Manhã do outro dia
Eu estava andando por uma estrada de mãos dadas com Emma, ela estava bem feliz e eu também, até que de repente ela começou sumir do meu alcance, se tornando invisível aos poucos, e eu aflito sem ação, mas ela continuava sorrindo, eu não estava entendendo.
- Tchau Andrew - a garota falou com uma voz bem distante.
Então acordei assustado e fui orar, conversar com Deus acerca desse sonho que eu havia tido não queria que fosse o que eu estava pensando, ao orar me senti mais tranquilo mas eu sentia uma vontade imensa de ver Emma, então tomei um rápido banho, sai da casa tranquei as portas, os Richards haviam me dado as chaves cópias, então fui até o hospital, chegando lá nem precisei conversar com ninguém para entrar na sala, pois o pessoal já me conhecia, cheguei na sala, os pais dela estavam dormindo, mas ela já estava acordada sentada, olhando em direção a janela.
- Emma - falei baixinho para não assusta - lá
- Andrew! Vem cá - ela me chamou e me aproximei.
- Eu estava querendo conversar com você, senta aqui do meu lado, vou falar baixinho para não acordar meus pais, eles precisam descansar.
- Como se sente? - perguntei preocupado ainda em pé.
- Agora estou me sentindo bem, mas quando começa a doer é muito forte, as vezes penso que vou morrer - falou com um olhar sofrido.
- Sinto muito Emma - disse muito sentido pelo sofrimento dela estava doendo em mim a ver assim, seus olhos estavam fundos, lábios secos, e uma cor pálida.
- Vai ficar tudo bem - falei a abrancando com cuidado.
- Vai sim, vou passar dessa para a melhor - disse e uma lágrima rolou no seu rosto.
- Emma, o você quer dizer com isso? - perguntei já imaginando o que se passava na mente dela.
- Você entendeu Andrew, mas deixa eu dizer o que iria falar. Olha, não desiste dos caminhos de Deus tá? Independente do que acontecer, fica firme.
- Eu nunca vou desistir de servir a Deus, não irei voltar atrás, essa foi minha decisão pra vida toda, não precisa se preocupar Emma, mas porque você está falando dessa forma? Parece até que é uma despedida.
- Andrew, eu não quero ficar nessa situação pra sempre, quero ter paz, eu estou sentido que irei passar dessa pra melhor, pra você entender melhor, acho que vou morar com Papai do Céu - falou olhando para o céu pela janela.
- Emma não diz isso, não queremos ter perder, seus pais te amam, eu te amo muito também, iríamos ficar arrasados, você é uma menina incrível, um anjo enviado por Deus - nesse momento os pais de Emma acordaram e ela não percebeu, eles ficaram escutando nossa conversa.
- Vocês não irão me perder, eu vou morar com Deus, amo muito vocês, mas tudo que acontece é permissão de Deus, e as vezes ele permite certas coisas em nossas vidas, mesmo que não entendemos tem algum propósito. Por isso se eu partir não quero que fiquem de luto, e sim se alegrem porque eu partirei com a certeza da minha salvação, e irei morar com Deus - terminando de falar sua cabeça doeu então os pais se levantaram preocupados - Mãe, Pai , estou bem e irei ficar melhor - a menina falou.
- Senhores Richards me desculpe vir assim sem avisar, foi porque eu senti que a Emma estava precisando conversar comigo então vim até aqui e ela estava acordada, então conversamos um pouco.
- Tudo bem Andrew, que bom que fez companhia a nossa filha, enquanto dormiamos - Maycon falou e sua esposa concordou.
- Filha eu e seu pai escutamos um pouco da conversa de vocês - Ember disse se derramando em lágrimas.
- É filha, ouvimos você tem razão, em tudo que disse, mas ainda temos fé filha, que você vai sair dessa - Maycon falou e em seguida se abraçaram com a filha.
- Meus pais sou muito grata a Deus por ter vocês como meus pais, sempre preocupados comigo, se eu consegui ser a moça que sou hoje devo primeiro a Deus e segundo a vocês que são meus maiores exemplos - Agora vocês me deixam conversar em particular com o Andrew um pouco?
- Só um pouco filha - Maycon respondeu.
- É minha filha, não podemos sair do seu lado - Ember completou, eles estavam muito preocupados.
- Tudo bem meus pais, fiquem tranquilos vai ser rápido.
Assim os pais dela saíram da sala nos deixando a sós por um instante.
- Pode falar Emma - disse me aproximando dela novamente.
- Olha, quando você tiver uma namorada, cuida dela tão bem quanto você cuida de mim tá bom?
- Porquê está dizendo isso Emma? Vou tratar ela bem sim, mas...
- É apenas um conselho, quando tiver uma namorada, noive e case com ela, a trate como uma princesa - a garota falou sorrindo com uma lágrima rolando no rosto.
- Emma, pra falar a verdade eu gostaria que minha namorada fosse você, se me desse a honra desejo casar com você um dia, não vejo nenhuma outra mulher melhor que você para ficar do meu lado, foi através de você que conheci Jesus - disse também emocionado.
- Entendo Andrew, confesso que eu também gostaria que algum dia ficássemos juntos, mas os planos de Deus nem sempre são os mesmos que os nossos, e ele sabe o que é melhor para cada um de nós. Bom era isso que eu queria te falar
- Emma eu te amo - disse e abracei naquele momento senti um desejo muito forte de beija - lá, pude perceber que ela também sentiu, nossos rostos se aproximaram pude sentir sua respiraçao, mas naquele momento os pais dela bateram na porta, então finalizei o abraço e fui abrir a porta.
- E então conversaram? - Maycon perguntou.
- Conversamos sim - respondi meio tímido.
- Não o suficiente - Emma falou logo em seguida começou a ter uma crise de tosse seus pais ficaram muitos preocupados e me mandaram chamar o médico, então fui correndo e depois me retirei da sala, ve-la naquela situação me partia o coração.
Resolvi voltar para a casa dos Richards, chegando lá tomei um banho, preparei um café e em seguida fui meditar um pouco na palavra, assim eu consegui me sentir mais calmo.
N/T: Que capítulo né pessoal! Comentem aí o que acharam e o que acham que acontecerá nos próximos capítulos que serão os finais.
Até mais!
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Saindo da escuridão
EspiritualAndrew, um garoto de 17 anos que por sofrer tanto em sua adolescência acabou se tornando um jovem triste e solitário, entrando em uma grande depressão que o faz enxergar o mundo totalmente sem cores. Ele achava que nunca conseguiria ser feliz, entã...