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- Mamãe quero o papai...
Natalie chorava me abraçando e eu só sabia chorar com ela. O pai estava a milhares de quilômetros e nada podia ser feito.
- O papai esta trabalhando filha. Ele vem te ver no fim de semana... Vai passar vários dias bem grudadinho na princesa dele e no seu irmão, por favor não chora...
Implorei pela milesima vez. Desde que ela nasceu quando chorava demais tinha crise de vômitos e a tendência era só piorar quando começava. Eu não sabia mais o que fazer quando uma batida na porta a fez ficar quietinha para saber quem era. Bichinha curiosa...
- Pode entrar...
Théo apontou o rosto pra dentro do quarto e eu fiz careta aliviada. Diana estava dormindo e por nada eu a chamaria.
- Estou escutando ruídos de rádio vindo daqui. Um grade caminhão subindo a montanha...
Natalie sorriu contida e se aconchegou a mim. Ele se aproximou e acariciou os cabelos lisos e enormes de Natalie. Ela nunca me deixava cortar...
- Saudades tio Théo... Do meu papai.
Théo assentiu e colocou a mão nos bolsos da calça do pijama.
- A mamãe precisa muito dormir pra acordar disposta e sem dor para os exercícios que euzinho aqui vou mandar que ela faça... Que tal vir escutar uma história?
Ela entrou no meu quarto as 2 da manhã chorando pelo pai que escolheu nos deixar. Eu só sabia sentir ódio de Mateo... Ainda bem que minha filha só vê amor no pai. Mais pena eu tenho dele quando tiver os filhos grandes e tão distantes do seu carinho.
- Pode contar uma história pra mim e para a mamãe tio Théo?
Théo sorriu assentindo e saiu por uns instantes. Quando voltou trouxe com ele um dos  livros de Natalie. Desde que eles nasceram os acostumamos com livros e isso fez com que meus filhos fossem amantes de história.
- Desconfiei que gostasse só pela quantidade...
Sorri e assim que fui ajeitar meu travesseiro Théo me ajudou sem fazer muita força. Eu não notei nenhuma mudança no comportamento dos meus filhos. Desde que eles nasceram o único a estar a minha volta e na deles foi Mateo. Agora isso mudou drasticamente e muito rápido.
Mas graças a Deus isso tem ocorrido na mais perfeita harmonia, meus filhos, Théo, Afonso... Todos tem se dado muito bem, na verdade até agora não recebi nenhuma pergunta constrangedora... Crianças.
Com um pouco menos de uma hora de historia Natalie já havia dormido.
Théo fechou o livro e ficou apenas olhando ela dormir.
- Ela esta sofrendo...
Disse baixinho e me olhou. Assenti e eu acariciei os cabelos longos dela.
- Mateo nunca foi de muita atenção com as crianças... Mas ainda assim ele estava ali. Ela esta sentindo muito mais do que Felipe.
Théo assentiu.
- Minha filha vai ser tratada como uma princesa... É o que o crápula do seu marido deveria fazer.
Théo disse com raiva e apenas se levantou veio até mim, desceu meu travesseiro e... Meu corpo tremeu quando muito rápido ele aproximou seu rosto do meu e beijou minha testa.
- Boa noite Mari...
Notei que não disse uma única palavra quando ele se afastou e se virou pra sair.
- Boa noite Théo...
Sorri me aconchegando nos meus travesseiros, Natalie dormia serena e eu não sabia que horas iria conseguir ter meu sono da beleza. Toquei minha testa onde aquele beijo sereno e calmo foi dado, o local ainda comichava de saudade... Lábios macios... Muito macios.
Sorri negando com a cabeça, meus pensamentos foram para um lado que me deixou quente derrepente.
Não... Sorri fechando os olhos, e me acomodei melhor no travesseiro.
Era melhor esquecer essa história maluca de calor...

- O que foi Mari? Ta me olhando assim porque?
Théo disse enquanto beijava meu pescoço. E com uma leve mordida num cantinho especial gemi fazendo com que ele sorrisse.
- Estou olhando pra tentar entender porque esta indo tão devagar...
Théo sorriu e antes que pudesse me beijar novamente eu nos virei na cama.
- Humm... Gosto quando me monta.
Disse baixo enquanto segurava meus cabelo. Agarrou meu corpo magro e adentrou lento na minha vagina me fazendo gemer e morder seu pescoço.
- Tão apertada...
Beijou meu pescoço e liberou meu corpo do seu aperto.
- Vai, cavalga ao contrario pra eu admirar essa bunda linda.
Me virei sem deixar que seu pau saia de dentro de mim.
- Delicia...
Gemeu rouco e eu amoleci com o tapa que deu nas minhas duas nádegas.
- Quer que eu narre como é ver essa sua bocetinha engolindo meu pau?
Gemi me movendo e ganhei outro tapa. Ele falando sujeira era uma delicia de homem...
- Théo...
Gemi quando ele me puxou pra trás e levou sua mão na minha intimidade estimulando meu clitóris.
- Vem Mari... Vem pro Théo...
Meu corpo estremeceu, eu sentia crescendo um orgasmo avassalador no meu ventre.
- Mari?

- Mari... Acorda. Esta com dor?
Ofegante me apoiei nos meus braços, Théo segurava minha nuca e me abanava com minha agenda me olhando preocupado.
- Esta gemendo e suando. Sente alguma coisa?
Gemi mais uma vez e deixei meu corpo cair na cama. Um sonho.... Um bendito sonho pra destruir minhas estruturas da depravação... Um sonho impossível... Nunca vou conseguir monta-lo como uma amazona louca...
Levei a mão boca só pra ter certeza que não deixei nada escapar.
- Mari? Por favor fale alguma coisa...
Sorri e levei minha mão boa ate seu rosto.
- Esta tudo bem... Devia ser a posição que eu dormia. Estava desconfortável...
Respirouum pouco aliviado e me olhou largando a agenda.
- Não minta pra mim...
- Não estou mentindo, estou ótima... Olhe pra mim?
Sorri ainda um pouco ofegante.
- Vou aferir sua pressão.
Neguei rápido, era possível ele se assustar com meus batimentos... Eu estava a 200 por hora por dentro.
- Nunca ia me colocar em risco... Ta tudo bem Théo, eu juro.
Ele me olhava atento. Colocou minha agenda no lugar e se levantou da beira da minha cama.
- Pode tirar minhas cobertas pesadas e deixar só a mais fina?
Pedi e ele prontamente fez.
- Obrigado Théo...
Sorri pra ele que ainda me olhava sério.
- Vou dormir aqui no sofá. Durma...
Disse se sentando no sofá grande que ficava no meu quarto. Quis chorar... Jesus amado. Que eu não sonhe pelo resto da noite por favor...

 Que eu não sonhe pelo resto da noite por favor

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