Capítulo 17

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*Emma narrando*

Terminando a última aula do dia, me despedi de Andrew e Rick, dessa vez eu iria com meus pais, na verdade nos iríamos para o velório que estava acontecendo na casa do Hugo. Entrei no carro, Andrew ficou me observando partir com meus pais.

Ao entrar no carro, pude perceber que meus pais estavam muito tristes, mas estavam bem tranquilos, pois dois dias antes do meu tio falecer eles tinham ido até o hospital falar de Deus para aquele homem, que acabou se rendendo a Jesus.

- Filha? - meu pai me chamou enquanto dirigia.

- Oi pai - respondi

- Você sabe que estamos indo para o enterro do pai do Hugo, certo? - ele perguntou

- Sei sim, o Hugo ligou para avisar assim que cheguei na minha escola.

- O Flávio fez meu sobrinho sofrer muito, mas ele não era assim antes, o álcool execessivo acabou transformando aquele simpatico homem, em um bruto, mas que bom que ele se arrependeu de tudo que fez, ele já foi meu amigo de infância, além disso era meu cunhado, não posso esquecer disso.

- Verdade amor, me sinto tão tranquila por temos feito nossa parte de evangelizar ele, e ele ter aceitado. Além disso fiquei muito alegre por Flávio ter pedido perdão a Hugo, e o filho ter o perdoado - minha mãe falou enquanto observava meu pai derramar algumas lágrimas do rosto.

- É meus pais! É isso que eu mais admiro em vocês, espero que um dia eu possa ser assim, e conduza muitas almas para o caminho de Deus - disse orgulhosa dos pais que tenho.

- Você conseguirá sim filha - falou minha mãe olhando para mim.

- É Emma, pergunte a Deus qual o seu chamado, ore muito se prepare, meditando na palavra. E então com a direção de Deus, só é por em prática a evangelização - meu pai completou me olhando do espelho do carro.

- É verdade, você pode começar por seu primo - mãe disse e pai concordou.

- Eu já estou falando de Jesus para ele, e que não é tão fácil assim, mas não vou desistir, nem do meu primo nem do Andrew. - falei pensativa.

- Também está evangelizando o Andrew? - meu pai perguntou curioso.

- Ainda não na verdade, mas em breve, vou tentar apresentar Jesus para o Andrew - respondi convicta.

- Muito bem filha - disse mamãe e então chegamos a casa.

...

Entramos e já vimos logo o Hugo ele não estava chorando, mas estava sentado na cadeira pensativo, meus pais o abraçaram e em seguida foram falar com as outras pessoas que estavam naquele velório, a maioria amigos pois os familiares do Flávio moravam muito distante e alguns não puderam comparecer.

Então eu me aproximei do Hugo.

- Primo, eu sinto muito! - em seguida o abracei bem forte, e ele nada falou apenas continuou pensativo. Logo após meu pais falaram com meu primo.

- Olha meu sobrinho, eu sei que nada que eu te falar, vai consolar a dor que você está sentindo, afinal era seu pai. Mas eu quero que você saiba que não estará só. Pode contar com seus tios aqui, tá certo? - meu pai perguntou enquanto alisava os cabelos do rapaz triste.

- É verdade, Hugo. Precisando de qualquer coisa é só falar que estaremos prontos para ajudar da forma que pudermos - completou minha mãe.

- Obrigado meus tios! Eu não estou tão triste, pois ele não morreu com raiva de mim, sabe naquele momento que ele me pediu perdão, e eu aceitei o pedido, me senti mais leve, até comecei a pensar em como as coisas seriam melhores quando meu pai saísse daquele hospital, pois meu pai estava muito diferente, mas infelizmente ele partiu.

- Deus sabe de todas as coisas meu jovem! - meu pai disse batendo no ombro do Hugo, que assentiu mesmo triste.

*Hugo narrando*

Meu tio tem razão, pensando bem eu não preciso ficar tão triste. A situação do meu pai não estava boa naquele hospital, acredito que a morte foi um alívio para ele, um descanso. E talvez se meu pai saísse daquele hospital ele poderia voltar para a vida do álcool, e a situação ficaria pior ainda. Então acredito que Deus fez o melhor, pois como meu tio falou, Ele sabe de todas as coisas.

É até estranho eu falando de Deus assim, um menino que já fez e faz tantas coisas erradas, acontece que minha prima por esses dias, falou muito sobre Jesus pra mim, e meus tios também e eu sempre acreditei em Deus. Na verdade cada dia que passa sinto mais vontade de entregar essa minha vida triste a Cristo. Mas isso não deve ser fácil, e não sei se Jesus me aceitaria, já fiz muitas coisas erradas.

Continuei refletindo, até que o velório do meu pai acabou e então todos nós fomos para o enterro.

...

Enquanto isso na casa de Jake...

*Jake narrando*

Estou em meu quarto, vasculhando minha estante de livros. Eu queria encontrar algo que falasse sobre Jesus. Não que queira me tornar um cristão, mas eu só queria saber um pouco mais quem é essa pessoa que meus amigos, sempre falam, principalmente a Emma.

Parece que ela ama muito, na capa de seu caderno tem o nome de Jesus, no papel de parede do celular, além disso ela vive cantando músicas que falam no nome dele. Tudo isso me deixa curioso. E por falar em curiosidade hoje agora a tarde a Emma iria me falar sobre um alguém, quem será essa pessoa?

Só saberei amanhã, pois hoje ela foi ao enterro e velório do tio. Por falar nisso, acho que o Hugo, esse momento deve estar bem triste, mas eu não sei por que estou sentindo pena dele, ele zombou tanto de mim.

Eu deveria ter muita raiva dele, por tudo que ele fez comigo, mas pra falar a verdade não estou com raiva dele. Também acho que isso é uma consequência de andar com a Emma.

Bom vou parar por aqui acho que já escrevi muito, agora vou até a sala, assistir um pouco com minha vó.

Tchau diário

N/A:

Mais um capítulo, o que acharam, comentem, gosto quando vocês interagem comigo!

Até a próxima!

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