Capítulo 8

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Olá, alguém?

Boa Leitura!

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POV LAUREN

- Espera, isso é sério? - perguntou, gargalhando alto quando eu confirmei com a cabeça - Sua avó bateu nele? - indagou incrédula ainda rindo.

- De vassoura - completei rindo ao mesmo tempo que negava com a cabeça.

- Essa com certeza foi a história mais engraçada que eu já ouvi - afirmou, agradecendo em seguida quando lhe ofereci mais vinho.

- Meu avô foi um dos homens mais maravilhosos que pude ter o privilégio de conhecer, Camz ... - suspirei nostálgica me lembrando dele - Meus avós foram os pais que eu nunca tive – divaguei alto demais, sentindo seu olhar sobre mim, não demorando para que suas mãos se entrelaçassem com as minhas.

- Eu sinto muito que você tenha passado por tudo isso sem o apoio dos seus pais, Lauren - disse, acariciando minhas mãos.

- Não sinta, Camila - lhe encarei com um sorriso triste - Eu já desisti deles há muito tempo, como eles fizeram comigo (N/A: pesado, mas não deixa de ser uma realidade) - afirmei, mordendo meu lábio inferior - Mas ... não estamos aqui para falar deles - mudei de assunto, bebericando do vinho - Essa noite é sobre nós ... e bom ... eu preciso te contar duas coisas que aconteceu comigo ... só por favor, prometa que não irá rir depois? - pedi, já sentindo minha cara queimar de vergonha o que acabou por chamar ainda mais sua atenção.

- Porque eu iria rir de um segredo seu, Lauren? - questionou, franzindo o cenho como se realmente não estivesse entendendo aquela conversa.

- Hum ... é que ... lembra da Vero? A garota que dividia o dormitório da faculdade comigo? - perguntei, observando-a arquear uma de suas sobrancelhas mas concordando em seguida como se lembrasse da minha amiga - Quando eu morava na França, Vero foi me visitar em uma de suas férias e ... - Meu Deus, como eu iria contar aquilo pra ela?

- E ...? - incitou para eu pudesse continuar a explicação.

- E ... certa noite, nós tínhamos ido em um clube e acabamos bebendo demais, bom ao menos eu bebi mais do que deveria ... - sorri, mas de nervoso com o olhar enigmático da latina sobre mim - Vero disse que eu comecei a chorar e falava coisas sem sentido e então eu resolvi fazer uma homenagem em seu nome - mordi meu lábio inferior, não me importando com o gosto de ferro que veio a boca.

- Homenagem para mim? - indagou, se afastando minimamente da mesa ao mesmo tempo que alargava o seu sorriso que morreu aos poucos quando com toda a minha coragem apontei para um local inapropriado do meu corpo.

- Eu tatuei seu nome - confessei, levando minhas duas mãos até meu rosto, não tendo mais coragem para lhe encarar até que o silêncio infernal se fez presente entre nós duas. Suspirei, abrindo um dos meus olhos sobre a brecha dos meus dedos em meu rosto, somente para ver a expressão em choque de Camila, que foi substituída por sua gargalhada que ecoou por toda a varanda.

- Camila ... - resmunguei e já ia me levantando quando sinto suas mãos agarrarem meu pulso, ato esse que fez a taça de vinho cair sobre a camisa que usava, deixando uma latina de olhos arregalados.

- Por Dios, Lauren. Lo siento, lo siento por eso - disse euforicamente em espanhol, pegando um guardanapo para limpar minha camisa manchada.

- Está tudo bem, Camz - a confortei, me levantando em seguida - Não precisa se preocupar, é só uma camisa - aleguei, tirando o pano de suas mãos antes de jogá-lo sobre a mesa novamente - Está frio aqui fora - afaguei seus braços, encarando suas órbitas castanhas brilharem sobre a luz da varanda.

OS DOIS LADOS DA MOEDAOnde histórias criam vida. Descubra agora