C A P Í T U L O 63

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MELANIE PARKER

Saí de casa com uma vontade tirada do fundo do cú e lá estavam, dois caras de terno encostados em um carro perto, ambos muito bonitos e bem mais velhos, assim que me viram se desencostaram do carro e me analisaram.

ㅡ Você é Melanie Parker? ㅡ Um perguntou.

ㅡ Não. ㅡ Falei. ㅡ Sou a vó dela. ㅡ Ironizei.

ㅡ Entre no carro. ㅡ O outro falou. ㅡ Mas primeiro, vou nos apresentar: sou Ian e esse é Dwayne, seremos seus seguranças até você ir para... hm... Texas, não é?

ㅡ Vamos logo, não quero me atrasar para a escola. ㅡ Cortei aquela apresentação clichê. Eu precisava chegar e pegar o celular de Lilly para telefonar para Renato ou para alguém que tivesse notícias dele, eu não havia dormido a noite inteira preocupada, meu pai havia o machucado muito e eu ainda não me contentava com o fato de ele não ter revidado. Pensei tanto nisso que quando dei-me por si, eu já estava chorando. Eu queria entrar naquela escola e ver Renato por aqueles corredores, falando em meu ouvido suas típicas coisas impróprias ou querendo me agarrar justo em locais que haviam câmeras, ele podia ser tudo, gangster, mau-caráter, criminoso, mas era ele quem eu amava.

ㅡ Chegamos. ㅡ Dwayne disse. ㅡ Estaremos aqui na hora que você sair.

ㅡ Seu pai pediu para avisar que tem dois alunos cuidando seus passos pela escola à mando dele, então não tente dar uma de espertinha. ㅡ Ian completou.

ㅡ Isso tudo é exagero. ㅡ Protestei.

ㅡ Não sabemos de nada, só estamos fazendo nosso trabalho. ㅡ Fiquei quieta e entrei na escola, tenho certeza que minha aparência não era das melhores.

ㅡ MELANIE? O QUE ACONTECEU? OLHA PRA VOCÊ. TE LIGUEI PARA SABER COMO FOI O JANTAR E SEU PAI ATENDEU, DISSE QUE TINHA CONFISCADO SEU CELULAR... ㅡ Desabei, a abracei fortemente e comecei à chorar loucamente, algumas pessoas passavam e estranhavam a cena, a própria Lilly não estava entendendo nada. ㅡ O que...

ㅡ Meu pai... Meu pai, Lilly. ㅡ Eu não conseguia falar. ㅡ Ele descobriu tudo, Jennifer contou tudo, ele foi até o restaurante e... ㅡ Respirei fundo tentando conter as lágrimas. ㅡ Viu a gente e fez o caralho á quatro, ele bateu em Renato, ele deixou Renato inconsciente, meu namorado está no hospital e eu não tenho notícias dele, não tenho. Não sei o que fazer, Lilly. Preciso da sua ajuda.

ㅡ Vou ligar para Miguel, espere.

ㅡ Não aqui. ㅡ Falei e conteu o resto da história, contei que eu iria para o Texas e ela começou á chorar junto comigo, tudo no meio do corredor da escola, contei também dos seguranças e dos tais dois alunos que estavam de olho em mim, eu estava presa.

ㅡ Não acredito que seu pai foi capaz de tudo isso para afastar você de Renato... ㅡ Ela concluiu. ㅡ Eu não quero perder você, não quero perder minha melhor amiga. ㅡ Chorei mais ainda.

ㅡ Nós nunca vamos nos separar. ㅡ Prometi. ㅡ Nós podemos arrumar um emprego e morar juntas, nós sempre sonhamos com isso.

ㅡ Mas não no Texas. ㅡ Ela disse.

ㅡ Eu sei... ㅡ Eu não tinha mais o que falar.

ㅡ Eu sei que nada vai nos separar. ㅡ Ela riu tentando me tranquilizar. ㅡ Nem uma merda de outro estado.

ㅡ Preciso saber do Renato. ㅡ Insisti.

ㅡ Ok, sobe para a sala, eu vou ao banheiro e voltarei com notícias. ㅡ Assenti e fiz o que ela pediu correndo. Cheguei na sala e vi Jennifer sentada, conversando com suas amigas serenamente, me enchi de raiva por saber que ela era o motivo de tudo isso e quando vi, eu estava indo em sua direção.

Gângster Possessivo #1 - Renato Garcia (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora