O segredo de Avery

Cap 5. A Rainha

Olá, para esse capítulo, seria bom se vocês revessem o trailer da fic, já que uma cena em especifico dele acontece aqui. Obrigada a quem estiver lendo, não se esqueça de votar e compartilhar a fic.

Comentários também ajudam muito, principalmente a me manter motivada.

(ATENÇÃO)
Meu user no tt mudou, agora é @MrssLinda em homenagem ao TaeTae

Sem mais delongas, vamos para o cap.

POV HYEMI

A neve começava a cair, e ao longe a patrulha do reino fazia ronda. Da sacada do meu quarto eu podia ver os soldados recebendo treinamento, com seus kimonos brancos se movendo pra lá e pra cá enquanto suas espadas de madeira faziam barulho. Um grupo de mulheres meditava mais ao longe, com seus longos cabelos presos em um coque alto. Tudo parecia calmo, tudo parecia respirar um equilíbrio belo de se ver, desde a brisa do inverno até o cantar que os galhos das árvores faziam por causa dela.

Estalo meu pescoço, me espreguiçando em seguida, após levantar da cama. Estranhamente meus pés tocaram um banquinho de madeira que havia ali, mas eu não me lembro de ter deixado ele lá. Estou usando uma roupa que não reconheço, um tecido branco com pétalas de lírio desenhadas em renda cai sobre meu corpo, e é então que eu percebo.

Eu não sou baixinha assim.

Saio correndo em direção ao espelho mais próximo, em um formato oval grande no canto do quarto, e meu reflexo faz eu me espantar e cair pra trás, soltando um grito.

Meus olhos são menores, eu tenho pelo menos 20 cm a menos de altura e meus cabelos tem um tom castanho claro ao invés do preto. Toco meu rosto redondo com as mãos, que percebo serem pequenas demais, e pálidas demais pra serem minhas. Nada daquilo é meu, nem a boca, nem a pele, nada. Porém é o que vejo no espelho, uma imagem que não reconheço está sentada sobre uma das pernas, com as mãos nas bochechas e uma cara de espanto tão delicada que passa longe de se parecer comigo.

- Senhora? - alguém invade o quarto, dois guardas trajados com armaduras que lembram o tempo feudal estão com espadas na mão, olhando em volta. Um deles para os olhos sobre mim, se aproximando e me ajudando a levantar com delicadeza - O que ouve, majestade? Devo chamar o rei? O bebê está a salvo?

Eu fico em choque, de boca aberta sem saber o que falar, e sem saber processar nenhuma informação que sai da boca dele. Eu preciso de tempo, preciso descobrir o que aconteceu e porque eu aparentemente não consigo acordar desse sonho esquisito. Me lembro da noite passada, da festa, da dança, de desmaiar. É isso, eu desmaiei e agora estou sonhando, só pode ser.

Recomponho a postura.

- Estou bem - finjo firmeza na voz - Me deixem em paz, some daqui!

Parecem assustados com o que digo, esquando faço sinal pra saírem. Eles apenas assentem, me reverenciando e fechando a porta ao se retirarem.

Respiro fundo aliviada, percebendo minha tenção. Alguma coisa nas minhas costas doem, e eu me curvo, sentindo um incômodo estranho na barriga. Me aproximo do espelho de novo, querendo saber o que é, mas não consigo ver nada até me virar de lado e olhar de perfil. Há um pequeno volume em meu ventre, quase imperceptível se olhar rápido demais, passo a mão por ele e checo por debaixo da camisola, me deparando com - talvez - meu maior pesadelo dentro desse sonho esquisito: uma gravidez.

Eu tô grávida.

Puta que pariu.

EU TÔ GRÁVIDA PUTA MERDA.

- Acredito que esse tipo de linguajar seja impróprio para falar com seus súditos, mais ainda aqueles escolhidos para te proteger - uma voz doce interrompe meu surto, e eu passo a olhar em volta, sem conseguir identificar de onde vem - Recomponha-se, querida, não temos tanto tempo assim.