(VII) Dose Dupla

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(POV JIMIN)

🐇🐤



— Grito, Taehyung, me dá um oscar, eu estou muito lindo!

Um surto de faniquito me escapou quando o meu reflexo deslumbrante se fez no espelho e eu pude ver que ninguém poderia me barrar em quesito beleza. Meu cérebro poderia ser de nerd, mas meu rostinho era digno de galã de novela.

Bom, foi minha mãe que me disse para ser assim. Amor próprio é tudo, né amigue?

— Coitado, isso é apenas uma ilusão de ótica...— Taehyung, que parecia limpar a bagunça que fizemos segundos atrás, deu de ombros, me fazendo girar nos calcanhares, incrédulo. — Está parecendo uma calopsita azul com esse cabelo.

Calopsita azul?

— Por um acaso você está com inveja, amigo??? — Me dispus a ser completamente debochado, e ele riu com os ombros balançando exageradamente, negando com a cabeça.

— Você é louco e tremendamente exagerado, apenas isso.

Exagerado?

Só poderia ser recalque porque a ideia de pintar o cabelo de azul foi a melhor que tive em anos. O pernalonga é desproporcional e não iria ser páreo para mim. Namjoon iria ter que me notar, não existe muitos caras de cabelo azul por aí...

Pausa dramática (Respira Park Lindo Jimin).

— Tae, me segura antes que eu caia! — Eu não estava acreditando naquilo que meus lindos olhos enxergavam despontando por entre a multidão de alunos no corredor.

Okay, poderia ser essa lente azul fajuta que Taehyung tinha me arrumado hoje pela manhã me afetando a visão, fazendo com que eu enxergasse coisas azuis em dose dupla, mas eu não queria acreditar no que eu estava vendo. Lá na frente se via uma cabeleira chamando mais atenção do que a Pabllo Vittar fazendo seus high notes e eu não poderia crer que aquele sorriso nojento e extremamente largo de tão egocêntrico pertencia ao chapa de roedor.

Por Deus, que merda era isso, universo?! Eu não vim ao mundo para ser tão injustiçado!

O pior era que, se antes toda a atenção dos colegiais e cochichos estavam direcionados a mim, agora era o merdinha lá que arrancava olhares e barulho ao redor. Estavam abrindo ala para ele, e eu só queria abrir um janela no meio da boca dele.

Eu estava completamente possesso.

Enquanto meus pés batucavam no assoalho, eu tremendamente a ponto de explodir pelo imitão querer me copiar em tudo, Taehyung ria ao meu lado como se aquela situação ridícula fosse a mais engraçada do mundo.

Realmente cômico, parça.

— É muito ódio ou muito amor para unir vocês dois assim, ein? Chega a ser engraçado esse caos.

— Cala a boca, desprovido de inteligência, não gaste os seus poucos neurônios pensando em besteiras — grunhi, mas a minha raiva pouco o intimidou. Quando vi "aquele que não devo citar o nome" se aproximar, a minha raiva mudou de foco novamente e eu não iria conseguir me segurar. — Ele vai se ver comigo, anota aí o que estou dizendo.

Minhas "carnes" estavam tremendo só de ódio. Estava quase dançando Twerk melhor do que a Beyoncé dentro daquela calça justa do meu uniforme, que eu resolvi apertar só para reforçar todos os meus atributos, esses que eu nem preciso dizer quais são. Se nunca reparou em nada ao me ver de costas, amigo, eu te aconselharia a fazer um exame ocular, porque sua visão não deve estar das melhores.

Disputa Acirrada •Jikook•Onde histórias criam vida. Descubra agora