No dia seguinte
Emma narrando
Eu já estava em sala de aula, o Andrew estava do meu lado, ele estava escrevendo em um caderno que acredito ser um diário.O Hugo, ainda não havia chegado, ele não estava mais vindo a escola comigo, pois agora ele não estava mais morando com a gente. Ele conseguiu um bom emprego, então resolveu pagar aluguel, até conseguir comprar uma casa para ele.
E eu estava, pensativa, na verdade eu estava ansiosa para que a noite chegasse logo, pois hoje teria culto e estava muito feliz por meus pais terem decidido ficarem congregando naquele ministério, pois eu me sinto muito bem. Daqui a pouco irei fazer parte do grupo de jovens, ao qual Rick também faz parte e daqui a pouco meu primo também.
O Olavo e o Rick chegaram juntos, parece que eles moravam próximos um do outro. E depois meu primo chegou.
Mas ainda pensando no culto de hoje a noite, eu lembrei que agora eu tinha que convidar o Andrew e o Olavo.
- Meninos! - falei olhando para todos.
- Oi - responderam.
- O que vocês vão fazer hoje a noite? - perguntei.
- Bom eu vou ao culto na minha congregação - Rick disse
- Eu também irei, assim que voltar do trabalho, já vou logo me arrumar para ir - meu primo falou.
- Eu não vou pra canto nenhum, eu podia ir à casa de algum amigo ficar jogando conversa fora, mas acho que isso será uma perca de tempo, além disso eles nem me consideram mais como amigo, só porque estou sentado aqui agora, e não estou mais fazendo algumas coisas que ele fazem.
- Entendi, mas é assim mesmo, não se importe com isso, se eles fossem seus amigos de verdade iriam te aceitar idependente das suas escolhas - disse e o menino concordou.
- Eu sempre soube que eles não eram meus amigos de verdade e não estou triste com isso agora tenho novos amigos, mesmo que vocês não me considerem como um - O moço falou meio desanimado.
- Olha cara, eu sempre fui seu amigo - disse Hugo.
- Bom e eu sou aquele tipo de pessoa que, para considerar alguém como amigo, preciso conhecer melhor, ter afinidade, e isso demora um pouco, Enfim é isso, mas você já é meu colega - Rick falou tentando alegrar o rapaz.
- Ah, bom saber então - Olavo disse com um sorriso que parecia forçado.
- Olha eu posso ser sua amiga - falei da forma mais simpática possível.
- Ah que bom, será um prazer te ter como minha amiga - Olavo falou sorrindo, mas parecia estar com medo do meu primo, que observava bem o amigo.
- E você Andrew, vai querer ser amigo do Olavo? - Hugo perguntou.
- Eu... digo o mesmo que o Rick - ele respondeu.
- Vocês estão certos - Olavo falou, conformado.
- Bom, mas faltou o Andrew responder o que vai fazer hoje a noite - perguntei, já pensando no convite que iria fazer em seguida.
- Nada de interessante, só vou ficar em casa mesmo - o garoto respondeu.
- Então porque você e o Olavo, não fazem o mesmo que eu e os meninos iremos fazer? Por que não vão ao culto hoje a noite? - perguntei.
- Por mim tudo bem, minha mãe vai ficar até feliz, ela é evangélica, já meu pai é aquela pessoa que não tem religião, assim como eu - Olavo falou e eu fiquei curioso.
- Sua mãe já te levou à igreja?
- Sim, ela me levava quando eu era pequeno, mas quando eu cresci parei de ir, comecei a me envolver com umas más companhias e passei a ir à outros lugares.
- Entendi, e seu pai, ele acredita em Deus pelo menos? - ainda perguntei.
- Olha meu pai já foi ateu, mas agora ele acredita sim na existência de Deus, ele até vai a igreja com minha mãe as vezes. Mas ele prefere não ser de nenhuma religião.
- Agora entendi melhor... Mas que bom que sua mãe é cristã, tenho certeza que ela vai ficar feliz sim se souber que você vai à um culto - falei e o menino sorriu - Mas e você Andrew? - perguntei.
- Eu já decidi, hoje eu irei acompanhar minha vó ao culto - ele falou sério.
- Assim esperamos né meninos?
- Sim - Rick e Hugo responderam sorridentes.
Após isso o professor chegou na sala e a aula começou.
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Saindo da escuridão
SpiritualAndrew, um garoto de 17 anos que por sofrer tanto em sua adolescência acabou se tornando um jovem triste e solitário, entrando em uma grande depressão que o faz enxergar o mundo totalmente sem cores. Ele achava que nunca conseguiria ser feliz, entã...