C A P Í T U L O 19

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MELANIE PARKER

Entrei naquela porcaria de casa, quase derrubando tudo, como é que eu pude deixar me envolver por aquele garoto? Me diz!

Eu fui uma idiota e agora seria uma marionete. Por que essas porras só acontecem comigo? Por que ele é assim? Meu Deus.

Fui para o banho e aquele foi considerado o banho mais demorado da minha vida, um banho perdido em pensamentos e em tentativas de tirar seu perfume de meu corpo, e parecia impossível, seu cheiro havia grudado em mim.

Eu o odeio, simplesmente o odeio.

O máximo que tinha que acontecer, era ser só uma noite com ele para salvar meu ''amigo'' o que eu me arrependo totalmente.

Deveria ter deixado Jake morrer, se eu não tivesse me metido nesses troços babacas de gangues eu não estaria nesta situação, sendo de alguém que não é meu, e eu conhecia Renato, se eu relutasse, ele me mataria apenas.

Droga, porra, merda.

Por que ele foi aparecer novamente?

Por que ele teve que ir trabalhar logo naquela escola?

Por que Fred tinha que estudar naquela escola?

Até porquê, se ele não tivesse roubado Renato á mando de Jake, Renato não precisaria seguir seus rastros.

Ok, mas vamos a verdade: Renato era dono de uma beleza intensa, tem que ser muito forte para poder resistir à ele, então por que eu resistira ?

Sou uma fraca, todos sabem disso.

Eu não sei se tinha algo mais do que atração física, e se tivesse, eu queria descartar isto.

Todos sabem que Renato Garcia não vale nem o que come, que ele quebra o coração das garotinhas e ainda sai rindo, então por que eu aceitaria ser dele?

Eu estava disposta a lutar contra isso, mesmo sabendo que isso valeria minha morte, mas acontece que eu não ia ver Renato fodendo até o poste e ficar aplaudindo e em seguida, parar em sua cama, porque ele simplesmente resolveu que eu pertencia à ele.

Mas algo me intrigava:

Por que eu? Logo eu?

Eu estava disposta à descobrir isto.

No dia seguinte, cheguei na escola com uma cara de cu terrível, mas logo melhorei ao ver Ben vindo em minha direção.

ㅡ E aí, Mel, tudo suave? ㅡ Ele perguntou e eu ri.

ㅡ Esse jeito de cumprimentar não combina nada com você. ㅡ Falei e ri mais uma vez.

ㅡ É que garotos descolados falam assim, eu acho, e eles conquistam as garotas mais fácil.

ㅡ Você não precisa disso, Ben. ㅡ Falei pegando alguns livros no armário e ri. ㅡ Você é um garoto inteligente. ㅡ Falei ao lembrar de Renato que era lindo e maravilhoso.

Mas na verdade, eu não queria nem lembrar de Renato.

ㅡ Mas as garotas não ligam mais para isso. ㅡ Ele disse apontando para a sua cabeça. ㅡ E sim, para isso. ㅡ Dessa vez ele apontou para o meio das pernas e foi impossível não rir.

Ben estava sendo um amigão nesses últimos anos que estudamos juntos, sem contar, que ele sabia fazer meu bom humor voltar.

Todos naquela escola achavam estranho eu falar com ele, pois tinha uma imagem minha como mais uma garota bonitinha que ama jogadores de futebol americano, sendo, que eu nem olhava para eles naquela escola, passava reto como se eles fossem irrelevante, e eles eram.

Já Jennifer, bom, preciso nem dizer.

Já dormiu com metade do time e antigamente era capitã das cheerleaders, mas ela não fazia nada e as outras cheerleaders votaram para que ela saísse, lembro-me que eu ri tanto naquele dia.

Foi no final do ano passado, quando elas se deram conta que nunca haviam ganhado nenhum campeonato com Jennifer, e que ela só sabia dar em cima dos jogadores.

ㅡ Nossa, Ben. Assim você me ofende. ㅡ Disse de brincadeira.

ㅡ Com exceção de você. ㅡ Ele disse meio sem graça. ㅡ Espero não ter feito merda. ㅡ Para as outras garotas, Ben não tinha o padrão de beleza almejado, mas se ele não fosse meu amigo, eu o pegava apenas porque ele é muito fofo.

ㅡ Claro que não, seu idiota. Eu estava brincando. ㅡ Dei um soco de leve em seu ombro, ele riu e passou um de seus braços em volta de mim e nós fomos falando besteiras pelo corredor.

Nisso, Lilly passou com Tris e evitou me olhar, já Tris, veio toda feliz cumprimentado eu e Ben.

Logo as duas saíram e aquilo me doeu completamente.

ㅡ Apesar de não saber o motivo de vocês não se falarem mais, eu sei que ela vai se arrepender. ㅡ Ben tentou me consolar quando viu minha expressão mudar. ㅡ Uma amizade verdadeira não pode ser substituída. ㅡ Não consegui dizer nada, apenas o olhei e dei um sorriso.

Quando dobramos o corredor, Ben deu de cara com Garcia, ainda com o braço em volta de mim.

ㅡ Desculpa aí, cara. ㅡ Ben disse naturalmente, ele realmente não sabia com quem estava lidando.

Renato apenas o olhou com aquela sua cara de cu e não disse nada.

Logo lembrei-me do dia anterior e tirei os braços de Ben sobre mim, pois eu não me perdoaria se Renato desse a louca e fizesse algo com ele.

Ben ficou sem entender.

ㅡ Aconteceu algo? ㅡ Ele perguntou estranhando.

ㅡ Nada, é só que... Bateu o sinal e nós precisamos ir. ㅡ O puxei e saímos correndo.

As horas passavam se arrastando e eu precisava da hora do intervalo para falar com Renato, aquele lance de ontem estava me corroendo por dentro, eu precisava tirar isso a limpo e tentar dizer á ele que não era assim que as coisas funcionavam... e depois, levar um tiro, claro.

E finalmente, a droga do intervalo chegou.

Saí andando rapidamente pelos corredores da escola, atropelando geral e me metendo nas multidões, tentando encontrar aquele idiota, procurei por tudo, até na sala que ele costumava ficar, e nada.

Minhas pernas já estavam doendo de tanto caminhar por aquela escola enorme, fui obrigada a parar para poder respirar um pouco.

ㅡ E aí, Mel... Vai ter uma festa lá em casa, se você quiser ir... ㅡ Erick, um dos garotos mais cobiçados daquela escola passou por mim me entregando um convite. ㅡ Lá vai ter meu quarto também, se quiser dar uma visitinha... ㅡ Ele riu junto com alguns garotos que vinham atrás e saiu.

Peguei o tal convite a atirei em um canto.

Fiquei parada ali mais um pouco, até que por intuito resolvi ir até o sexto andar da escola, mas fui de elevador, porque eu ainda estava cansada, mesmo o elevador sendo apenas para emergência, mas isso era um emergência.

Cheguei no andar e comecei a ouvir a voz de Garcia, talvez ele estivesse resolvendo algumas paradas pelo telefone, ou ameaçando Fred mais uma vez, por isso se afastou do resto da escola.

Comecei a me aproximar, a fim de falar com ele, e todas aquelas minhas ideias morreram a ouvir uma voz feminina... Meu sangue ferveu.

Fui devagar até uma sala de numero 603 que se encontrava com a porta semi aberta, e então, comecei a ouvir gemidos... Eles não se prestaram nem para fechar totalmente a porta...

Eu não precisava estar vendo aquilo...

Gângster Possessivo #1 - Renato Garcia (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora