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n/a: comentem por favor, ler as reações de vocês é muito importante pra mim! boa leitura. :)

Capítulo Dezenove.

Georgiana queria fingir que não estava animada para passar a manhã com o conde Styles. Ela tentou, de todas as formas, não pensar em como queria estar na companhia dele naquele exato momento. No meio da noite. Era imprudente e perigoso demais ter pensamentos com aquele homem, os dois juntos, mas ela não pôde evitar.

Não conseguira tirar a imagem daquele homem de sua mente. Não parava de pensar no que acontecera na biblioteca, nas coisas que fizeram, no modo como ele a tomou, como a tocou, como se quisesse fazer as coisas certas.

Ela não podia culpar unicamente Harry por ter cedido. Sim, ele era um sedutor nato, o charme dele era incontestável. Mas ela era culpada tanto quanto ele. Cedeu aos encantos do conde, e o deixara ter seu corpo da maneira mais carnal possível, mas não fora seduzida à força e com mentiras, exceto pela armação entre Harry e Poppy para que eles estivessem sozinhos por um tempo, tudo havia acontecido com consentimento. Ela o deixara fazer o que fizera. E gostou, imensamente de permití-lo fazer.

O pior de tudo aquilo era que em momento algum pensara em como Sir Robert se sentiria se soubesse de suas escapadas. Se ele soubesse que ela e Harry estavam tendo um pequeno caso bem debaixo de seu nariz e dentro de sua própria casa, o que ele faria?

Sabia que Robert era um homem bom, e que jamais faria qualquer mal a alguém, por isso mesmo ele não merecia o que ela fizera com ele. O enganara descaradamente. Profanara sua casa. Ela não mais esperava que ele lhe perdoasse um dia caso ela resolvesse que o certo a se fazer era contar a ele a verdade. Se ele a rejeitasse para sempre, se se casassem e ele pedisse a anulação do casamento por ela ser uma mentirosa impura, ela aceitaria sem dizer um palavra sequer. Não tinha direito de exigir nada daquele homem.

Georgiana também tinha plena consciência de que não tinha sido justa com Harry. Notou, na noite na ante sala da biblioteca, que ele havia ficado profundamente ferido com o que ela tinha dito sobre aquilo. Estava agindo como uma meretriz, na cama com um homem que não obstante pertencera a sua amiga, que direitos ela tinha agora para se zangar com Harry pelas atitudes passadas dele, se agora ela agia de forma tão vil? Se entregando a ele, desrespeitando o luto pela esposa morta, e desrespeitando o próprio noivo, que, mais de uma vez, confessara seu encanto e afeição por ela?

A moça não sabia o que fazer com a mágoa que guardava. Não sabia o que fazer com Robert, muito menos com aquele conde que mexia tanto com seus sentimentos.

Tinha que pensar em linha reta e fazer o que era melhor para seu irmão. Se casar com Robert, mesmo que ele a rejeitasse depois ao saber de suas atitudes pouco ortodoxas, era o certo a se fazer, pensou ela, quando o sol deu os primeiros indícios de que a manhã de sábado havia chegado.