NOS MEUS BRAÇOS

18

Meus olhos arderam assim que os abri. O sol já entrava pelas janelas, e só então me lembrei que ontem não deu tempo de fechar.
Sorri olhando a maravilha que dormia do meu lado. Costas musculosas, uma bunda linda que a cueca marcava estava virada pra mim e minha vontade era de morder.
Com força me movimentei até próximo dele e deitei meu corpo em cima do dele o abraçando e o acordando. Beijei sua nuca e mordi sua orelha.
- Vai ter que me acordar assim todos os dias...
Disse com aquela voz rouca que sobe até aquela quentura pelo corpo.
- Bom dia Théo...
Ele sorriu e se virou me segurando puxando uma perna minha para cima das suas.
- Isso lá é jeito de acordar? Pronta pro crime e pra me matar? Essa cara de anjo...
Sorri beijando seu peito esposto.
- Bunda linda...
Disse acariciando minha bunda sem vergonha nenhuma naquela cara linda e amassada.
- Théo, eu amei. Foi perfeito...
Theo sorriu e me apertou ainda mais no seu corpo.
- Foi perfeita...
Disse baixinho mordendo meu queixo e em seguida beijou a minha boca. Um longo e quente beijo.
- Só você pra nos fazer perder a hora...
Ele disse e eu gargalhei. Eu né...
- Vamos visitar seu medico hoje, para uma avaliação nova.
Assenti. Eu estava nervosa em saber como será daqui pra frente... Eu tenho evoluido e quero continuar assim até que eu posso voltar a andar.
- Ei... Não fica com a cara amarrada. Logo teremos respostas.
Assenti me aconchegando a ele.
- Tentação... Não quero sair da cama. Quem mandou eu te deixar dormir nua né?
Disse e eu gargalhei me assustando em seguida com o tapa ardido que ganhei na bunda.
- Já disse que era o meu sonho bater nessa bunda?
Assenti e beijei seu pescoço.
- Amo demais esses beijos...
Gemeu beixinho quando mordi e apertou com força minha bunda. Com toda certeza estarei toda marcada.
- Mari... Ontem não usamos preservativos.
Théo jogou a bomba e eu me desequilíbrei.
- Calminha linda...
Ele sorriu, mas eu via ali nos seus olhos a mesma preocupação que a minha.
- No caminho do medico vou passar numa farmácia. Estocar camisinhas e comprar um remédio pra você.
Assenti.
- Agora vamos para um banho de banheira quente com o namorado.
Sorri gritando quando ele se levantou de repente.

Uma hora depois estávamos no carro, a caminho do medico que ficava a duas horas da minha casa. Esse era o preço que eu pagava por morar no lugar que sempre sonhei. As crianças dormiam no banco de trás, e Diana lia um livro enquanto Théo dirigia.
Assim que Theo me pegou, já em frente ao consultório eu tremi.
- O que foi?
Perguntou baixinho.
- Só estou ansiosa e com um pouco de medo do que vou escutar...
Théo sorriu e beijou meus lábios com carinho.
- Eu vou estar lá, e tenho certeza que o doutor Silver só vai nos dar notícias boas.
Disse ao me colocar na cadeira e acariciou minha bochecha beijando de leve meu queixo.
- Coisa linda do Théo.
Ri quando Diana veio de mãos dadas com as crianças emburradas de preguiça, saímos mt cedo e dei a ideia de trazer as crianças para brincarem e sair um pouco de casa. Eu tinha planos também de passar em escolas próximas de casa. Eles precisavam voltar a ativa.
Assim que a assistente do doutor Silver chamou meu nome eu tremi mais uma vez. Theo empurrou minha cadeira e eu dei um thauzinho para as crianças que ficariam na recepção com a tia.
- Fiquem a vontade, o doutor Silver já vem.
Théo aquele safado sorriu pra ela que corou saindo da sala envergonhada.
- Seu traira. Tira esse sorriso da cara, ela ficou toda coradinha.
Théo gargalhou e eu tampei sua boca assustada com seu escândalo.
- Coisa linda do Theo ciumenta.
Sorri ganhando um beijo leve no queixo para não estragar o reboco de baton que eu tinha colocado.
Um toque na porta me fez pular então Theo segurou minha mão apertado.
- Olá, bom dia. A quanto tempo não te vejo dona Mariana...
Sorriu assim que me viu e apertou minha mão.
- Mãos fortes... Você esta muito melhor.
Assenti o olhando, ele cumprimentou Theo e em seguida se sentou.
- Vamos começar com o checap. Em seguida vamos fazer alguns testes... Fiquei sabendo que sentiu os pés?
Ele disse escrevendo algumas coisas e depois me olhou.
- Sim, fui fazer as unhas e agua morna... O senhor sabe eu senti.
Ele sorriu.
- Isso é muito bom Mariana, sabe que quando foi diagnosticada paraplégica sem reversão isso não tinha chances não é?
Assenti.
- Eu conheço Theo a uns 7 anos... E eu posso te garantir que esse rapaz sabe o que faz.
Theo sorriu apertando mais uma vez minha mão.
- Mas você é a chave. Você esta indo em um bom caminho. Vamos lá...

Meia hora depois eu já tinha saido da sala dos testes, e novamente sentada agira no colo de Théo e ajeitava minha roupa.
- Com licença...
O doutor entrou e Theo não fez força alguma para me colocar na cadeira.
- Ótimo isso... Por favor quero o convite do casamento, para prestigiar uma das minhas pacientes mais bem sucedida no quesito saúde...
Sorri feliz e acariciei a barba por fazer de Theo, ele queria me passar segurança mas vi seu rosto tenso.
- Eu só tenho a elogiar o trabalho de vocês dois. E que continuem... Só vou acrescentar a musculação. Isso vai te ajudar com mais força nos braços e também na sua mobilidade independente.
Ele respirou fundo e anotando algumas coisas ele continuou.
- Seus exames de imagem estão muito bons. Sua cirurgia já foi totalmente cicatrizada e foi um belo trabalho.
Seus músculos estão ótimos e o que eu posso dizer...
Ele engoliu e respirou fundo mais uma vez agora me olhando.
- Você vai andar Mariana....
Sorri soluçando e abracei Theo que acariciou minhas costas beijando minha testa.
- Nunca será perfeito. Sempre com ajuda, braços fortes por perto, e claro... Com muito cuidado. Uma queda nova e tudo pode ruir.
Assenti e Theo beijou meu ombro.
- Ela já tem tudo isso doutor.
- Ótimo. Como anda sua pressão Mariana?
Eu amava que os médicos perguntavam diretamente tudo pra mim.
- Sempre normal. Desde o ocorrido.
Saber que eu tive um AVC, e que ele tirou alguns movimentos perfeitos do meu corpo me deixou chateada. Logo eu que sempre tive uma vida saudável... Mas me lembrei que meu pai tem problemas de coração, então eu posso ter herdado dele.
- Doutor, eu estou bem?
Doutor Silver sorriu e assentiu.
- Segundo seus exames sua saúde esta de ferro. Vou marcar a próxima daqui um mês. Mas qualquer novidade volte .
Eu assenti e nos despedimos.
Em poucos minutos já estávamos acomodados no carro indo para um shopping tomar café da manhã.
Foi uma diversão, no shopping tinha um parque Theo carregou as crianças por todos os brinquedos. Chateada por nunca mais poder fazer aquilo com eles eu estava. Mas também estava feliz, por ter pessoas que façam isso por mim... Um dia quem sabe.