(Pov Jeongguk)
🐇🐤
Sai do trem assim que as portas se abriram, esbarrando em alguns camelôs vendendo capinha de celular, encarei a minha, toda amarelada, e resolvi comprar uma. O proletário tem seus momentos de riquezas as vezes, e minha riqueza era a metade de um salário mínimo que recebi ontem. Comprei mais tonalizante azul, mas acho que foi um dinheiro mal gasto, vou deixar meus cabelos crescerem castanhos novamente, a raiz escura já dava as suas caras.
Fiz um sinal de cruz no pique Neymar, subindo a rua do colégio segurando com força as alças da mochila. Eu estava animado esses dias, não era… "nossa como Jeongguk tá animado", só estava mais animado do que consideraria há um tempo atrás para ir ao colégio, ainda não sabia o motivo, mas enquanto pensava sobre isso meu celular tocou, parei na metade do caminho lendo o visor antes de desbloquear o telefone e cair nas mensagens.
[Tokinho] :
[TÁ CHEGANDO?]
[PORQUE TÁ GRITANDO?]
[Tokinho] :
[Desculpa, tava sem o óculos. Vc não sabe a braba, tem um menino aqui que não sabe a tabuada e tá no terceiro ano.]
[Como ele conseguiu???]
[Tokinho] :
[Se você chegar a tempo pode perguntar a ele.]
Aquilo foi como um nitrox que o Relâmpago Mcqueen usava no Carros, num único fôlego subi a rua, parando em frente ao colégio com as mãos descansando nos joelhos. Tive alguns segundos para respirar e me recompor, cheirando debaixo do braço para checar o nível de cecê e entrando pelos portões da Sant School.
Mas meu dia de tormento mal tinha começado, assim que entrei na biblioteca o filhote de cruz credo já estava sentado ao lado do garoto — um bonitinho de cabelos cinza e expressão blasé —, porque sim, hoje era o dia da monitoria. Pelo repuxar de lábios que Jimin lançou quando me viu, com uma só sobrancelha arqueada, eu sabia que tinha sido trollado e ele arrumaria um jeito de me fazer ensinar a tabuada pro desavisado burro do terceiro ano.
Não me deixei abater por isso e segui até a mesa dos dois, no meu melhor sorriso "depois a gente conversa".
— Pernalonga, esse é o Ten, intercambista tailandês. — Jimin deu um cutucão no garoto. — O que te falei… mais cedo. — Safado, queria mesmo que eu perguntasse ao moleque porque ele não tinha aprendido a tabuada antes.
— Espera… Tailandês? — repeti, coçando o queixo quando uma ideia apareceu na minha mente, sentei a frente dos dois. — Por acaso você tem namorada?
O sorriso do meia porção morreu na hora, ele arregalou os olhos, chocado.
— Por que quer saber se o garoto tem namorada?
— Ue, por… curiosidade?
— Que tipo de fetiche é esse por tailandeses?
— Agora não pode mais puxar papo nesse colégio? — enxotei ele com um mexer de mãos. — Vai arrumar outro alguém pra ensinar. — Eu ainda não sabia porque gastava saliva respondendo Jimin ou explicando, aliás... porque eu estava dando explicações? O tailandês parecia não entender nada do que estávamos falando, será que ele tinha acabado de chegar? Será que sabia coreano? Será que pensava que eu e Jimin éramos…. aquela palavra… girlfriends só que ao contrário e não em inglês?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Disputa Acirrada •Jikook•
Fiksi Penggemar[Concluída!] Park Jimin e Jeon Jeongguk são dois adolescentes que juram se odiar. Ambos estão na fase de ter os hormônios aflorados e conquistarem as suas primeiras experiências, e a paixão platônica que possuem no popular Kim Namjoon é a única cois...