Capítulo 10

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Algumas horas se passaram desde que o Dr. Isaac me mostrou o seu rosto e disse o que iria fazer com a gente ou pelo menos foi o que entendi, o Victor acordou desnorteado e sem saber onde estava, para ser sincera eu preferiria que ele não tivesse acordado porque desde então ele não para de bater nas grades da jaula como se fosse um macaco enlouquecido que está preso e com raiva.

Alguns minutos depois..

Bom... Já que o projeto 34 está tão desesperado para sair, ele será o primeiro a fazer o procedimento. __ disse o Dr. Isaac entrando na sala com dois enfermeiros

(Layla) espera, você disse que eu sou suficiente para salvar suas filhas.

(Dr. Isaac) não, eu disse que você foi o projeto que eu tive mais sucesso, o que não significa que eu não vá usar a medula óssea dele também.

(Layla) espera, antes me fala quem entregou a gente por favor.

(Dr. Isaac) Eu não sou X-9 mais vou lhe dar uma dica: começa com "E" e termina com " Elisabeth".

(Victor) Não, você está mentindo, a minha tia nunca faria isso comigo.

(Dr. Isaac) Meu jovem rapaz você ficaria surpreso com o que a sua tia é capaz de fazer, para ser sincero você sabe sim, talvez não se lembre mais quando você era criança com apenas 7 anos de idade a Elisabeth puxou o gatilho de uma pistola disparando na cabeça de um homem que estacionou o carro dele na frente do dela e quando ela pediu para ele sair, ele xingou ela e você estava do lado da sua tia. Então meu jovem rapaz você não conhece a sua tia como eu conheço e acredite eu sei de tudo, ela com certeza é a assistente mais dedicada que eu já tive ao longo desses anos.

Os enfermeiros ou sei lá o que eles eram, pegaram o Victor como se fosse um saco de qualquer coisa, não tiveram o mínimo de compaixão ao arranca-lo com desprezo de dentro daquela jaula fria, pobre Victor, eu queria que ele não sentisse tanto mais infelizmente não posso ajudá-lo.

Apesar da porta ser de aço reforçado, ainda sim dava para ouvir os gritos insurdecedores que vinha da sala ao lado, além dos gritos dava para ouvir o som de uma furadeira também e é nesse ponto que a história fica macabra pois era como se usassem a furadeira sem nenhum tipo de anestesia nele, no começo eu achei que estavam fazendo uma obra, mais aí percebi que estavam furando o Victor nem nenhuma compaixão. Eu queria está no lugar dele, não que eu goste de sentir dores mais sim porque não gosto de ver pessoas sofrendo, ainda mais sendo meu namorado.
Eu estava com muita raiva e na minha mente agora tinha uma imagem de uma balança analítica, de um lado o medo e do outro o ódio e quanto mais o Victor gritava mais o peso do medo aumentava.
A tortura com o Victor durou uns 15 longos minutos, um homem muito mal encarado e muito forte o trouxe de volta e jogou ele com muita força na jaula como se ele fosse um saco de lixo sendo descartado, logo em seguida o mesmo ser humano desprezível trouxe uma garota ruiva, não muito alta, magra e olhos castanhos bem claro que estavam quase fechados e roxo parecia que ela tinha sido espancada e com a mesma força ele também a jogou dentro da jaula ao lado da minha. Assim que ele a trancou eu pude ouvir uma voz dizendo " traga a 36", nesse momento eu caí na real e percebi que minha hora tinha chegado, não a hora de morrer mais sim de ser torturada como o Victor e a garota ruiva.
Ele me puxou para fora da jaula com a mesma vontade que jogou os outros dentro dela, eu tentei chuta-lo, gritar, bater nele mas ele parecia ser um robô mesmo com todos os chutes e socos ele não esboçava nenhuma reação, apenas me segurava e me arrastava para fora dali. Assim que passamos pela porta eu pude ouvir o barulho da mesma se fechando atrás de mim e com isso as minhas esperanças de fugir daquela sala se esgotaram, com um sorriso amarelo o ser humano mais ignóbil do mundo veio até mim.

(Dr. Isaac) Não tenha medo doce criança vai ser rapidinho.

(Layla) Não sou criança, Dr. Merdinha. eu vou matar você na primeira oportunidade que eu tiver seu calhorda filho de uma p****.

(Dr. Isaac) Não se preocupe até que essa oportunidade surja você estará morta, e minhas filhas vivas e saudáveis novamente, e eu terei uma cura para mostrar ao mundo.

