A essa altura Paolla já tinha os dois pés sobre o sofá, totalmente largada e linda, algo corada pelo vinho e pelas boas risadas que dava ao lado dele. ele, sentado ao seu lado com as pernas abertas e um dos braços apoiado no encosto do sofá, se mostrava tão a vontade quanto alguém que vivera naquela casa desde sempre.
Paolla: eu fico ofendidíssima! — como se estivesse de fato indignada, enquanto falava sobre ter lido críticas aos vestuários dos personagens que eram sempre os mesmos — eu acho o chiclete um gato com aquela jaqueta surrada...
sinceramente pouco se importou se iria ser lançado demais dizer aquilo assim, sentia suas vontades aflorarem ali, e convenhamos que cara de pau sempre fora.”
"Você acha gato só o Chiclete?" lançou ele, sem ao menos perceber, o efeito da bebida já era notável nos dois mas Guizé havia exagerado mais nas doses. Ele se levanta do sofá quando Paolla o convida para conhecer a casa, que não era nada pequena e levaria um bom tempo para conhecer cada cantinho, que tinha toda a leveza e essência da companheira. Sem responder, Paolla apenas o puxa pela mão. Primeiro ela o leva para ver todos os seus bichos, sabia o quão encantado ele ficaria. E não deu outra, ele soltou um largo sorriso ao vê-la nomear cada um deles, como se fossem filhos. Depois seguiram para a parte externa, mas como estava à noite, ela preferiu guia-lo mansão a dentro. Circularam pela sala, que mais parecia um salão. Passaram rapidamente por alguns cômodos até que subiram as escadas. Ela, percebendo ele alterado, sorri e diz: "bebemos além da conta" e ele, sem poder negar, concorda com um sorriso de canto. Ela se arrepia mas tenta disfarçar - amava aquele sorriso e o efeito que ele causava. "vamos precisar de outro banho antes de dormir" conclui ela. "Vamos?" ele pergunta, descaradamente. Nesse momento, os dois param e se encaram por um momento. "É como se o mundo inteiro parasse para eu te ver" sussurra ele, baixinho, mas não ao ponto de ela não ouvir. Ela apenas continua o olhando, mas agora surpresa, por ser recíproco o sentimento. Antes que ela possa dizer qualquer coisa, ele se aproxima e percebe a respiração dela descompassada. "Guizé..." é tudo que ela consegue dizer antes de sentir uma pegada que a desconsertou inteira. Não poderiam ceder, mas como fugir? estavam entregues demais para recuar, então... se beijaram. se beijaram com tanta vontade, como nunca haviam beijado outras pessoas. Era mais que dejeso, era beijo com paixão. Em questão de segundos, Paolla segue para sua suíte, enorme, mas o interesse de Guizé já não é mais conhecer a casa e sim o mistério que existia na mulher que acabara de beijar loucamente.
"Você precisa lavar o rosto" fala ela ainda recuperando o fôlego. Ele tira a camiseta branca que usava, e ela sente seu corpo vibrar ao ver aquela cena, agora longe das câmeras. Respira fundo, tentando manter a postura mas ele não vai ao banheiro lavar o rosto, ele vai para um banho frio. Precisava recuperar os sentidos... ou perde-los por completo. Ele, agora completamente nu, entra debaixo da ducha, quando percebe um barulho.
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Inesperado
RomancePaolla Oliveira e Sérgio Guizé se conhecem e contracenam juntos em A Dona do Pedaço, mas o encontro também acontece fora dos sets de gravações... como algo inesperado.