Quando parei e olhei para trás vi que era a Emma, ela estava vindo em minha direção, então guardei rápido aquele bilhete.
- Bom dia Andrew! - falou ofegante por ter andando rápido para me alcançar.
- Bom dia - eu respondi e comecei a andar.
- Bem que você podia me esperar todo o dia né? Sou sua vizinha, melhor ainda sua amiga - a moça disse rindo.
- É que eu não gosto de me atrasar- falei
- Eu também não
- Está bem eu posso te esperar todos os dias - falei e Emma abriu um grande sorriso.
- Aí sim, esse é meu amigo! - a menina disse batendo a mão em meu ombro.
- É... obrigado por ter mandado aquela fatia de bolo ontem... pra mim - agradeçi nervoso.
- Ah não foi nada, mas você leu meu recado né? - ela perguntou me observando séria.
- Sim - respondi nervoso.
- Olha eu preciso te falar sobre um alguém, mas agora não vai dar tempo, porque já estamos chegando na escola, então que tal se hoje a tarde conversamos? - me perguntou
- Pode ser - respondi curioso para saber quem era essa pessoa que ela precisava conversar comigo sobre.
- Mas dessa vez a conversa vai ser em minha casa tá bom Andrew ?
- Não, eu não gosto...
- Calma pode ser na frente da minha casa, você não vai precisar entrar.
- Então tá certo - respondi aliviado
- Chegamos! - Emma disse animada.
Em seguida ambos entramos na escola e fomos para a nossa sala, o Rick ainda não havia chegado, nem o primo da Emma.
- Estranho meu primo não chegou ainda - a menina falou olhando em direção ao lugar que ele sempre ficava - Enquanto ele nao chega vou falar com aquelas meninas ali , certo ? Já volto - Emma me perguntou e eu assenti e em seguida o Rick chegou.
- Olá Andrew! - ele falou
- Olá- respondi, pegando meu caderno em minha bolsa
Ficamos conversando sobre a atividade de geografia, até que Emma se aproximou de nós, ela sentou em sua cadeira com um semblante triste.
- Aconteceu alguma coisa? - perguntei preocupado.
- É que quando eu estava ali conversando com as meninas, recebi uma ligação, eram meus pais eles ligaram para avisar que o pai do Hugo, meu tio, faleceu a duas horas atrás.
Eu fiquei sem saber o que falar, apenas comecei a imaginar como o Hugo estava se sentindo, pois sei o quanto é triste perder um ente querido.
- Sinto muito! - Rick disse , ele estava escutando a conversa.
- É uma situação muito difícil para meu primo, porque por mais que meu tio o fez sofrer muito, ele o amava, pois era seu pai. Mas o bom é que antes de morrer ele se arrependeu dos pecados e aceitou a Jesus.
Quando Emma falou essas coisas eu não entendi muito bem o que ela quis dizer, claro que eu sei quem é Jesus, mas eu nunca busquei me aprofundar sobre esse assunto, então continuei escutando.
- Que bom! - Rick falou
- Você é evangélico Rick? - Emma perguntou
- Sim, faz mais de uma semana - ele respondeu
- Nossa! Não sabia fico muito feliz, vou orar para que você possa se firmar a cada dia - a garota disse.
- Amém! - Rick falou agradecido
*Emma narrando*
Eu não sabia que o Rick é evangélico, fico feliz por ter encontrado outra pessoa cristã nessa sala, e que bom que ele é amigo do Andrew, assim ele pode ajudar um pouco na minha tarefa de apresentar Jesus para meu amigo. Estou começando a me tornar amiga do Rick também.
Eu e o Rick continuamos conversando sobre Deus e o Andrew apenas observava, parecia que ele não estava entendendo nada, mas eu sei que um dia ele irá entender.
Então a professora chegou e a minha conversa com o Rick foi interrompida.
Bom dia Alunos! - a professora falou enquanto apagava o quadro.
*Andrew narrando*
Parece que o Rick e a Emma estão começando uma amizade, os dois só pararam de falar porque a professora chegou. Acho que o Rick será um amigo muito melhor que eu, afinal eles tem algo em comum. Mas nem sei porque eu estava me importando com isso. Parei de pensar essas coisas, peguei meu caderno e fui copiar a atividade que a professora estava escrevendo no quadro.
De repente senti alguém tocando em meu braço era Emma, ela me entregou um papelzinho que estava escrito:
Infelizmente não será possível, conversarmos hoje a tarde, terei que ir para o velório do meu tio após a aula, e depois ao enterro, não sei a hora que irei voltar, mas amanhã conversamos ok?
Ao terminar de ler o que a menina havia escrito olhei para a mesma e assenti.
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Saindo da escuridão
SpiritualeAndrew, um garoto de 17 anos que por sofrer tanto em sua adolescência acabou se tornando um jovem triste e solitário, entrando em uma grande depressão que o faz enxergar o mundo totalmente sem cores. Ele achava que nunca conseguiria ser feliz, entã...