Nós fomos destinados desde o momento que nos cruzamos pela primeira vez, jovens de mais pra saber o que o por do sol perante nossos olhos significava e talvez pequenos de mais para subir até as copas das árvores.
O primeiro dia do outono de 2013, o fim da nossa história. Pelo menos era assim que a maioria de nós víamos, você não me disse tchau, simplesmente foi embora me deixando ali em meio aos grandes muros cinzas e com poucas cores, essas já desbotadas.
Se passando invernos e verões, outono e então primavera, não era a primeira, definitivamente não. Mas era como se estivesse regredido ao momento em que corríamos em meio ao gramado surrado com o riso no rosto brincando como se não houvesse amanhã, mas então se tornou hoje.
Depois de ter apagado sua importância na memória o primeiro contato após o rígido inverno veio, você foi tão frio quanto o mesmo. Então se passado mais algumas estações você me disse que éramos verão e deveríamos ser como o sol e a lua presos num caloroso amor, mas eu aprendi a amar o outono.
Definitivamente nada parecido com você, era morno e aconchegante, fora de extremos, eu disse que não e então eu vire mais um pequeno planeta no seu universo, insignificante mas presente e você encontrou um eclipse enquanto eu cravava raízes e sumia meio as rosas da primavera,a primeira na qual não esperei você, definitivamente a melhor de todas as outras onde eu finalmente entendi que o outono renovava as flores machucadas as permitindo cair por um instante e a primavera trazia de volta o ser renovado, o melhor de mim. E em nenhum momento nada disso envolveu você, a não ser o momento em que eu me permiti enraizar longe de qualquer coisa que me lembrasse do rígido inverno qual eu passei te esperando, todos os dias.
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𝒕𝒉𝒆 𝒃𝒆𝒔𝒕 𝒐𝒇 𝒖𝒔 [em revisão]
PoesíaDas noites, dos dias, das lágrimas e do vazio. Escritos e reescritos por emoções passageiras, uma forma se esvair e deixar ir.