O segredo de Avery

Cap 9. Nas sombras

Oi amores, saiu a notícia que o mundo não acreditou.
Mil desculpas por ficar esse tempo todo sem postar, eu fiquei sem criatividade e até meio desencorajada pela fic ter pouco alcance, mas eu acabei relendo ela e percebi que eu gosto demais dessa história. Ainda tem muita coisa pra acontecer.

Esse capítulo veio como se fosse água jorrando de uma torneira aberta, eu escrevi ele muito rápido então me perdoem se houver muitos erros de gramática.

Ele também é um capítulo de transição, então vai ser um pouco mais curto que o próximo. Espero que gostem

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Hyemi não tinha muito tempo, ela sabia que sua memória iria lhe trair mais cedo ou mais tarde, então não adiantava fugir. Enquanto colocava seu all star preto, se analisou uma última vez no espelho.

Um corpo fraco, que não lhe permitia usar toda sua força. Ela havia acordado do coma em menos de 48 horas atrás, e lá estava ela: toda de preto, colocando sua vida em risco de novo. A rainha Min tinha sido clara, não poderiam haver deslizes naquele plano, ela teria que invadir o templo e achar os tais segredos reais. Era perigoso, mas não adiantava esperar mais, ou ela se esqueceria dos detalhes do local.
O perfume que imitava sua essência natural ficava na sua mesa de cabeceira, e ela o espirrou algumas vezes na cama e no travesseiro. Além da dificuldade de ter que se esquivar no meio da noite até o templo, ela teria que despistar os guardas. E assim ela fez.

Enquanto ela pulava da varanda do quarto pro galho da árvore mais próxima, seu coração disparava. Sua cabeça era a pior parte, havia uma voz incessante a dizendo que aquilo iria dar errado, a dizendo pra voltar e dormir. Pra fingir que tudo aquilo era só um sonho esquisito e que não havia espírito nenhum tentando lhe ajudar.

Mas ela ignorou. Ela não sabia, mas sua ancestral olhava por ela, e sabia o que se passava em sua cabeça. Uma ligação estranha e inexplicável entre tataravó e tataraneta, mas que podia se desfazer a qualquer momento, então ambas deveriam ter cuidado.

Agora ela se esgueirava entre a relva que separava o Palácio do templo milenar, em busca da entrada principal, guardada por guardas em duas torres opostas. Derrubá-los seria fácil, mas suspeito demais. Infelizmente não havia outra saída. Ela se preparou, unindo todas as forças que conseguia e escalando as torres furtivamente. Ela conhecia todos os sistemas de segurança daquele lugar, e sabia exatamente o ponto cego de cada câmera. Yugyeom poderia ser mais forte fisicamente, mas ele não sabia se mover como Hyemi. Era de se admirar como ela conseguiu imobilizar e desmaiar dois guardas que tinham o dobro de seu peso, um de cada vez, sem que eles percebessem. Na manhã seguinte haveria uma força tarefa para descobrir quem havia invadido o templo, mas era melhor assim. Deixe eles pensarem que o assassino está se movendo livremente por aí, vai tirar a atenção do que realmente está acontecendo.

Finalmente, ela consegue adentrar o templo, através de uma das torres de guarda. Depois de se certificar que ninguém está vendo, ela segue pelo mesmo caminho que a Rainha Min havia a mostrado na projeção espiritual. Ao chegar à parede, contou as sete tábuas e então, enfiou uma pequena faca entre elas, ouvindo um click.

Bingo!

A entrada se abriu, revelando um cheiro de mofo quase insuportável, e as mesmas escadas que a levariam a seu destino. Era agora ou nunca. Sem pensar duas vezes, ela adentrou a escuridão, fechando a porta atrás de si.

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Haviam se passado pelo menos duas horas, e ela não havia encontrado nada. Era basicamente um mausoléu cheio de pergaminhos velhos ao redor de dois caixões lacrados, exatamente como na sua visão, mas ela não conseguira achar aquilo que sua antepassada havia pedido. Ela tentou rezar, até colocou flores em cima dos túmulos, mas nada. O cheiro era insuportável, o que a fez desligar seus sentidos alfa, confiando apenas na luz de sua lanterna.