No auge dos meus 14 anos eu descobri pela primeira vez o que era estar bem com ser e estar em mim, física e mentalmente depois de descer e subir num poço sem fim durante os últimos 4 anos posso dizer sem falta alguma: eu nunca estive melhor. A escola persegue quem eu sou e coloca toda a minha essência numa caixa e definitivamente a criança que era atleta, bailarina, astronauta, musicista, baterista e piloto teria medo de escrever esse texto, mas eu estou aqui, certo? O encanto com os livros ficou no passado e ao presente apenas me restaram retalhos, bizarro. O sentimento de ter finalmente amigos que também são seus amigos é estranho, não é como se eu estivesse acostumada a ter alguém me esperando do outro lado da quadra, porque nunca tinha.
Sentimental demais, não? Sempre foi assim, então minhas cores favoritas ainda são amarelo e azul, mas roxo agora significa muita coisa para mim e quando eu digo muita coisa eu digo sobre o “amor próprio” que faltou em mim quando eu desisti das passarelas pela primeira vez. Dentre meus retalhos eu guardei algumas frases entre elas “poesia é o ato de viver” e eu poeta lembro bem das unhas roídas, do bater de pé e do medo da vida quando eu tinha 13 e quando eu fiz 7, transformei tudo em cartas como faço até hoje. Na realidade nada me inspira mais do que o ato de liberdade, ironia dizer isso numa pandemia, mas aquela garota adoraria ouvir que não faz mal querer se expressar pela arte, mesmo que ela morra dentro de mim todos os dias. Eu finalmente tenho planos coisa que antes nunca tive, a não ser que ser uma estrela do rock seja um plano, então talvez eu tivesse. Tola, queria morrer antes dos 30 como uma lenda, mas também sonhava em ver a virada do século. Apesar de dar a entender que tudo continua quase igual ainda existe um abismo entre o antes e a minha escolha.
Jamais caberia em 20 linhas toda minha história, eu não falei sobre Monet nem Picasso, não citei Bukowski muito menos Vingadores Ultimato. Faltou falar sobre Percy, Caelena e Simon mas eles eu deixo pra depois, junto aos livros sobre biologia e todas as vezes que eu quis saber de astronomia.
Noite estrelada é poético de ver, Van Gogh não comia tinta nem ficou louco por isso, Renoir ainda esta lá suponho eu mas sinto que devia ler sobre Michelangelo de novo.
Histórico? Literal, crueldade não é maldade e sim o sentido cru da realidade e nesse tópico eu era crua em relação ao mundo, nua em relação a mim mesma e no fim era arte quem eu não era e nem vou ser, algumas pessoas fazem música sobre pessoas como eu mas ninguém fica o suficiente para escrever livros sobre mim.
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𝒕𝒉𝒆 𝒃𝒆𝒔𝒕 𝒐𝒇 𝒖𝒔 [em revisão]
ŞiirDas noites, dos dias, das lágrimas e do vazio. Escritos e reescritos por emoções passageiras, uma forma se esvair e deixar ir.