Capítulo 22: Revelações Parte 2

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Um ano após a morte de sua mãe, Manuel resolve se preparar para o aniversário de seu filho. Mas antes que tudo possa começar, coisas do passado vem a tona, desorganizado mais um vez a vida dele e de Beatriz.
- Nosso filho está prestes a fazer um ano.
- Pois é, nem acredito que passou tão rápido.
Manuel lembra-se frequentemente da morte de sua mãe e resolve visitar o quarto dela em busca de lembranças deles dois. Fuçando uma gaveta ele encontra um diário.
- O que é isso? Me parece um diário?
Manuel fica intrigado com o que encontra. E não sabe se deve ser seu conteúdo.
- Será que leio? Todos os segredo da minha mãe devem está aqui.
Manuel indesiso, resolve pedir conselhos a Beatriz. Então ele vai ao seu encontro.
- Amor, olha o que eu encontrei no quarto da minha mãe.
- O que isso amor?
- Não sei. Me parece um diário.
- Você acha que deve le-lo?
- Não sei se é certo, mas se você está sentindo, você deve ler sim.
Manuel então resolve ler o diário de sua mãe, sem saber que ele esconde coisas terríveis sobre o passado e presente dela.
O diario:
"Mais um dia nesse reio inútil. Meu filho e meu marido olham mais pra mim. Parece que eu morri para eles. Me sinto só. Queria que tudo fosse como antes."
- Bia, tem uma coisa que  minha mãe me disse antes de morrer.
- O que?
- Justamente isso. Que ela se sentia sozinha. E que nem eu e nem o papai olhávamos mais pra ela.
- Mas ela nunca te disse que estava se sentindo assim?
- Não, ela achava que eu e meu pai estávamos cegos de amor por você.
- Meu Deus. Eu me sinto mau em saber disso. Agora me sinto culpada pela morte de sua mãe.
- Calma tem mais.
O diário:
"Sinto que tenho que fazer algo para chamar atenção deles. Mas ainda não sei o que fazer. Meu filho, parece muito apaixonado por aquela plebeia maudita. Tenho que me livrar  dela o quanto antes."
- Espera, ela queria se livrar de mim esse tempo todo. Eu realmente não entendo, de onde vem tanto ódio.
- Eu também não.  Isso me parece ciumes.
- Manuel sua mãe estava doente, e a gente não conseguiu enchergar.
- Vou continuar lendo.
O diario:
"Se não poder me livrar dessa plebeia bastarda, vou me livrar de outros que então no meu caminho. Começado pelo rei. Tenho que ter esse reino em minhas mãos para conseguir me livrar da plebeia. "
- O que ela quis dizer com se livrar do meu pai?
- Não sei Manuel. Espera será que ela tem haver com a morte repentina dele?
- Não Bia, isso não! Ela não faria isso. Ela o amava mais que tudo.
- Tenho minhas dúvidas. Mas continua lendo.
O diário:
"Darei um jeito de me livrar dele, sem deixar vestigios. E sem que ninguém desconfie de mim. Irei sofrer muito em ter que fazer isso. Principalmente porque verei o meu filho sofrer com a morte do pai, ao qual ele é tão ligado."
- Meu Deus, Beatriz!
Manuel larga o diario sobre a cama. E embasbacado com o que leu. Se revolta.
- Como ela pode fazer isso? Minha mãe era um monstro. Tinha uma inimiga do meu lado esse tempo todo e não sabia. Fui cego, burro, ingênuo.
- Calma meu amor. Você e nem ninguém poderia imaginar que ela fosse esse monstro. Eu sempre soube que ela era capaz de muitas coisas. Mas jamais me passou pela cabeça que fosse capaz de matar seu pai. E por quê? Só por poder.
- Beatriz. Eu não sei o que pensar. Eu não devia ter lido esse diário. Foi um erro.
- Se você tivesse lido, não descobriria a verdade nunca. Pois sua mãe nunca ia lhe contar. Até porque ela já se foi.
- Por isso ela me pediu perdão antes de morrer. Ela tinha cometido essas atrocidades e queria ir em paz.
- Acredito que sim.
- Com que cara, eu contarei para nosso filho quando for mais velho sobre a avó dele?
- Até lá ainda temos muito tempo.
- Como vou dizer que a avó dele era uma assassina, fria e calculista.  Eu não sei o que eu vou fazer.
