Capítulo 6

305 25 0
                                    

Acabei de chegar a casa e contei as novidades aos meus pais. Amanhã iriam levar me para a nova escola e iria ficar lá o resto do ano lectivo e só podia vir a casa aos fins de semana. Os meus pais decidiram vir comigo ao médico. Eu não posso ir de gesso para a escola.
Foi então que ele fez o que pôde e como eu estava a curar depressa eles tiraram me o gesso mas avisaram me para ter cuidado e não fazer esforços. Aceitei a decisão do médico e fui para casa.
Estou exausta preciso de dormir.
Jantei uma sande e meti me na cama, não demorei muito até adormecer.
No dia seguinte, tomei banho e tomei o pequeno almoço, os meus pais tinham já feito a minha mala com tudo aquilo que iria precisar. Eles abraçaram-me com muita força.
Mãe: Boa sorte meu anjo! Vêmo-nos no fim de semana.
Pai: Porta-te bem, adoramos-te!
Não sei porquê mas não me sinto bem em relação a isto, é como se tivesse o pressentimento de que esta seria a última vez que os iria ver.
Eu: Amo-vos! Fiquem bem e obrigada por tudo aquilo que fizeram por mim.
Voltei a abraça los e até que tocaram à campainha. Era a camioneta que me iria levar para a nova escola.
Despedi me dos meus pais e subi para a camioneta, já lá dentro procurei Niall. Ele estava num canto e havia um banco vazio ao lado dele. Mas depois do que aconteceu ontem, eu não tenho coragem para me sentar ao seu lado. Então sentei me um pouco mais à frente.
Quando chegamos, olhei para aquele prédio escuro e feio. Não parece nada uma escola mas pronto.
Quando ia sair, peguei na minha mala e mal pus um pé fora da camioneta dois homens altos e musculosos agarraram em mim com muita força.
Eu: Mas o que é isto? Larguem-me!
Comecei aos berros e estava super assustada, o que será que me vão fazer? Quero ir para casa, já.
Levaram me para dentro daquele tal prédio, e tentaram por me dentro duma espécie de sela, com grades e tudo. Mas eu fazia força por me soltar enquanto gritava socorro.
Até que vi ao longe o júri que me avaliou e pedi ajuda.
Júri: Ó meu amor, lamento informar-te mas agora trabalhas para mim! Ponham-na lá dentro.
Eles empurraram me para a sela e eu caí. Levantei me antes que eles fechassem a sela e empurrei as grades mas o júri pôs a mão no bolso.
Do bolso tira uma pistola.
Júri: Dá três passos atrás se não mato-te!
Obedeci. O medo era maior que a coragem. Assim que me afastei os homens fecharam as grades e saíram juntamente com o júri.
Olhei à minha volta. Havia apenas uma cama, mais nada. Mas até que não tinha más condições, não havia ratos nem bichos. As paredes eram cinzentas, mas limpas.
Mesmo assim, não aguentei as lágrimas por muito tempo. Ajoelhei me perante as grades e comecei a chorar rios. Berrei também várias vezes, chamei pela minha mãe, chamei pelo meu pai! O quê que eu fiz à minha vida meu Deus? Isto só pode ser um pesadelo e eu irei acordar e já nada disto será verdade.
Será que eles me vão matar?
Pus as mãos na cara e continuei a chorar. Mas o som das grades que me prendiam aquela cela fizeram me despertar.
Olhei para a frente e vi que os seguranças traziam Niall. Abriram e voltaram a fechar as grades deixando-o ao meu lado.
Ele estava arrasado, acho que deve ter levado uma grande porrada.
Mal olhamos um para o outro, começamos a chorar e demos um longo abraço.
Eu: O quê que eles te fizeram?
Niall: Eu resisti e dei luta, mas eles são mais fortes do que eu. Doí-me o corpo todo.
Eu: Anda cá!
Ajudei-o a deitar-se na cama.
Eu: Descansa um pouco, vais ver que te vais sentir melhor.
Niall: E tu vais ficar bem? É que eu não te quero deixar sozinha.
Eu: Eu vou ficar bem.
Não acreditava nem numa palavra que acabara de dizer. Eu estou presa numa cela com um rapaz que não conheço mas que me põe nervosa e que se preocupa comigo. Eu não sei o que me irão fazer. Eu não sei se irei voltar a ver os meus pais e os meus amigos, ou melhor, eu nem sequer sei se irei voltar a ver a luz do sol. Tenho medo! Nunca tive tanto medo como estou a ter hoje.
O Niall adormeceu, só espero que ele fique em segurança.

Don't die!Onde histórias criam vida. Descubra agora