Dito isso o ser humano que estava me segurando, me colocou em uma maca que mais parecia uma daquelas camas de massagens em spar, a única diferença é que no Spar você relaxa quando deita em uma cama, aqui vai começar uma sessão de tortura.
Eu estava com muito medo, ele me amarrou na cama, eu estava imobilizada quando senti aquela furadeira penetrar a minha costela, nesse momento eu não conseguia pensar em mais nada a única coisa que eu queria naquele momento era gritar.
Já parou para reparar como 15 minutos nas redes sociais passa em um piscar de olhos, ou quando você está assistindo o seu programa preferido na televisão 15 minutos passa voando, agora esse tempo sendo torturada e como se o tempo congelasse ou como se a hora tivesse muito mais que 60 minutos ou como se os próprios 15 minutos fossem 15 horas. Quando a tortura acabou eu achei que não iria mais andar pois eu mal sentia as pernas, mas fui obrigada a andar e mesmo eu tendo caído quando me colocaram de pé, só então que eu comecei a analisar a sala, quem fez o procedimento foi o Dr. Isaac , mas uma mulher o ajudou e não sei se ela é assim mesmo ou não está satisfeita com o trabalho que está fazendo pois ela esboçava no rosto está triste e arrependida porque assim que eu a olhei ela abaixou a cabeça e saiu, a sala não era muito grande na verdade era bem parecida com uma sala de cirurgia e bem no canto tinha uma janela o que me fez ter uma ponta de esperança.
O mesmo indivíduo que me tirou da jaula me levou de volta, e com a mesma ignorância que me tirou ele me jogou dentro dela e depois a trancou.

Como você está __ disse o Victor do outro lado da sala.

__ igual como eu vim ao mundo, confusa, com raiva, triste, e além de tudo estou sentindo muita dor.

(Victor) Eu não sei se vou aguentar isso novamente e eu estou muito mal.

(Layla) Amor, seja forte a gente vai sair dessa esse ainda não é o nosso fim.

a primeira vez foi só para testes Reza para o resultado dele ser positivo se não ele vem buscar você para extrair medula novamente, essa já foi a minha segunda extração __ disse a garota ruiva nós interrompendo e me fazendo lembrar que não estávamos sozinhos naquele inferno.

(Layla) Quem é você ?

(xx) meu nome é Rebeca eles me chamaram de projeto 35 eu morava com meus pais e minha irmã quando chegaram dois homens armados na minha casa, matou todos e me trouxe para esse lugar.

(Victor) Eu sinto muito, mataram sua família e nós fomos traídos por uma pessoa que eu confiava muito.

(Rebeca) Não sinta, eu já me acostumei com a ideia que vou morrer nesse lugar.

(Victor) não perca as esperanças nós três temos um inimigo em comum e mesmo que estejamos presos eu vou matá-lo mesmo que em sonho.

(Layla) então fique à vontade para tentar, pois nem dormir eu consigo e se isso acontecer eu terei pesadelos e não sonhos.

Nesse momento surgiu-se um silêncio assustador, tudo que ouvíamos era as nossas respirações altas e um som de um carrinho vindo em nossa direção foi aí que abriram a porta e vimos um senhor de barba longa e olhar cansado apareceu na nossa frente empurrando um carrinho de serviço que eu espero muito que tenha comida nele pois eu estou faminta.

(xx) Arroz com frango ou macarrão a bolonhesa ?

(Layla) Ah graças a Deus, eu tô com tanta fome que se você quiser me dar os dois eu como.

(xx) tanto faz, pega os dois só assim eu não volto mais tarde para entregar o jantar.

Ele nos entregou potes pequeno um com macarrão e outro com arroz e um garfo de plástico para cada um, todos acharam que o meu sorriso inesperado se deu por conta da comida que me foi entregue mas na verdade eu fiquei feliz assim ao ver o garfo porque depois de comer vou tentar abrir o cadeado da minha jaula com ele sei que parece inútil mais eu não vou disperdiçar nenhuma oportunidade que eu tenha de sair daqui.

Ao abrir o recipiente com comida pude ver uma coisa incomum, tinha uma frase escrita a mão na tampa. Não era uma frase longa mas dizia assim: A hora vai chegar". Antes que eu podesse perguntar aos outros se tinha alguma coisa escrita na comida deles, os mesmo olharam para mim com cara de felicidade, naquele momento eu vi a esperança renascer, eu sinto que não estamos sozinhos, e sinto também que esse não será o meu fim.

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