Capítulo 1

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Despertei-me do meu sono, me levantei da cama e fui fazer o que eu gostava de fazer assim que me acordava, fui até minha escrivaninha, peguei meu pequeno carderno de desenhos e voltei para minha cama. Era um caderno repleto de desenhos em preto e branco que eu fazia nos momentos mais sombrios.

Me sentei e comecei a rabiscar uma folha com um lápis que estava dentro do caderno, enquanto isso comecei a lembrar do sonho que eu havia sonhado na madrugada daquele dia

Me sentei e comecei a rabiscar uma folha com um lápis que estava dentro do caderno, enquanto isso comecei a lembrar do sonho que eu havia sonhado na madrugada daquele dia

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Flashback

Sonhei que eu me despertava do meu sono, e ia até a sala da minha casa, chegando lá eu não encontrava minha vó, procurava por toda a casa, mas ela não se encontrava em nenhuma parte da casa, então ainda no sonho resolvi ir à rua procura-lá, e assim que sai na porta me deparei com uma imensa neblina que me impedia de enxergar bem, mas eu conseguia perceber que a rua estava deserta, não se viam pessoas, nem veículo algum, apenas eu e uma imensidão de neblina que estava vindo em minha direção, muito rápido.

...

Terminando de relembrar desse sonho que eu havia tido, ouvi minha vó me chamar:

- Andrew posso entrar? - perguntou minha vó enquanto batia bem de leve na porta do meu quarto, que estava apenas encostada.

- Pode entrar vó - respondi olhando para a porta.

Entrando em meu quarto ela veio em direção a minha cama, escondendo algo atrás dela.

- Será que você poderia ficar de pé meu filho - perguntou-me com os olhos lacrimejando.

- Claro - falei levantando-me da minha cama, e me aproximando dela.

No mesmo instante, a vovó me surpreendeu com um abraço bem apertado e aconchegante.

- Feliz aniversário meu neto, eu te amo! - ela falou enquanto me abraçava e alisava meus cabelos.

- Obrigado vó! Eu também te amo - respondi eu e no mesmo instante caíram lágrimas dos meus olhos, me recordei de todos os momentos que eu e minha vó passamos juntos, tempos felizes e tristes. Foram várias vezes que pensei em tirar minha vida, mas minha vó sempre aparecia e me impedia, além disso sempre me ajudou em tudo que precisei e nunca me deixou passar necessidades.

Chegando ao fim, do nosso demorado abraço, minha vó ainda me beijou em meu rosto.

- Olha meu neto... - disse mostrando algo que trazia em suas mãos - É um diário, não é bom que você fique guardando as coisas pra você. É bom desabafar, e como eu sei que você não gosta de conversar com as pessoas, comprei esse diário. Mas o meu desejo mesmo é que um dia você mude meu filho, a vovó não gosta de ter ver assim triste e solitário. Você é um rapaz tão inteligente e bonito, precisa aproveitar sua juventude, antes que fiquei velho, assim como eu estou.

 Você é um rapaz tão inteligente e bonito, precisa aproveitar sua juventude, antes que fiquei velho, assim como eu estou

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- Vó muito obrigado por esse diário e também pelos conselhos, mas eu não posso mudar esse meu jeito. Eu não vejo nenhum motivo para sorrir, todos os motivos que eu tinha foram roubados. Prefiro viver solitário, assim tenho menos chances de sofrer ou me magoar mais ainda. Porque é o que sempre acontece.

- Está bem meu filho, não quero discutir com você, hoje é seu aniversário!
Só quero que saiba que tudo que eu quero é te ver feliz - disse minha vó me entregando meu presente e em seguida se retirou do quarto, com um semblante triste.

...

Assim que minha vó saiu voltei a desenhar e enquanto isso fiquei pensando sobre o que eu escrever naquele diário, eram tantas coisas que eu queria desabafar que eu nem sabia por onde começar. Então depois de um tempo pensando decidi que eu escreveria as coisas que acontecessem no meu dia, como todas as pessoas fazem, mas no meu caso, seriam apenas relatos tristes e sem graça, pois eu tinha certeza que não teria nada de feliz para pôr naquele diário.

Após muito ter desenhando, resolvi sair do meu quarto, a minha vontade mesmo era continuar no meu quarto até o outro dia, mas não queria deixar minha vó triste.

....

Fui até o banheiro, escovei meus dentes, joguei uma água gelada no rosto, me olhei no espelho, e acabei notando que eu estava com aspecto pior que de costume, muitas olheiras, rosto muito magro e pálpebras caídas, mas não me importei com isso, pois eu sabia que minha aparência iria piorar com um tempo.

Após ter feito essas coisas, fui até a conzinha, minha vó estava lá sentada, bem pensativa, tomando café com leite, reconheci pelo aroma.

- Finalmente meu neto! - disse ela surpresa com minha chegada a conzinha - Olha preparei sua comida favorita panquecas - falou ainda sorridente.

- Obrigada vó - disse enquanto eu sentava a mesa e logo em seguida comecei a me servir.

Comi apenas uma panqueca, acompanhada de café com leite.

- Poxa Andrew! Só uma panqueca? Fiz com tanto carinho.

- Eu sei que a senhora fez com carinho vó, mas eu não sinto fome, desculpe! - falei com a cabeça baixa.

- Está bem meu neto! - falou minha vó decepcionada com a minha tristeza - Sabe eu achei que hoje por ser seu aniversário, você acordaria mais animado, mais feliz.

- Vó, pra falar a verdade eu nem lembrava que hoje é meu aniversário.

- Nossa, meu filho! Essas coisas que você fala me deixa triste.

- Sinto muito vó - disse e subi para meu quarto

Notas da autora: E esse foi o primeiro capítulo, espero que tenham gostado.

Comentem o que acharam e não esqueçam de deixar um voto, pois me motiva a continuar.

Até a próxima!

Saindo da escuridão Onde histórias criam vida. Descubra agora