E quando o silêncio me enlouquecer. Talvez a calma retorne.
O sonho já não era meu. A Arte era tudo que me restava. Sozinho, atravessei precipícios e me matei de forma ética e aceita: Trabalhando e estudando como se não houvesse amanhã.
Cálculos mal feitos, palavras mal escritas. Telas sentimentais, salas de aula e lições. Meu cansaço impressionava aqueles que me chamam de fracassado.
Suor,
sangue,
quadro negro...
...tinta.
Bolso cheio, casa cheia, cabeça cheia e o coração aflito Ardendo com o oxigênio que circula. Infarto? Perguntam. Não, solidão. - Respondo com um mero sorriso enquanto recolho as telas para voltar ao escritório mortal.
As flores que me viam sorrir todas as manhãs e sorriam pra mim todas as tardes, ficaram sem entender a tristeza do artista (meu eu) incompreendido.Apenas sorrio.
E a natureza me saúda com a beleza primaveril. Aquela, que ainda é aceita pelos homens apressados.
Desculpa, O mundo é vazio.
E a arte? (me) Completa.