Clã

4.8K 292 76
                                    


Antoniette Topaz Point of View;

Pela primeira vez, eu havia sido a primeira a acordar, naquela manhã. Cheryl parecia estar cansada demais para abrir os olhos, e não a julgo, afinal a noite de ontem havia sido agitada para a ruiva, tendo sua família na casa e ainda por cima jogando farpas para cima dela. Havia a deixado na cama para poder observar aquela manhã pela janela do quarto. O céu estava nublado e provavelmente estava uma brisa fria fora daquela casa quente. A rua silenciosa e calma dava um ar de interior, fazendo tudo ficar melhor. O dia estava perfeito.

Sinto os braços firmes abraçarem meu corpo pela cintura fazendo eu me aconchegar. Um beijo é depositado atrás da minha orelha me fazendo fechar os olhos e deitar em seu peito.

- Bom dia - sua voz rouca matinal soa baixinho. - Dormiu bem?

- Tem como não dormir bem ao lado de uma mulher maravilhosa? - me arrepio ao sentir a leve respiração dela na minha nuca.

- Já acordou assim? - aperta os braços pela minha cintura.

- Hoje é sábado, o que fará? - abro os olhos voltando a olhar para o tempo fechado.

- Meu propósito é apenas ficar na cama, e o dia está ótimo pra isso - realmente estava. - Mas terei que resolver algumas coisas. Farei uma pequena reunião com o bando hoje que formará o clã. Quer participar?

- Eu me sentiria uma intrusa - solto um riso nasal.

- Betty e Verônica viram mais tarde para isso, talvez se sinta familiarizada com elas - olho para trás ao ouvir meu celular tocando. - Descerei para preparar algo - beija minha bochecha soltando meu corpo.

Observo o corpo pálido se afastar enquanto vestia o hobby preto por cima da camisola e abria a porta do quarto para sair. Ando até o criado mudo pegando o celular e vendo o nome de Sweet na tela.

- Bom dia - falo assim que atendo.

- Bom dia. Te acordei? - sua voz estava séria.

- Não - encosto minhas costas na parede.

- Bom, Antônio chegou. Está querendo te ver hoje ainda - suspiro.

- Arrumarei um tempo para ir vê-lo, mesmo contra a minha vontade - reviro os olhos.

- Certo. Te vejo mais tarde então - me despeço dele colocando o celular onde estava.

Puxo as mangas do moletom até cobrirem minhas mãos e saio do quarto. Ao chegar na escada o cheiro do café forte entra pelas minhas narinas.

- Bom dia - falo para Yoshi que havia pulado na minha perna. - Já comeu hoje? - me abaixo. - Vejo que sim - falo olhando para o pote no canto onde, agora, continha apenas um pouco de ração.

Assim que chego na cozinha vejo o corpo de Cheryl parado olhando para a janela que tinha encima da pia. Os cabelos agora presos em um coque solto, e as mãos segurando uma caneca de porcelana branca perto dos lábios. Ela assoprava o recipiente fazendo a fumaça sumir pelo ar.

Pela primeira vez eu havia parado para pensar o quanto a minha vida tinha mudado em tão pouco tempo. E para, definitivamente, melhor.

Olhando para aquele corpo pálido, coberto apenas pelo hobby de seda e a camisola do mesmo tecido, eu só sabia imaginar o quanto eu tinha sido sortuda por ela me escolher. Cheryl podia ter a garota que quisesse, uma para cada dia da semana, ou até duas, ou mais, de uma vez. Ela era linda, chamava atenção por onde passava, deixando para trás homens e mulheres completamente hipnotizados pela beleza que emanava daquela mulher. Seu cheiro era daqueles que te faz viciar e que te faz ter a necessidade de sentir-lo a todo maldito segundo. Os cabelos completava ainda mais a sua beleza. As curvas chamativas atraiam olhares de todos. O rosto bem desenhado com as sobrancelhas delicadas, os olhos intensos que, mesmo carregando um vazio neles, era apaixonante, o sorriso que ela abria em raros momentos, atingia qualquer pessoa, fazendo você sorrir junto. A cor pálida de sua pele, fazia um contrates perfeito em absolutamente tudo, principalmente quando ela vestia suas inseparáveis roupas pretas, formando assim, um destaque. Se ela estralasse os dedos viriam garotas e garotos de todos os lugares para ter apenas uma noite com ela, e mesmo assim, ela decidiu se prender a mim. Uma mera garota com pais mortos e afastada da família. Que nasceu no lado errado da cidade, cresceu em um trailer, e seu legado era apenas um bando de pessoas vestindo jaquetas pretas, com uma serpente atrás, e andando de motos por aí, esbanjando o poder que não tinham.

My Girlfriend is a VampireOnde histórias criam vida. Descubra agora