- Não pense nisso agora. Nosso filho é muito novo ainda. Até lá você vai pensar em algo para evitar que um dia ele sofra como você agora. Você é um bom homem e conseguirá.
- Não sei. Olha nem vou ler mais esse diário. Deus sabe lá mais o que tem escrito nele.
- Melhor assim.
Manuel fica muito aborrecido com o que descobre de sua mãe. E por mais difícil que tudo aquilo seja pra ele. Ele tenta seguir em frente.
- Você conseguirá perdoa-la algum dia?
- Não sei. Sinceramente não sei.
Dias se passam no reino. A poeira abaixa. Começam os preparativos para o aniversário do príncipe:
- Tudo tem que está perfeito. Depois de tudo que meu filho passou em pouco tempo de vida, ele merece uma comemoração digna.
- Minha filha, dará tudo certo.
- Falando nisso. Conseguiu se comunicar com o papai?
- Lhe envei um recado. Mas não sei se ele virá. Temos que esperar.
- Meu pai e outro problemático como a mãe do meu marido.
- Como assim? O que tá querendo insinuar?
- Você acredita que a Lucia foi a responsável por matar o rei Antônio. Eu não consigo acreditar como ela foi capaz mãe.
- Meu Deus filha, porque nunca me disse isso antes?
- Eu descobri tem pouco tempo. O Manuel achou o diario dela. E nele tinha todas as confissões e podres dela.
- Mas descobriram tudo?
- Lemos só uma parte. Foi demais pra ele descobri que a própria mãe matou o pai.
- E o diario, o que fizeram com ele?
- Queimamos! Seja o que mais que tinha escrito lá, não quisemos ler.
- Fez bem. Mas eu estou perplexa.
As horas se passam no reino. Anoitece, e a festa do principe começa. Todos os reinos aliados próximos se juntam a maior festa comemorativa já feita ali. Mas quando Bia menos esperava, alguém aparece de surpresa na festa.
- Maura e Alec? O que fazem aqui? Não estavam presos ?
- Sim, estávamos. Mas cumprimos nossa pena. E eu agradeço a vocês por não terem condenado a gente a forca.
- Vocês mereciam, depois de tudo que fizeram.
- Eu sei. Mas a gente se regenerou. Aprendemos com nossos erros  agora somos pessoas melhores.
- Assim espero. Mas e vocês, porque estão juntos?
- Nesse anos presos, a gente se aproximou e nos apaixonamos. E agora, queremos construir um familia juntos. Seguir em frente.
- Mas aqui no reino?
- Não, a gente vai pra outro lugar. Bem distante. Precisamos de um recomeço.
- Que bom. Espero que sejam muito felizes.
- Obrigado. Podemos ficar para nossa última festa aqui no reino?
- Claro que sim. Se divirtam.
Manuel ver Beatriz falando com Maura e Alec. E questiona porque ela estava falando com eles.
- Eles não deviam está presos?
- Sim, mas eles já cumpriram a pena deles. Me parecem mudados. E vão embora do reino e terão um novo começo. É a despedida deles. Deixa eles em paz. Por mim.
- Tudo bem. Mas você sabe que eles são perigosos.
- Eu sei amor, mas todo mundo merece uma segunda chance.
- Verdade.
A festa rola, e todos se divertem. Mas quem Bia esperava de verdade, chega a festa.
- Olá papai. Que bom que veio.
- Não perderia a festa do meu neto.
- Fico feliz por você ter engolido seu orgulho e vindo.
- Não era orgulho minha filha. Era medo de te decepcionar de novo.
- Tenta mudar e ser um pessoa melhor. Vai te fazer bem. E você é bem vindo aqui.
- Obrigado. Onde está meu neto?
- Logo ali com o pai dele.
Marino vai até Manuel cumprimenta a todos e pega seu neto pela primera vez no colo. Todo o reino se diverte na grandiosa festa do príncipe.
- É meu amor,  passamos por tanta coisas juntos.
- Passamos mesmo. Mas no fim tudo terminou bem.
- Que bom. Temos um lindo filho. Um reino só nosso pra governar.
- Juntos faremos o melhor por essas pessoas.
- Sabe de uma coisa. Preciso te dizer algo.
- O que?
- Eu te amo!
- Eu também te amo!
Manuel e Beatriz ficaram conhecido com o rei e a rainha mais justos e bondosos daquele reino.

FIM!

O Príncipe e a PlebeiaOnde histórias criam vida. Descubra agora