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Droga, mil vezes droga.

Logo agora que comprei meu apartamento em tantas vezes que mal podia contar. Fui mandada embora. Certo, eu nem recebia tanto assim trabalhando como fotógrafa de casamentos.

Mas, até então, conseguia me virar, juntamente com os freelas que eu fazia no meu tempo livre. Agora, todo o sonho foi por água abaixo. Porque, obviamente, sem trabalho fixo eu não teria como me sustentar, muito menos manter o pagamento das parcelas do apê, somado ao condomínio, contas de água, luz e tudo que um ser humano normal necessitava para viver.

Não obstante, o que podia piorar, sem dúvidas piorou. Era aquele ditado, desgraça pouca é bobagem. Afinal, eu ainda estava doente, peguei uma conjuntivite dos infernos e não poderia trabalhar naquele estado.

Ou seja, precisei desmarcar todos os meus ensaios agendados para o final de semana. Eu estava perdida! Se desse para voltar a ser criança, à essa altura do campeonato, eu escolheria ser um bebê de colo, para ser cuidada sem me preocupar com as responsabilidades de gente grande.

Quase chorei ao ver que já tinha chegado a conta da internet, telefone e TV a cabo. Para que TV a cabo se eu mal fico em casa? Eu era uma esbanjadora!

Suspirei e me joguei na cama, meus olhos ardiam, mesmo usando o colírio que o médico recomendou. Além disso, eu me sentia desolada e quase sem dinheiro. Visto que todas as minhas economias foram investidas no apartamento.

O telefone tocou e sem ânimo resolvi atender. Podia ser Sakura, ela queria vir me ver e trazer chocolate para melhorar minha bad. Entretanto, pedi que não viesse, eu estava na fase contagiosa e não queria passar conjuntivite para ela. Sakura trabalhava como designer de interiores e tinha um projeto grande para a próxima semana. Eu não iria prejudicá-la, apesar de desejar muito minha amiga pertinho de mim.

— Miga. — choraminguei com a voz arrastada.

— Tá melhor, Hina? — Saky questionou preocupada.

— Não. — neguei de pronto. — Tô péssima, quero morrer!

— Não diga isso, tô indo pra aí. — anunciou.

— Nem pense em uma coisa dessas, não quero que fique doente também. — protestei, ela bufou do outro lado da linha.

— Vou deixar chocolates pra você na porta do seu apê então, não permitirei que minha melhor amiga passe por um momento difícil sem chocolate. — argumentou taxativa.

— Tá bom. — aceitei a contragosto.

Eu estava horrível e muito triste para sair de casa atrás de chocolate. Em contrapartida, realmente me empanturrar de sorvete — que por sorte tinha na geladeira — e chocolate, melhoraria um por cento meu humor.

— Te amo, tô indo trabalhar e passo aí.

— Também te amo. — declarei e finalizamos a ligação.

Esperei mais algum tempo e logo ouvi a voz melodiosa da Sakura por trás da porta. Como eu autorizei que ela subisse direto, o porteiro nem interfonou.

— Miga, aguenta firme. — Saky pediu e assenti, mesmo que ela não pudesse me ver. — Prometo que eu volto, tá?

— Tudo bem, miga. — funguei. — Obrigada pelos chocolates.

Eu ainda não tinha visto quais ela trouxera, mas confiava em seu bom gosto e no vasto conhecimento que tinha sobre mim.

— Trouxe àquele com amendoim, o seu preferido. — respondeu e eu sorri.

Ainda dei uma bisbilhotada pelo olho mágico e Sakura estava um arraso. Ela era, na verdade. Alta, magra, cabelos sedosos em uma coloração rosa e incríveis olhos verdes. Mas, sobretudo, Saky era praticamente uma irmã para mim. Não havia outra forma de descrever nossa amizade.

Nos despedimos e eu peguei os chocolates quando ela já tinha ido embora. Voltei para a pequena sala do meu modesto apê e liguei o telão, eu iria curtir minha deprê no maior estilo Hinata. Mesmo com os olhos ardidos, resolvi assistir a um filme de romance, daqueles bem água com açúcar para aquecer meu coração.

Dei uma risadinha quando identifiquei o plot central, onde a mocinha dividiria o apartamento com um cara idiota e uma semana depois estaria irrevogavelmente apaixonada.

— Ah, que clichê! — exclamei comigo mesma, eu amava clichês.

Epa, espera.

As engrenagens do meu cérebro começaram a girar freneticamente, ao passo que uma ideia surgia em minha mente. Aquele filme era um sinal de que nem tudo estava perdido, havia uma centelha de esperança para mim. Eu ainda não precisaria entregar o apartamento, não necessariamente. Me restava uma alternativa, trabalhosa, um pouco arriscada... Mas, ainda assim, uma possibilidade, não era?

Dividir o apartamento..., refleti e, no instante seguinte, peguei meu notebook e o telefone.

Eu iria colocar um anúncio no jornal, em busca de uma colega de quarto. Era mais sensato que fosse mulher, porque eu não nutria fetiche algum em ser morta por um macho escroto no meu próprio apartamento.

De modo que, uma hora depois, lá estava eu organizando as regras e os pré-requisitos para quem fosse ocupar a vaga.

Era isso, eu estava salva!

Ou será que não?

____

Gente, essa fanfic está de rosca, já perceberam né? É um tira e põe. A questão é que não estava gostando do Plot que eu desenvolvi, não gosto do Naruto tentando prejudicar a Hinata de nenhuma forma e isso estava me agoniando. Se leram a versão anterior devem saber do que se trata. Portanto, estou reescrevendo e vou tentar manter o Plot principal, mas com algumas mudanças importantes na trama.

Perdoe a loucura da minha cabeça e não desistam de mim.

Destinos entrelaçadosOnde histórias criam vida. Descubra agora