emburrada e carrancuda. Segundo Hay Niall se ofereceu pra leva-lá para casa, e quando eles estavam na frente de sua casa Niall a pediu em namoro, eu diria "não" pela maturidade dos fatos, mais Hay aceitou na hora o pedido, sem nem pensar por um segundo. Quando Hay parou pra respirar falei da minha viagem a França, e dos motivos de eu ser obrigada a ir e esperei sua resposta. Hay ficou em silêncio por alguns minutos e depois falou " QUE VIDA CRUEL, VOU VOLTAR PRO ÚTERO DA MINHA AVÓ...OPS MÃE" é desligou o telefone. Hay só desligava o telefone quando ia chorar, então fiquei muito mal por isso, e acabei dormindo exausta por mais uma dor.
Acordei as cinco da manhã despertada por mais um sonho com Harry, desta vez não só com Harry, mais com Hay também. Harry dizia de novo algo sobre me proteger e Hay aparecia logo depois chorando, jogada no chão de seu quarto. Por um momento fiquei aliviada por Hay ter Niall, agora era eu que queria eles agarrados, se possível até casados. Arrumei meu cabelo, botei minha roupa, escovei os dentes e fiquei sentada na cama, passando a mão no lençol sedoso enquanto esperava. Quando papai apareceu eu já estava quase dormindo sentada, ele me guiou até seu motorista particular enquanto me olhava de cima a baixo, como se quisesse me memorizar. Quando entrei no carro ele fechou a porta pra mim e sussurrou.
Boa sorte minha filha, eu amo você- Disse papai
Eu também pai, eu também- Falei tentando sorrir
Não era fácil deixar tudo de novo. Provavelmente Matthew me ligaria xingando , já que eu não o avisei com antecedência de minha partida, Matthew iria trancafiar minha porta, se soubesse de minha da minha viagem antes de eu estar em um avião. Seria tão ruim pra ele, já que nós nos acostumados a ficar grudados, sempre tentando ajudar um ao outro, como um ciclo, um clico que estava sendo interrompido com Niall, Louis, Zayn , Liam e Harry, mais esse ciclo jamais se abalaria , como sempre foi com Hay.
Foi fechar os olhos no jatinho, e toda dor sumiu. Não tive pesadelos nem sonhos. O jatinho exagerado de meu pai fez seu trabalho, daqui a três horas estaríamos na França, chegaríamos uma hora da manhã. Nas últimas horas de viagem fiquei acariciando o meu lanchinho intocado, batatas fritas, hambúrguer, coca cola e chocolate, um lanche atrativo, mais não pra um estômago irritado, um estômago faminto por uma guerra aonde ele faria o trabalho de botar minhas triplas pra fora, e eu levaria esporro por um ano, por sujar o estofado caríssimo de meu pai.
Já estamos na França- Informou o copiloto sorrindo pra mim
Para um copiloto experiente ele parecia bastante lindo. Sorriu e olhou pra mim durante todo hora que fiquei acordada. Morri de medo de tirar sua atenção deixando sua ajuda ao piloto pouco eficaz, não confiava muito que o piloto ficasse tão acordado por tantas horas, então tentei não olhar pro copiloto, e muito menos me mexer muito. Aprendi que copilotos podem ser mais sensuais do que aparentavam, pois esse parecia um ator de Hollywood quando olhava para mim, se não desse de cara com Nick Jonas um dia desses me contentava com esse daí mesmo. Até parece que Harry Styles ia sair da minha cabeça enquanto eu agarra-se alguém, nem que fosse o homem mais bonito da terra, eu acabaria pensando em Harry, falando o nome Harry, desejando Harry infinitamente.
França- Sussurrei olhando pela janela do jatinho
(Amores, comentem o que vocês acharam desse capítulo e dêm voto também, obrigada)
YOU ARE READING
Alasca Do amor
Teen FictionAnne é uma menina apaixonada por patinação, mais vê sua mãe contra essa paixão após ela declarar preferir fazer isso no Alasca, lugar aonde seu pai mora. Anne entra de férias e resolve buscar fazer o que te dar prazer, ela vai para o Alasca com o se...