Hinata comprou um apartamento para garantir um teto sobre a cabeça; porém, ao perder o emprego como fotógrafa na mesma semana em que fechou o contrato, já não podia sustentar o luxo. Foi aí que teve a brilhante ideia, dividir às despesas com alguém...
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Quando acordei, um pouco atordoado, avistei Hinata dormindo debruçada sobre a cama. Ela balbuciava coisas desconexas e estava em uma posição desconfortável. Fiz menção de acordá-la, só que mudei de ideia, Hinata parecia cansada e decidi deixá-la dormir. Apenas passei a alisar seus cabelos escuros, quando a ouvi murmurar a palavra "cachecol" franzi o cenho me perguntando sobre o que Hinata sonhava.
Seria comigo? Conosco?
Não demorou muito para ela despertar e eu quis perguntar, mas entendi que haveria outra oportunidade para isso. Eu estava vivo e não a deixaria escapar novamente, imploraria seu perdão se fosse necessário. A minha certeza era que precisava tê-la na minha vida, compreendi a magnitude do meu amor por Hinata enquanto permanecia desacordado.
No meu estado de inércia mental, não fiquei totalmente apagado. Eu sonhei com meus pais, aliás, não sei se foi somente um sonho. Foi tão real, parecia que eu realmente vivenciei aquilo.
O que importa mesmo, é que meu pai me aconselhou a abandonar o ódio e a mágoa e focar no que realmente é valioso. No que pode de fato curar o coração e a alma... O amor. E nesse instante, o que preenche meu peito é o meu sentimento por Hinata e o desejo de vê-la feliz, junto da sua família. Portanto, é nisso que colocarei minhas energias, já não me importa a vingança contra Toneri. Ele será punido pela justiça, não por mim, era esse o desejo dos meus pais e eu o realizarei.
Comecei a por em prática tudo o que planejei naqueles poucos segundos antes de ela acordar, iniciando pelo pedido de perdão até declarar meu amor por ela. Me senti mais leve assim que o fiz, um peso saiu dos meus ombros e meu coração se encheu de uma tranquilidade que eu não sentia há muito tempo.
Agora tudo o que eu quero é vê-la novamente, porém tenho que ter certeza de que Hinata descansou. Afinal, se ela dormiu a noite toda nessa cadeira, deve estar com o corpo todo doído.
Decidi perguntar a Rin, enquanto ela me examinava, após a saída de Hinata do quarto. Se foi como interpretei mesmo, se Hinata ficou ao meu lado enquanto eu dormia.
— Rin? — chamei, enquanto ela anotava coisas em sua prancheta médica.
— Hinata passou a noite aqui?
Ela abaixou o objeto para olhar nos meus olhos, balançando a cabeça em confirmação. Meu coração se contraiu. — Deixamos Hinata aqui por volta da uma da madrugada e ela permaneceu do seu lado até que acordasse.
— Compreendo. — consegui formular, minha cabeça girava, já meu coração estava a ponto de correr pelo quarto. Um sentimento tão grande de magnitude, misturado com remorso tomou conta de mim. Levei a mão até o peito, puxando a camiseta naquela região, como se isso fosse amenizar aquela miríade de sensações se sobrepondo uma a outra.
— Não se culpe, Hinata se preocupa com você. Vou pedir que descanse um pouco para conversarmos mais tarde, tudo bem? — tocou minha mão e eu assenti devagar. — Você também precisa se recuperar para podermos avançar no plano.