Deckér

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30 de dezembro de 2006
Esse é o dia que eu mais me arrependo na minha vida.
30 de dezembro de 2006
Um dos maiores massacres da história do Reino Unido.
30 de dezembro de 2006
O pior dia da minha vida.

Já dei uma idéia sobre o que eu vou contar, então vamos lá.
Vou ter que voltar uns anos atrás.
É uma longa, e detalhada história, então vou tentar resumir ao máximo.
Sou um criminoso.Uns dos melhores, não vou ser modesto, porque eu sou muito bom no que eu faço.Meus crimes são perfeitos, não deixo pistas, rastros, sou um dos criminosos mais procurados do mundo.E o mais procurado do Reino Unido.Pois fiquei mundialmente conhecido por fugir de Alcatraz.É isso mesmo, aquela prisão de segurança máxima, que é mundialmente conhecida por ser impossível escapar de lá.Pois sé, eu escapei.
Meu pai também era o melhor no que fazia.O cara mais procurado no mundo na sua época.
Mas a idade chega para todos, ele já não estava muito bem na cabeça, já tava na hora de parar, mas o velho foi fazer um roubo em uma joalheria em Berlim e acabou comentando o erro mais estupido para qualquer criminoso.Não vou entrar em detalhes por que a história é longa e não vai ser relevante para a minha história, o que você precisa saber que ele cometeu um erro tosco, e em questões de minutos a joalheria estava cercada por policiais, FBI, impressa, inúmeros civis...Infelizmente não tinha como ele escapar dali, então ele se matou.
Agora vamos voltar a minha história, eu e meu irmão mais velho Ray, estamos a mais de uma década bolando o maior roubo que o Reino Unido já viu.Muitos e Muitos anos nós planejamos isso.Uma época da minha vida tive que parar por 4 anos pois tive um imprevisto, mas isso não é relevante.E o nosso alvo era o Banco central do Reino Unido.
Obviamente eu e o Ray não faríamos o maior roubo que o país já viu sozinhos, então chamamos um pessoal.
Tess Miller, uma jovem ruiva, toda tatuada, piercing em todo lugar que você possa imaginar e ela é muito atraente.É especialista em falsificar dinheiro, ela sabe tudo sobre como funciona as máquinas de dinheiro, como fazer minuciosamente para não conseguirem rastrear nenhuma notinha sequer dos 1 bilhão que vamos roubar.
Mouryn Lopez, esse aí é um garoto, ele e a Tess claramente se pegam e claramente é ela que faz todo trabalho porque esse aí é um tapado, É um Garoto de 23 anos cocainado que fuma maconha 24h por dia, porém o cara é muito bom em programação, em uma hora livre, esse cara consegue acessar os computadores da nasa.Só é bom nisso também, porque para o resto das coisas parece que tem 13 anos.
E por último, Clay Torres, ele é o típico garoto loiro do olho azul, que estudou em escola particular a vida inteira, família da tudo que ele quer, porém se revoltou com o mundo ou sei lá o que deu nele e entrou pra essa vida.Clay foi responsável por estudar cada um que trabalha naquele banco e ele sabe tudo de quem vai estar lá no banco na hora do assalto, sabe da família, onde mora, o que faz no banco.E isso vai ser extremante essencial.
Então chegou o dia do assalto 1º de novembro de 2006.Eu gostaria de entrar em detalhes como fizemos para entrar, se teve falhas ou não, como foi entrar lá, podem vai demorar demais e como eu falei vou resumir essa história o máximo que eu consigo.Então você só deve saber que entramos.
Enquanto Clay entrava pela entrada principal disfarçado pra fazer com que ninguém entrasse ou saísse dali, eu, Ray, e a Tess estávamos nos fundos esperando Mouryn terminar de invadir os sistemas das câmeras de seguranças e das portas, e dar o sinal para podermos entrar.
Então ele deu o sinal, entramos, tinha uma escadaria enorme bem no meio do salão principal, subimos lá, colocamos as mochilas no chão, tiramos as armas de lá, e começamos a atirar para alto.
O silêncio e a calma que tinha naquele lugar se transformou em caos e gritos, e pessoas correndo pra todo lado.E Ray que estava no comando do assalto gritou:
–EU QUERO QUE TODO MUNDO FIQUE DE JOELHOS ONDE ESTÃO!!
mesmo assim tinha algumas pessoas que continuaram correndo.
–FIQUEM DE JOELHOS PORRA!
Todos nós (menos o Clay que entrou antes disfarçado no banco) estávamos vestidos com capuz preto que cobria a metade do nosso
rosto, então não dava para ver nossa cara.
As pessoas param de gritar, agora estavam de joelhos no chão chorando e tremendo, alguns pálidos sem entender direito o que estava acontecendo.
Então eu falei calmante
