Já eram quase 15:00, quando acordei com Rafael me chamando:
-Débora, me ajuda! – a voz dele demonstrava desespero.
- Levantei depressa, vesti uma regata preta e fui ao encontro dele, preocupada:
- O que foi, cara!? – berrei – Você tá bem?
- Quando o cara veio entregar a comida ele deixou a porta aberta e Eredin fugiu! - disse ele - enquanto passou a mão nos cabelos - Pode me ajudar?
- Claro que posso, vamos! - eu falei, indo em direção a porta.
Estava chovendo muito lá fora, além de estar frio. Rafael me falou que eu não precisaria sair nessas condições, mas eu falei que queria ajudar.
- Tudo bem. - disse enquanto tirava o seu moletom preto - Então pegue esse casaco meu para não sentir tanto frio lá fora.
- Não precisa, estou bem! - falei.
- Não vou deixar você sair nesse frio de regata. - insistiu.
- Tudo bem, então. - disse enquanto coloquei o moletom.
O cheiro dele estava impregnado no casaco. Isso era bom. Enquanto descíamos as escadas, coloquei seu casaco em meu nariz, para sentir melhor. Isso me fez sorrir um pouco.
Olhamos em todos os andares. Nada do Eredin. Quando chegamos à rua, nos separamos para procurá- lo. Não achei. Andei por quase 900 metros, mas não achei o cachorrinho. A noite estava surgindo, eu estava meio molhada, mas não sentia incômodo.PERSPECTIVA DE RAFAEL
Eu estava começando a ficar preocupado. Andamos por quase 3 horas e não vimos nenhum sinal do meu cachorro. "Cadê você, cara?" , pensei. Pomsky é a sua raça, não sendo muito habituada a ficar na rua. Ao virar uma rua, vi que Débora estava vindo ao meu encontro.
- Achou? - disse ela, parecendo também preocupada.
- Não. - digo, com um nó na garganta, me segurando para não chorar.
Percebendo que eu estava aflito, Débora colocou a mão no meu antebraço e disse:
- Vai ficar tudo bem, nós vamos achá-lo. - eu estava tão triste que a abracei - Calma, a gente vai procurar mais.
•••
PERSPECTIVA DE DÉBORAAo andarmos por mais alguns quarteirões, estávamos a ponto de perder as esperanças, até o momento em que avistamos um açougue, e vemos o Eredin comendo carne.
- Lobinho! - berrou Rafael, feliz, correndo em direção ao açougue.
- Din! - me entusiasmei
Ao nos aproximarmos do Eredin, ele demonstrou muita felicidade em nos ver, e nós também. O açougueiro falou que quando viu ele correndo na avenida, chamou-o e ofereceu carne para não voltar na rua. Agradecemos ele e nos dirigimos ao apartamento. Rafael segurou ele no colo com muita firmeza, aliviado. Eu fiz um cafuné no cachorrinho.
- Obrigado por me ajudar. - disse Rafael enquanto cheirava o pelo do cachorro - Obrigado mesmo.
- Disponha. - eu falei- Se fosse o contrário sei que você faria o mesmo.
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editora de vídeo | rafael lange
Fiksi Penggemar• classificação: 16+ • onde Débora se muda pra São Paulo para editar vídeos para o Cellbit em um contrato de alguns meses... tudo pode acontecer, né?