TALVEZ

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Talvez devêssemos sair um pouco de casa. 

Escrever as linhas trêmulas que meu coração diz e minhas mãos impressoras transmitem.

Talvez devêssemos beber um vinho tinto. Colher algumas flores e dizer aquelas palavras que não são transmitidas ao ecoar da voz cansada.

Talvez eu devesse pintar girassóis como  Van Gogh e olhar mais uma vez a insanidade daqueles quadros que estão na galeria das almas.

Talvez devesse me deitar e sonhar mais uma vez com aquele sorriso que vi no reflexo do maldito espelho, que revelava a Embriaguez inconsciente do espírito solitário.

Talvez devesse sorrir mais uma vez. Sair pelos campos floridos. Ouvir o cantar dos pássaros antes da partida. antes da última noite na cidade abençoada.

Talvez devesse recuperar a tinta seca.

O sonho insano e o desejo vazio da tela em branco de se tornar arte.

Talvez. 

Sussurros de PorquêsOnde histórias criam vida. Descubra agora