CAPÍTULO 5 - Nós vamos ... que vamos!

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Nenhuma das duas estava no clima para fazer qualquer coisa interessante, depois do que aconteceu na praia. Graças aos céus, pelo menos não teve tanta gente para presenciar a cena digna dos "Top Micos do ano"!

Minha cara não poderia estar mais rachada de vergonha, nem mesmo se o Thor me desse uma martela no meio da "fuça"!

— Pelo menos, não fomos mordidas! — Júlia disse, tentando achar alguma coisa "menos pior" de tudo aquilo.

— Então levar uma carreira de um poodle na frente da praia toda, e ainda conseguir levar um belo caldo em uma marola, é "menos pior" que ser mordida na canela? — Carol gesticulava as mãos energeticamente no ar, ainda agitada com o episódio.

— Verdade. — Concordou desanimada. — Bem, pelo menos o Marcelo não estava mais lá!

— Pelo menos isso, né?! Mas agora me responda uma coisa: por que os Baby boys tinham que estar lá para ajudar a gente? — Carol cobriu o rosto com as mãos. — Não podiam ser uns barrigudos e velhos, do tipo que já estão no bico do urubu, para serem os nossos salva vidas?

— Nem me fale! Eu não sou muito fã dos novinhos, você sabe. — Júlia baixou o tom de voz, para que ninguém a ouvisse. Principalmente o Juizado de menores. — Mas aquele tal de Felipe.... Tic, tic, tic! Que braços eram aqueles?

— Eu não vi mais nada, amiga! Ficou tudo embaçado! — Carol agitava os braços, simulando uma tontura. — Que peito era aquele, do Moreno tropicano? Ele me segurou meio que... ROW! — Parou um momento para respirar profundamente. — Aquele garoto ainda vai acabar comigo. Escreve o que eu estou te dizendo!

— Eles não vão conseguir atrapalhar o nosso plano, amiga! Eu vou conseguir o Marcelo, e você... –- Analisou por uns segundos em silêncio. — Ei, temos que pensar em alguém para você. Que tal o Ícaro?

— Ui, credo! Seria como pegar meu próprio irmão! — Torceu o nariz, numa expressão de nojo. — Mas, de repente a gente arranja uma paquera para ele. Ele está sozinho, desde que terminou um noivado faz 2 anos. A mãe do Ícaro disse, que eles terminaram, pois ela o traiu com um cara do hospital que eles trabalhavam. A vaca também é médica!

— Coitado! Ele está sozinho desde então?

— Provavelmente! Ele sempre foi um cara tranquilo. — Carol disse, mas sem muita ênfase.

— Talvez esse tenha sido o problema: ele é bonzinho demais.

— Mas eu fiquei sabendo que ela andou cercandoo por um tempo. Disse que se arrependeu! Que não sabia o que queria antes. — Carol falava com uma voz fina, cheia de deboche.

— Tem mulher que não sabe o que quer! Mas quando descobre, já é tarde demais. A fila andou e outra catou! –- Júlia lamentava a falta de sabedoria de algumas mulheres. — Eu, por exemplo, sei muito bem o que eu quero. Quero um homem fiel, bom, honesto, alegre, engraçado, inteligente, carinhoso, sem ser pegajoso, educado, sensual, entre outras coisas....

— Nesse planeta, acho difícil encontrar um desses. — Carol ria da pequena lista de exigência.

— Eu sei. Por isso me contento que ele seja bom, fiel e inteligente. Porque homem tapado, ninguém merece! Mas se ele puder ser moreno, alto e sensual, eu ficaria muito agradecida.

— Você acabou de descrever o Ícaro. — Disse Carol, fingindo ser só um comentário casual.

— É mesmo! Eu descrevi. — Júlia ficou pensativa. — Mas eu estou precisando de alguém que vai abalar logo de cara , quando eu chegar de mãos dadas com ele, sabe? Ícaro faz mais o estilo Clark Kent: discreto! Eu estou precisando de um Aquaman: um homem com corpo e cabelos dourados, do sol de Búzios! Entendeu?

SOS: verão! (Em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora