(POV Jimin)
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Eu estava de luto. Até criei uma cerimônia fúnebre para a morte do meu bv e dignidade. E estava vestido a caráter, nada menos do que isso. Meu casaco grande e preto e o capuz ajustado na cabeça revelava o meu estado de espírito quando taquei o celular na parede do quarto.
Trêmulo, ofegante e com o senso do ridículo destruído quando inventei de acessar a droga daquela rede social do capeta chamada Instagram. Sabia que aquilo na minha mão iria dar mais merda do que quando eu como kitkat adoidado e o meu melhor amigo vira a privada por um dia inteiro. E sabe de quem era a culpa?! Do universo, aquele escroto do caralho — eu estava ficando bom em xingamentos novos.
Caro amigos, por que eu fui nascer tão fodido?
Eu estava desnorteado, com o coração tão acelerado no peito que acreditava ser início de um taquicardia. Primeiro que ontem a minha virgindade bucal foi tirada de mim pelo filho da mãe que eu mais odiava no mundo, e ainda hoje sofria o reflexo da minha indignação só pelo modo que a minha garganta ardia de tanto ter gritado como um louco para que ele saísse de cima de mim. Para completar o pacote, hoje a cara dele estava bombando tanto no feed do instagram que eu já estava invejando os cegos.
Mas o pior nessa narrativa ainda estava por vir, meus amigos, eu fui olhar o perfil deplorável do pernalonga — só para ter material para criar memes e dar umas boas risadas depois — e rachei meu dedo no ícone de coração da foto. Eu quase desmaiei na hora e no desespero quase que fiz mais merda. Minha reputação estava arruinada. O coelho de chernobyl veria, e seria eu o palhaço da história.
Mas, o pior, não existiria martírio no mundo igual a que a minha mente me fazia passar ao pensar na boca dele sobre a minha em um momento tão inesperado.
Afinal, o que ele estava querendo? Que eu morresse intoxicado ao lavar minha boca com alvejante por ter encostado na sua? Eu não sabia! Eu só queria descobrir o que deu naquele idiota. Não tinha explicação para as últimas atitudes dele, e isso estava me matando.
Eu queria desaparecer, ser cortado em pedacinhos, ser queimado...
— Ô bluezinho depenado, está surdo?! — A porta do meu quarto foi arrombada por um brutamontes magrelo de supetão, e eu pulei sobre o colchão, saindo do meu torpor. — Não ouviu o som potente do meu motor lá em baixo?
Pela primeira vez no dia, eu ri, esquecendo momentaneamente a minha vergonha anterior para fazer das palavras de Taehyung uma ótima piada.
— Não é como se o motor do seu Chevette do século passado fosse potente, Tae, ele só faz barulho de coisa velha mesmo.
— Você não entende nada sobre automobilismo, seu feio, carros antigos estão em alta. — Ele se aproximou, dando de ombros, rodando a chaves entre os dedos, antes de abrir um sorriso prepotente. — Mas você nem pode falar nada, nem um carro você tem.
— Há há, isso é questão de tempo. — Eu sabia que teria que continuar pegando carona com a minha mãe até ficar velhinho, mas me deixa fingir que não.
— Questão de tempo também é você com esse rabo sujo sentado aí como se não tivesse marcado de ir no abrigo dos cãozinhos comigo hoje!
— Quando eu marquei isso? Mentiroso! — Rebati, pois em nenhum momento lembro desse combinado.
— Desde que eu abri a merda do abrigo há três anos atrás, seu desnaturado! Esqueceu que você sempre leva as doações de rações de sua mãe comigo em um domingo de cada mês? Pois bem, hoje é o dia.
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Disputa Acirrada •Jikook•
Fanfic[Concluída!] Park Jimin e Jeon Jeongguk são dois adolescentes que juram se odiar. Ambos estão na fase de ter os hormônios aflorados e conquistarem as suas primeiras experiências, e a paixão platônica que possuem no popular Kim Namjoon é a única cois...