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O resto daquela noite pode se dizer que foi tranquila, comemos e bebemos um pouco com a família de Lucy e depois voltamos pro quarto prontas pra ir embora direto a New Jersey.
   A primeira parte da viagem foi eu quem dirigiu enquanto Christen dormia e depois quando chegamos finalmente na fronteira de New Jersey a gente foi esticar as pernas e comer algo em uma lanchonete que tinha na estrada pra Christen tomar meu lugar como motorista e seguir o resto da viagem até o nosso hotel.
    a medida que nós chegavamos no centro da cidade batia uma nostalgia no meu peito de todos os momentos bons em que eu passei nessa cidade durante minha infância. Olhando a cidade agora parece que o tempo nunca passou por aqui, as coisas ainda eram iguais, do jeitinho em que eu me lembrava da minha infância. Fazia tempo em que eu não vinha aqui, eu envelheci mas a cidade continua a mesma.
   A gente começa a se aproximar de uma zona mais afastada da cidade onde ficava o píer e o parque de diversões.
_ você se perdeu?. Pergunto um pouco preocupada por estarmos a cada vez mais longe do hotel
_ não, a gente vai no parque
_ e você decidiu isso agora? Pergunto sorrindo pra ela
_ não, eu só não te contei. Ela diz devolvendo o sorriso
   Christen estaciona no píer e descemos do carro indo pra bilheteria comprar os bilhetes. O parque ao contrário da cidade parecia ter evoluído bastante, quando minha vó me trazia aqui todos os brinquedos pareciam que iriam quebrar a qualquer momento. 
_ eu quero um bichinho. Christen diz me puxando pra uma barraca
   Basicamente a coisa da barraca era atirar a bolinha nos aros, cada cor valia um determinado ponto, eu tenho 3 tentativas e tinha que acumular o máximo de pontos possível para conseguir um brinde legal. Nunca pensei que algo fosse ser tão difícil assim, parecia que quanto mais a gente tentava mais longe passava do aro. 
   Acho que finalmente entendi o porque das pessoas falarem que esses jogos são roubados, estávamos aqui a tanto tempo e só conseguimos umas bijuterias de plástico então eu resolvi finalmente desisti. Nem eu e nem Christen conseguiu uma pontuação legal pra ganhar um prêmio legal, na verdade ninguém lá conseguiu um brinde bacana.
_ vamos na roda gigante?
_ tem certeza?. Digo receosa
_ tenho, ou você tá com medinho?
_ eu não tenho medo é só que você pode ficar enjoada lá em cima
_ aqui em baixo eu também fico a diferença é que lá em cima a vista é ótima. Então vamos lá
   Christen me arrasta pra fila gigante que tinha pra ir no brinquedo. É dia 3 de janeiro, dá onde surgiu tanta gente nesse parque? Sempre quando eu vinha aqui não tinha ninguém, tipo ninguém mesmo.
    Compramos um sorvete de uma barraquinha que estava perto da fila e aguardamos a nossa vez. Abracei a barriga de Christen por trás e coloquei minha mão por dentro de suas roupas de frio para sentir nossa bebê se mexendo, faltava apenas dois meses agora e eu não podia estar mais ansiosa por sua chegada.
   Quando finalmente chegou nossa vez nós fomos em uma daquelas gaiolinhas sozinhas. Começava a ficar mais frio então Christen e eu começávamos a nos aconchegar olhando o céu estrelado e as luzes da cidade que já estava de noite.
_ é muito lindo aqui em cima. Eu digo
_ não mais que você. Ela diz me beijando._ você quer casar comigo?
_ isso é uma pergunta de verdade?
_ porque não seria?
_ porque eu já te pedi em casamento
_ e eu tô te pedindo agora 
_ sem nem um anel? Que mixuruca
_ e quem disse que eu não tenho?. Christen tira o saquinho de presentes da barraca e tira de lá um anel de plástico me mostrando
_ isso nem cabe no meio dedo. Eu digo rindo
_ não importa, eu só quero que você case comigo e seja meu amor pro resto da minha vida.
_ Eu vou ser sempre o seu amor, assim como você vai ser o meu
_ então você vai casar comigo?
_ é claro que eu vou. Digo com lágrimas nos olhos
_ eu te amo. 
   Então ela me beija. Quando nos separamos Christen coloca o anel de brinquedo até metade do meu dedo e ele realmente não cabe.
_ eu disse que não caberia
   Christen pega um colarzinho de brinquedo e coloca o anel nele e depois coloca o colar em mim.
_ é simples mas é perfeito, agora vamos descer porque eu quero vomitar
   Christen começa a ficar um pouco branca enquanto a roda dá sua última volta. Quando chegamos no chão Christen corre pra uma lixeira mas para no meio do caminho vomitando em uma moça que fica extremamente brava. Seguro o riso o máximo que eu consigo, a moça está limpando o seu vestido mas acaba sujando mais ainda e pelo visto ela com certeza partiria pra cima da Christen mas o fato dela está grávida e está vomitando ao seu lado fez com que ela apenas fosse embora.
    Começo a rir desenfreadamente enquanto seguro os cabelos de Christen pra ela vomitar e depois ela me acompanha na crise de riso.
_ vamos pro hotel agora Cariño

 CariñoOnde histórias criam vida. Descubra agora