Naruto.
Eu não devia me envolver com Hinata, nem sair com ela por aí, mas ficar de olho em seus passos era parte do meu trabalho. Por isso ofereci carona e permaneci ajudando, mesmo com tanta gente ali. Tudo bem que eu fazia faculdade para me misturar. Contudo, no campus haviam muitas pessoas juntas e eu não iria me sobressair no meio delas. Além disso, o foco do Toneri não estava em mim — por ele não saber onde eu estava ou quem eu era — e sim em Hinata. Ela era o chamariz e naquela sessão de fotos tudo podia acontecer, justamente porque Hinata estava lá. Aliás, tinha muita possibilidade de algum olheiro do Toneri que vigiava Hinata me ver. Se bem que em alguns momentos eu gostaria que isso acontecesse, que ele me reconhecesse, viesse atrás de mim para que eu pudesse acabar com aquilo de uma vez por todas.
Sasuke, entretanto, não queria, ele temia pela minha segurança. Por este motivo batia na tecla de que não seria sensato que vissem Hinata e eu juntos fora do apartamento. Porque algum capanga do Toneri poderia reportar para ele e todo o disfarce iria por água a baixo. Eu, porém não a deixaria desprotegida andando pelas ruas e muito menos precisando da minha ajuda. Sasuke estava espreitando, vigiando, mas sabem como é. De quando em quando ele sumia com a Sakura, então nem sempre eu podia confiar nele para cuidar da minha Hinata. Tinha de ser eu, mesmo que correndo riscos.
Toneri sabia que Minato tinha um filho, só não tinha noção de onde ele estava. Era por isso que eu me mantinha anônimo, porque Toneri tinha espiões por todo o país. Metade da polícia do Japão comia na mão dele, poucas pessoas sabiam da força tarefa que organizamos para pegá-lo com a ajuda da Interpol. E tudo precisava continuar escondido, até encontrarmos seu esconderijo.
Eu jamais poderia me expor saindo em uma revista. Qual é, meu foco não era aquele, eu não precisava de dinheiro e muito menos fama. Mas, como explicar isso para Hinata sem contar a verdade? Sasuke insistia que ainda não era o momento, que a alarmáriamos atoa se revelássemos que um bandido organizava um sequestro para ela.
Então eu mantinha silêncio, só que odiava mentir para ela. Eu queria pelo menos contar a parte dos primos e tio que a procuram e que só não a entregamos a eles, porque temos que deter Toneri primeiro. Do contrário toda a família de Hinata correrá perigo. Ele está com os olhos e ouvidos voltados para Hinata, seu plano é sequestrá-la silenciosamente. Sem levantar suspeitas para ele. Portanto, eu tenho que me manter perto para protegê-la e isso está acabando comigo.
Tentei manter distância emocional, não me envolver sentimentalmente. Só que como mentir para o coração? Eu adoro provocá-la para ver suas bochechas avermelhando de raiva. Ou elogiá-la para ver seu rosto ficando rosa de constrangimento. Eu gosto de estar perto, de tocar sua pele, mesmo que minimamente. Mesmo que ela não se lembre de mim, eu continuo me lembrando dela e de tudo o que vivemos. E eu continuo amando Hinata, ainda que ela não me ame.
Por isso é tão complicado para mim.
Ao sair da sessão de fotos, eu estava decidido a contar tudo para ela. Pelo menos uma parte da verdade, porém Sasuke me proibiu. Alegou que se falássemos agora ela surtaria, Toneri perceberia e hesitaria. Ou seja, todo o plano arquitetado para pegá-lo fracassaria. Eu fiquei fulo da vida por não conseguir ser sincero com ela, cheguei e me tranquei no quarto. Pretendia continuar lá o resto da noite, eu só não esperava que Hinata batesse na porta e me olhasse com aqueles enormes olhos de lua. Era difícil raciocinar com ela me olhando daquele jeito.
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Destinos entrelaçados
FanfictionHinata comprou um apartamento para garantir um teto sobre a cabeça; porém, ao perder o emprego como fotógrafa na mesma semana em que fechou o contrato, já não podia sustentar o luxo. Foi aí que teve a brilhante ideia, dividir às despesas com alguém...