–Bom, agora eu quero que vocês fiquem de pé, e fiquei em do lado do outro, como tem muita gente aqui, quero que vocês façam varias filas.
Os reféns começaram a se mexer e a se posicionar, o Clay foi conduzindo as pessoas para onde elas deveriam ficar, e foi botando venda em cada uma das pessoas.
A Tess desceu as escadas e foi a ajudar o Clay a conduzir as pessoas.
Nisso Mouryn chega, olha em volta, e sobe as escadas junto com a gente.
Após um tempinho até todo mundo se organizar.De ter tirado todos os reféns, dos escritórios, banheiros, e outras salas e ter colocado todos ali no salão principal não foi uma coisa rápida mas podia ter sido mais demorado.
Todos estavam posicionados e vendados, Clay e Tess sobem de volta as escadas e a Tess começa a contar.
Depois de um tempinho contando ela sussurra meio empolgada:
–É isso aí, 78 reféns!!todos aqui, conseguindo galera.
Todos nós nos entreolhamos com um sorrisinho.Tiramos os capuzes e eu dei um passo à frente.
–Bom dia senhores, meu nome é...
No que eu estou falando saí uma garota do banheiro, nós 5 olhamos a garota, e em seguida nos olhamos.Era uma menina, não era uma criança mas também não era uma adolescente, ela era baixinha e tinha cabelo loiro.
–TESS, NÃO OLHOU PARA VER SE TINHA ALGUÉM NO BANHEIRO CARAMBA?ERA UMA DAS SUAS POUCAS FUNÇÕES, NÃO OLHOU NO BANHEIRO E APARENTEMENTE NÃO SABE CONTAR TAMBÉM!isso que dá confiar em mulher, é burra demais.
Disse o Clay.
–O QUE FOI QUE VOCÊ DISSE?
a Tess foi partir pra cima do Clay, a Tess é a típica cabeça quente.
–Opa, calma aí.
Eu disse segurando ela pelos ombros.
–Olha Clay, em quanto você tava viajando pra Itália nas suas férias de final de ano com a sua família perfeita, eu estava em casa contando dinheiro dos meus contrabandos, eu conto dinheiro desde os meus 6 anos de idade, então se tem uma coisa que eu não erro é contagem.Se o Senhor Clay dono de toda sabedoria quiser contar de novo, fique à vontade, mas aqui na nossa frente tem 78 reféns aquela garota é a 79º!E tá falando da minha função aqui?haha Tá bom vamos falar de funções aqui dentro, vamos começar pela sua, você só tá aqui por que você conhece a vida das pessoas, e sinceramente, sem você aqui não faria diferença nenhuma porque a sua "função" é bem inútil na verdade, não sei nem porque tá aqui ainda.E mais uma coisa, eu estudei a vida inteira em escola pública, porém eu terminei a escola, me diz aí vocês homens super inteligentes, quem de vocês terminou a escola?Ou pelo menos tem o ensino médio completo?Você tem Clay?eu não só terminei a escola como fiz e me formei em medicina e doutorado, então me chama de qualquer coisa, menos de burra, porque eu sou inteligente pra cacete, eu sou brilhante na verdade, então Clay...menos!
O Clay mereceu, agora ele vai aprender a calar a boca dele e com certeza aprendeu que com a Tess não se brinca.
Depois do sermão da Tess o silêncio ficou total por uns 7 segundos, a menina continuou parada na frente do banheiro, meio confusa e assustada.
Então eu falei:
–Tess...
Ela me olhou, e fiz sinal para ela fazer algo com a garota.
Então ela foi até a direção da menina, colocou uma venda nela, e conduziu ela até a fila.
E novamente eu começo a falar.
–Bom, então vamos lá novamente, primeiramente Bom dia, isso aqui é um assalto...
Alguém interrompe.
–A Jura? ninguém se tocou que é um assalto.
Falando num tom mais baixo mas deu pra ouvir.
Nós cincos nos entreolhamos pra entender se aquela garota do banheiro tinha dito mesmo aquilo.Até que eu vou me aproximando dela.
–Oi garotinha, tudo bem com você?
Eu disse calmante.
–fala aí, tranquilo?
Ela tava conversando como se tivesse falando com uma amiga, normal, calmante, como se nada tivesse acontecido.
–Qual é o seu nome garota?
–Maya.
–Maya.Ok Maya, pode repetir o que você acabou de dizer?
–hmm...Maya?
Dei uma risada.
–Nossa, temos uma engraçadinha aqui pessoal, olha só, como você é engraçada Maya.
–Eu sou né?
Ela falou rindo.
–Tem quantos anos Maya?
–Praticamente 14.
–A entendi, 14.
Puxei a arma e coloquei na Testa dela, mas como ela estava vendada ela não viu, só sentiu.
–Maya, coloca a mão aqui.
Eu peguei a mão dela e coloquei em cima da arma para ela sentir o que era aquilo que estava na testa dela.
–Você tem 14 anos, já é grandinha, então já sabe o que é isso não sabe?
Deu pra perceber que ela ficou bem assustada.
–Sei.
–A que bom que você sabe, então também deve saber que se eu apertar o gatilho aqui, eu explodo a sua cabeça né?
–É eu sei, não sou idiota, sei o que uma arma faz, e pode puxar esse gatilho

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