Ala 78

Capítulo 7

Eu estava lá, simplesmente sentada naquele banco, não sabia o que sentir, as lágrimas rolavam, mas eu não sabia o que sentir, a menina cujo não quis me contar seu nome estava ao meu lado todo esse tempo, nem uma palavra, mas todo o conforto de que eu precisava naquele exato momento. Eu vi algo no rio naquela noite, algo estranho, pode ser fruto da minha imaginação super fértil, mas eu vi um homem, as margens do rio, nos observando todo aquele tempo...
No dia seguinte à noite fatídica eu estava com sede de justiça, então acordei cedo, tomei café o mais rápido que pude, e sem dar satisfação à ninguém sai do orfanato às pressas, andando com fúria pelos jardins do hospital, e pelos longos corredores, até chegar na diretoria: - Eu quero respostas. Quero saber quem fez isso com a minha mãe, quero saber o que vai fazer comigo agora, quero saber como ela fugiu, eu quero saber porque ela fugiu, eu quero saber quem a sequestrou, eu quero saber se a sequestraram... por favor a única coisa que vocês me devem são respostas, e eu as quero agora.- eu já estava aos prantos na última frase, nunca fui uma pessoa que se exalta com facilidade, mas devido às circunstâncias acho que tudo bem. O diretor estava assustado, estava achando minha atitude no mínimo repugnante, eu ouvira dizer que ele era ignorante e só pensava no próprio umbigo, mas não pensei que fosse a esse nível, o mínimo era ter empatia. A única coisa que ele me disse foi: - A polícia ainda está investigando o caso, ainda não temos nada oficial para declarar. -Quem era aquele homem? Aquele que entrou no orfanato algumas manhãs atrás, com o braço sangrando, dizendo que tinha algo no rio, quem è ele?: -Não se preocupe com ele, sofre de doenças mentais, não sabe o que diz, releve apenas.:- Acho que quem tem problemas mentais aqui é o senhor, que não consegue ter o mínimo de humanidade possível para entender a situação, isso sim deveria ser considerado um problema mental.
Tudo ficou escuro naquele momento.