Desde sua última visita, Ralff deixou pessoas com muitas suadades, em especial uma garotinha. Ralff sempre gostou muito de criança, por mais que não aparente.Ele é sócio de um orfanato há 1 ano e meio e desde então ele nunca deixou o orfanato na mão. Sempre que precisa de algo, a diretora, a senhora Marlena, pede algo a ele. Geralmente ela não pede muita coisa, não gosta de abusar. Só em casos extremos, quando uma criança está doente, por exemplo é que ela pede ajuda financeira dele.
Ele sempre reclama com ela sobre isso. Ele é sócio poxa, se ele quer ajudar, deixa ele investir. Mas não, ela se preocupa com as finanças dele, e não quer que ele fique sem dinheiro por conta dela e das crianças, mas ele garante que o dinheiro não se acabará tão cedo e que ele gosta de ajudar ela e as crianças.
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Depois de deixar tudo em ordem no orfanato, Ralff voltou pra casa. Ainda tinha alguns assuntos da empresa pra resolver. Ele perguntou a Mama onde estava Cody e ela não sabia, disse que a irmã dele tinha saído pela tarde mas ainda não havia retornado. Estranho, Cody não costumava se atrasar tanto, mas ela deve estar na casa de alguma colega, assim Ralff imaginou.
Ele foi pro escritorio e ligou pra Nick, seu melhor amigo e vice-presidente da Veneratti. Ralff e Nick cresceram juntos. Os pais de ambos faziam negócios e isso influenciou na amizade dos dois. Ralff confia de olhos fechados em Nick e assim sucessivamente.
O problema de Nick, que assim como Ralff, é a malandragem. Gosta de ser mulherengo e nunca se firma mais de um ano em relacionamentos. Nesse rodízio de mulheres Nick engravidou uma ex namoradinha, ainda na época da faculdade. Ralff acredita que a garota só ficou grávida pra dar um golpe nele. Mas isso não aconteceu. Foi só imprudência dos dois. Mas Nick assumiu a filha e que hoje mora com ele. Ralff acredita que depois de ter se tornado pai, Nick mudou bastante, mas não o suficiente pra deixar de ser mulherengo. Mas tem pessoas que não nasceram pra ficarem casadas.
A ligação durou umas duas horas e então Ralff tinha que desligar porque já estava na hora do jantar mas Cody ainda não tinha aparecido. Ele estava preocupado. Mas quando pegou a chave do carro ouviu o ronco de uma moto perto da janela do seu escritório e quando ele foi espiar, preferiu ter ficado no telefone.
Na hora que ele viu a cena, seu sangue gelou e pareceu que o coração não estava batendo. Em instantes gerou uma falta de ar súbita e ele quase desmaia. Mas que merda era aquela? O que Cody tinha na cabeça pra beijar aquele moleque que aparentemente era mil anos mais velho que ela? Esse menino vai se arrepender de ter nascido e ainda por cima ter a audácia de beijar a garotinha de Ralff, mas como? Ela era só uma criança, tão inocente, como pôde beijar de forma tão astuta a boca desse salafraio? Ranulff fechou as cortinas com brutalidade assim que Cody se despediu do babaca e a foi esperar na sala de estar. A mais ela tinha que explicar, tim tim por tim tim.
Ralff se sentou na poltrona, desabotoou um pouco a camisa, prendeu o cabelo, cruzou as pernas e fez aquela sua expressão de dar medo em qualquer um, menos em Cody, até porque ela já estava acostumada com aquilo.
Quando Cody abriu a porta quase infartou por ver o irmão sentado na sala, sem nenhum barulho. Algo de errado não está certo.
-Onde a senhorita estava?
A voz rouca mas grave deu um calafrio em Cody. Ele havia descoberto alguma merda dela. Isso não era bom.
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Inversos
FanfictionEla, uma simples funcionária de uma fábrica de lâmpadas. Trabalha 10 horas por dia e nem tem todos os seus direitos trabalhistas. Um verdadeiro trabalho escravo. Mas ela estava feliz, o salário que ganha dá pra pagar as contas, o aluguel e manter su...