Dúvidas

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Narrado por Eliane Giardini

- Eu sei que você gosta das minhas recompensas - falei massageando seus ombros e ele sorriu sexy.

- Só você sabe me recompensar - me abraçou e ergueu meu corpo.

- Vou descer e terminar de guardar as coisas - falou ao me colocar no chão.

- Vai indo que já desço, deixa eu só trocar de roupa - roubei-lhe um selinho e ele desceu. Fiquei por algum tempo admirando os mimos que ele preparou. Esta casa, a banheira, pensei em tudo e senti algo pulsar dentro de mim. Me dirigi até o quarto e abri a mala. Coloquei uma calça moletom justa em minhas pernas, uma blusa preta de manga comprida e fui até o encontro de Werner. Ele estava retirando as coisas que haviamos comprado das sacolas e colocando sobre a bancada.

- Eu trouxe uma coisa pra você, Eliane - parou o que estava fazendo e andou em minha direção.

- O que é? - perguntei curiosa.

- Fecha os olhos - fechei os mesmos e esperei para ver o que era. Ouvi o barulho de uma sacola ser revirada.

- Agora pode abrir - fiquei boquiaberta ao ver o que era e sorri feliz. Agarrei-me em seu pescoço e beijei seu ombro.

- Werner, como você sabe que eu gosto de quindim? - indaguei totalmente surpresa.

- Um passarinho me contou - rimos juntos e o abracei mais. Ele pensou nos mínimos detalhes.

- Mas eu estava com você quando compramos as coisas - não aguentei esperar e já estava abocanhando o doce.

- Como eu não vi você comprar? - riu do jeito que falei.

- Você não ficou comigo o tempo todo, lembra? - gesticulou e recordei que nos separamos para não sermos vistos pelo paparazzi. Terminamos de guardar as coisas e ele me mostrou uma garrafa de vinho.

- Vamos tomar um pouquinho? - ofereceu.

- Vamos sim - aceitei e ele pegou duas taças. Seguimos para a sala, sentamos no delicioso tapete felpudo em frente à lareira e ele serviu a bebida. Aconcheguei-me em seus braços e experimentei o calor do momento.

- Hum... Perfeito - saboreei o gosto ao tomar o primeiro gole.

- Comprei em sua homenagem - falou todo romântico e beijei sua bochecha carinhosamente.

- Sabe de uma coisa, há anos atrás eu não podia imaginar que você era assim - tomei mais um gole de vinho e deixei a taça na mesa de centro.

- Assim como? - indagou sugestivo.

- Sendo delicado, carinhoso... - deitei em sua coxa e senti meus cabelos serem afagados por ele.

- Que impressão você tinha de mim? - perguntou e olhei para ele, lembrando da época da minissérie.

- Eu te achava um pouco devasso - ouvi sua risada rouca e ri também.

- Mas não acho mais - confirmei e depois fiquei sem graça pelo que falei.

- A gente não teve tempo suficiente para se conhecer, Eliane - completou e concordei. Ele me olhava como jamais nenhum homem me olhou antes e me senti segura ao lado dele.

- É, será naquela época eu conheceria esse Werner? - indaguei e ele me fitou compenetrado.

- O lado devasso foi no primeiro momento, mas tenho certeza de que você conheceria o melhor de mim. Eu faria qualquer coisa para isso acontecer - senti meu coração vibrar diante da declaração. Levantei e ajoelhei-me diante dele, segurei seu rosto com as duas mãos e o afaguei com meus polegares. Nossa noite estava aquecida pela lareira e o vinho nos deixava quentes por dentro. Sua mão tocou minha nuca e vagarosamente ele me puxou para o beijo. No início era calmo e doce, mas logo foi tomando intensidade e aos poucos, nossas línguas iniciaram um luta ávida por espaço. Ele estava sentado com as costas apoiadas no sofá e me puxou para cima dele. Sentei com uma perna de cada lado e notei o quanto estava duro. Suas mãos apertavam meus quadris para baixo e eu me esfregava em seu colo para senti-lo melhor. Levantei de seu colo e ele protestou.

Contigo en la distanciaOnde histórias criam vida. Descubra agora