Capítulo III: Algumas lições sobre respeito

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Ella pensou em responder, mas Barbara já puxava ela pelo braço em direção ao carro no estacionamento. 

As tentativas constantes de Barbara de evitar conflitos ainda persistiam.

Depois que as meninas se foram, quando apenas os meninos ficaram ali, Richard se aproximou de Joel.

— Por que você deixou ela ir depois de tanta insistência para virmos até aqui?

Erick viu os stories de Amelia, em que todas elas apareciam no shopping próximo ao Santiago Bernabéu — Estádio da EURM — e depois que ele comentou com os meninos, Joel forçou todos eles a lhe acompanharem até o mesmo lugar que estavam.

— Porque ela está passando por um momento difícil e não é justo e honroso tornar as coisas ainda piores.

— E desde quando você se importa com o que tem justiça e honra, big J? — Christopher se intrometeu.

— Desde que o May resolveu desaparecer sem avisar ninguém e deixar tudo o que ele tem para trás como se não tivesse qualquer valor. Vocês nem sonham com o que eu daria para alguém me amar o tanto que essa menina ama aquele cara.

Richard levantou uma sobrancelha.

— Ok. Acho que isso já é o suficiente. Me diga que você não está apaixonado pela namorada daquele filho da puta.

Joel se sentou em uma das cadeiras da mesa em que as meninas estavam e todas as outras cadeiras se ocuparam com os outros meninos em seguida.

— Eu não estou e nem vou ser apaixonado por ela, isso vocês podem ter certeza absoluta. O dia que eu me apaixonar por alguém que faça parte daquele time sujo e daquela universidade de riquinhos intrometidos e metidos a especiais, vocês podem me dar um tapa na cara. Não tem nada demais na Barbara, o ponto aqui não é ela, o ponto aqui é a relação dela com o May. E não Erick, isso não significa que eu estou apaixonado pelo May.

Antes que Erick pudesse fazer seu comentário, Joel já o cortou, fazendo Erick bufar.

— Por que você está tão chato?

Christopher foi quem respondeu primeiro:

— Porque ele não fica com ninguém faz um total de três dias.

Todo mundo olhou para Christopher.

— Como você sabe desse tipo de coisa? Caralho Chris. — Richard estava espantado.

Joel semi-cerrou os olhos, em total desconfiança.

— Christopher Bryant Vélez Muñoz, você andou mexendo nas minhas coisas mais uma vez?

— Longe de mim! Como você pode me acusar de tamanha coisa feia, Joel?

— Porra Chris, quantas vezes vou precisar dizer para você não pegar minhas camisinhas?

Zabdiel apenas se pronunciou ao ouvir a palavra "Camisinha".

— O Christopher usou as camisinhas de quem dessa vez? Juro que não aguento mais minhas coisas sumindo.

Richard segurou o riso.

Papi, você estava quieto essa conversa inteira, com quem está falando? — ele tentou enxergar a tela do celular de Zabdiel.

— Não te interessa, Camacho. — Zabdiel sorriu amigavelmente.

Estava se tornando comum Zabdiel ignorar os amigos apenas para responder mensagens de alguém, pessoa que ele nunca deixou os meninos descobrirem quem era.

O jogo de percepçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora